OTAN classifica China como ameaça a segurança
Quando a guerra entre Rússia e Ucrânia teve início, a opinião geral, daqueles que não conhecem as relações complexas dos conflitos armados, era a de uma rápida derrota da Ucrânia, frente ao poder bélico e experiência em guerras, por parte da Rússia.
Por outro lado a Rússia não considerava sua ação militar uma guerra, e a chamou inicialmente de operação militar especial.
O que se desenvolveu depois foi uma resistência fantástica das forças ucranianas e o imediato apoio de diversos países, principalmente fornecendo recursos militares aos ucranianos. De outro lado, houveram diversas sanções internacionais contra a Rússia, tentando através da economia, forçar a retirada das tropas russas.
O benefício foi imediato aos países que impuseram as restrições, pois abriram ou reservaram para eles um mercado que antes era ocupado pelos russos e também venderam muitos armamentos para a Ucrânia. Sim, venderam. O pagamento será feito depois, com concessões e outras obrigações por parte da Ucrânia, por receber ajuda.
A questão é que a Rússia tem muitos recursos. Abastece o mundo com petróleo, fornece tecnologia militar para aliados e outros recursos de interesse de muitos parceiros.
E claro, a Rússia foi buscar esta parceria e encontrou a China e a Coréia do Norte. Estes dois juntos somam uma força grandiosa e tornam menores os efeitos dos embargos econômicos impostos, sobretudo pelos EUA e outros países membros da OTAN.

Conselho da OTAN
A OTAN não é uma organização internacional para crescimento ou desenvolvimento de países, como ocorre com blocos como G7, por exemplo. A OTAN é uma associação de países com a finalidade de cooperação militar. E uma das estratégias de domínio militar é a possibilidade de atrair mais países e portanto ter como se instalar de uma forma ou outra em diversos territórios, pelo mundo.
Uma das principais regras da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN ou NATO) é que se um país for atacado, todos os países membros devem se aliar a ele e defendê-lo.
Assim a Ucrânia fez um pedido formal para fazer parte da OTAN. Isso daria a Ucrânia um poder bélico maior, deixaria a Rússia com um grande problema agora e no futuro (território vizinho receberia força bélica). No momento a entrada da Ucrânia na OTAN é dada como certa e deverá ocorrer em breve. Afinal é interesse da OTAN, também.
Mas há um problema, se a OTAN proteger a Ucrânia, os parceiros gigantes da Rússia também podem entrar diretamente no conflito. Por isso China, com sua forte economia e Coreia do Norte, com seu poder militar e nuclear, passam a ser um problema. Feito este contexto, podemos entender as declarações de Mircea Geoană, vice-secretário geral da OTAN.
“Não estamos a declarar que a China é nossa inimiga. Não é. Mas é um sério desafio à segurança europeia. E isso é um fato”, acrescentou. “Essa parceria sem limites entre a Rússia e a China está a aprofundar-se e a tornar-se mais complexa.” Declarou Geonã.
O comércio da China com a Rússia só cresceu desde a invasão em grande escala da Rússia à Ucrânia em fevereiro de 2022, compensando alguns dos efeitos das intensas sanções económicas ocidentais.
O que se vê é uma nova polarização mundial se formando, um retrocesso que ressuscita o modelo de forças divididas como ocorreu logo após o término da segunda guerra mundial, levando a um período conhecido como “guerra fria”.
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