Governo adia Concurso Unificado no país por causa de chuvas no RS

Governo adia Concurso Unificado no país por causa de chuvas no RS

O governo federal decidiu nesta sexta-feira (3) adiar em todo o país a aplicação das provas do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) por causa das fortes chuvas no Rio Grande do Sul. O certame, o maior a ser realizado no Brasil, estava marcado para domingo (5).

O anúncio oficial do adiamento foi feito pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, e pelo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta.

Mais cedo, o ministro Paulo Pimenta havia informado que o governo avaliava um possível adiamento das provas no Rio Grande do Sul. No estado, são 86 mil candidatos inscritos para fazerem a prova em dez cidades gaúchas.

Concurso Público Nacional Unificado (CPNU).

O CPNU é o concurso com o maior número de candidatos já realizado no país. Em todo o Brasil, serão 3.665 locais de aplicação e 75.730 salas. Ao todo, 2,144 milhões de candidatos inscritos no processo seletivo disputarão 6.640 vagas oferecidas por 21 órgãos públicos federais.

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RS: Lula chegou tarde e foi cobrado

RS: Lula chegou tarde e foi cobrado

Após o Rio Grande do Sul ter sofrido com chuvas intensas, desabamentos, enchentes e chegar a 32 mortos e mais de 60 desaparecidos, além de declarar estado de calamidade pública e receber ajuda dos estados vizinhos, o presidente da república, fez uma visita ao estado.  

A visita do presidente Lula ocorreu após ele cumprir importante agenda de comemorações e comícios em São Paulo, em comemoração do dia do trabalhador. Neste dia 2 uma comitiva do presidente chegou ao RS.  E foi imediatamente cobrado pelo governador do estado, Eduardo Leite, que disparou:” o momento não é apenas de sobrevoos”. 

Santa Catarina, Paraná e São Paulo já estão auxiliando. Quando ao governo federal, disse o governador, em vídeo, antes da chegada do petista. Leite disse que o “momento não é apenas de sobrevoos”… “As aeronaves do Exército que deveriam chegar ontem ainda não conseguiram chegar, mas já chegou uma de São Paulo. A gente aguarda os reforços das Forças Armadas para o resgate de pessoas”

Ações após pressão

Em resposta a pressão do governador do RS, depois de 10 dias das calamidades que estão ocorrendo, o governo federal resolveu que vai instalar uma sala de situação para observar o que ocorre no estado. A próxima reunião ficou para sexta-feira.  De imediato o efetivo das Forças Armadas foi ampliado de 335 para 626 militares, segundo o governo. Viaturas, barcos e aeronaves também já estão a disposição, segundo o governo.

O que disse o presidente Lula: “Eu sei que são muitas casas, muitas vidas, mas a gente vai tentar minimizar o prejuízo dessas pessoas.”

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O novo DPVAT tem votação adiada

O novo DPVAT tem votação adiada

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) adiou para o dia 7 de maio a votação do projeto de lei complementar (PLP) 233/2023, que cria um novo seguro obrigatório para veículos — semelhante ao antigo Danos Pessoais por Veículos Automotores Terrestres (DPVAT). O texto também aumenta em R$ 15,7 bilhões o limite para as despesas da União.

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O senador Jaques Wagner (PT-BA) leu relatório favorável à matéria nesta terça-feira (30). O presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (União-AP), concedeu vista coletiva ao texto. A previsão é de que o projeto seja votado pelo Plenário da Casa no dia 8 de maio.

Aprovado pela Câmara dos Deputados, o PLP 233/2023 cria o Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT). De acordo com o texto, o SPVAT deve ser cobrado dos proprietários de automóveis e usado para pagar as indenizações por acidentes.

Mudanças

A Câmara alterou o texto original proposto pelo Poder Executivo para ampliar a lista de despesas a serem cobertas pelo SPVAT. O rol passa a contemplar assistência médica e suplementar, como fisioterapia, medicamentos, equipamentos ortopédicos, órteses e próteses.

Também passam a ser pagos serviços funerários e despesas com a reabilitação profissional de vítimas que ficarem parcialmente inválidas. Os deputados incluíram ainda a possibilidade de pedidos de indenização e assinatura de documentos por meio eletrônico.

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Calamidade no Rio Grande do Sul

Calamidade no Rio Grande do Sul

Eventos climáticos severos, especialmente uma quantidade grande de chuvas, levaram o Rio Grande do Sul a decretar estado de calamidade pública.  Com este decreto o governo do estado tem acesso a recursos importantes para minimizar a crise, auxiliar a população e recuperar estruturas destruídas pelas chuvas, enchentes, granizo.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite decretou calamidade pública por 180 dias.

Corpo de Bombeiros de SC atuando no Rio Grande do Sul.

Auxilio de outros Estados

As equipes de Santa Catarina enviadas ao Rio Grande do Sul estão atuando no resgate de pessoas ilhadas e vítimas de deslizamentos de terra. O estado vizinho soma 10 mortos e 3,4 mil desalojados por conta das fortes chuvas que iniciaram no último domingo (28).

No total, Santa Catarina enviou 34 bombeiros e policiais militares para atuarem em Lajeado, Santa Cruz do Sul, Forquetinha, Marques de Souza e Cruzeiro do Sul. Também foram mandadas 11 embarcações, 8 viaturas 4×4 e uma viatura com equipamentos específicos para resgate em deslizamentos.

O Paraná enviou nesta quarta-feira (1º) uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) para auxiliar o Rio Grande do Sul em meio à calamidade causada pelas chuvas.

Seguiram para aquela unidade da Federação 32 bombeiros militares, nove viaturas e quatro embarcações. Um helicóptero do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) também será deslocado.

As seis viaturas de Curitiba, duas da região de Maringá e Londrina e uma de Cascavel seguem, em princípio, para Porto Alegre, onde será definida a área de atuação do grupo paranaense. Atualmente, mais de 100 municípios do Rio Grande do Sul estão sofrendo com os alagamentos. Até o início da noite desta quarta-feira (1º), eram contabilizados 10 óbitos e 21 desaparecidos em todo o estado gaúcho, além de milhares de pessoas que tiveram que deixar suas casas.

Inicialmente, a força-tarefa está mobilizada para até 10 dias de ação no território vizinho, dependendo da demanda nos próximos dias. A expectativa é de chegada na capital do Rio Grande do Sul por volta das 4h da madrugada de hoje (2).

O governo federal

Após as comemorações e atividades políticas o relativas ao Dia do Trabalho, a agenda de Lula se volta para o Rio Grande do Sul, que deverá receber sua visita hoje (02/05), Lula deverá chefiar uma comitiva de ministros que virá ao Rio Grande do Sul.

O ministro-chefe da Secom, Paulo Pimenta, acompanhará o presidente Lula. Pimenta explica que a visita do presidente tem por objetivo demonstrar não só a preocupação, mas a presença do governo federal no estado nesse momento. “Nós já temos mais de 330 homens do exército mobilizados, equipamentos, botes salva-vidas, oito aeronaves, oito helicópteros, alguns deles sem condições de terem operado devido às condições climáticas, dois helicópteros disponíveis em Santa Catarina que ainda não conseguiram voar para o Rio Grande do Sul. Uma aeronave da Marinha, em Rio Grande, que não conseguiu voar ainda por conta das questões climáticas. Mas na medida que as condições permitirem, todos esses helicópteros também entrarão imediatamente em operação.”

Em coletiva à imprensa o governador Eduardo Leite  fez o anúncio da vinda do presidente Lula e outras ações do governo do estado. Afirmou que o estado do Rio Grande do Sul está vivendo a pior tragédia já vivida e, infelizmente, vai piorar. Orientou ainda que todas as pessoas que moram próximos aos rios que estão subindo que deixem suas casas.

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Milei avança com reformas e apoio dos deputados

Milei avança com reformas e apoio dos deputados

 Câmara de Deputados da Argentina aprovou nesta terça-feira (30) a Lei de Bases, um novo projeto de reformas econômicas e do Estado do presidente do país, Javier Milei.

Desta vez, para garantir a aprovação, Milei fez concessões a potenciais aliados para conseguir que um texto legislativo fosse aprovado. Agora, os deputados votarão pontos específicos do projeto, que, em seguida, passará para o Senado. O projeto foi aprovado por 142 votos a favor, 106 contra e cinco abstenções. Foram 20 horas de debate, que começou na noite de segunda-feira (29) e entrou na madrugada e na manhã desta terça.

Essa nova reforma trabalhista, é muito mais enxuta. O número de artigos diminuiu de 60, no “decretaço”, para 17 nessa proposta aprovada.

Javier Milei – Presidente da Argentina.

O governo desistiu de medidas que restringiam o poder dos sindicatos e que poderiam ser um motivo de conflitos. Por exemplo, um desses artigos que ficaram pelo caminho era uma restrição ao direito de greve de atividades consideradas essenciais, e outra acabava com uma contribuição obrigatória que os trabalhadores não sindicalizados pagavam aos sindicatos.

Milei agradece em rede social

O presidente Javier Milei publicou um texto em seu perfil na rede social X (antigo Twitter) para comentar a aprovação dos projetos.

Ele afirma que “o gabinete do presidente” comemora a aprovação da lei na Câmara dos Deputados e reconhece o trabalho dos deputados que colaboraram na elaboração das reformas. Ele também voltou a usar algumas das palavras-chave que ele emprega em seus discursos: “O povo argentino precisa de representantes dispostos a terminar com os privilégios da casta e da república corporativista. A regência dos protetores do status quo acabou em 10 de dezembro (dia em que ele mesmo assumiu o governo)”, afirma-se no texto.

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Dengue: mais de 4 milhões de casos; mortes chegam a 1.937

Dengue: mais de 4 milhões de casos; mortes chegam a 1.937

O Brasil passou de 4 milhões de casos de dengue registrados neste ano, conforme atualização do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde nesta segunda-feira (29). No total, 4.127.571 casos prováveis da doença foram notificados em todo o país nos quatro primeiros meses. 

Quanto às mortes por dengue, 1.937 foram confirmadas e 2.345 estão sob investigação. O coeficiente de incidência da doença no país é 2.032,7 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

A faixa etária mais afetada é de 20 a 29 anos, que concentra a maior parte dos casos. Já a faixa etária menos atingida é a de crianças menores de 1 ano, seguida por pessoas com 80 anos ou mais e por crianças de 1 a 4 anos.

As unidades da Federação com maior incidência da doença são Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Goiás e Santa Catarina.

Projeções divulgadas no início do ano apontam que os casos de dengue no país podem chegar a 4.225.885.

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Dívida histórica: como Portugal pode reparar crimes coloniais?

Dívida histórica: como Portugal pode reparar crimes coloniais?

Durante a semana, o discurso do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a responsabilidade do país pela escravidão no Brasil repercutiu em diferentes setores da sociedade nos dois lados do Atlântico. Entidades civis de defesa de direitos humanos, acadêmicos e autoridades políticas receberam positivamente o discurso, mas cobraram um projeto concreto de reparação pelo conjunto de crimes e violações cometidos durante o processo de colonização.

Foi a primeira vez que um presidente de Portugal reconheceu a responsabilidade de forma mais contundente, apesar de a posição não ser compartilhada pelo conselho de ministros do governo português.

“Temos que pagar os custos. Há ações que não foram punidas e os responsáveis não foram presos? Há bens que foram saqueados e não foram devolvidos? Vamos ver como podemos reparar isso”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

Quais responsabilidades recaem sobre o Brasil e sobre Portugual?

E como quantificar exatamente “custos” e prejuízos causados por um sistema de exploração e opressão que durou séculos? Seria possível chegar a um valor em dinheiro? Ou faria mais sentido falar em compensações políticas, sociais, culturais?

Naiara Leite, coordenadora-executiva do Odara – Instituto da Mulher Negra, participou do Fórum de Afrodescendentes na Organizaçãod as Nações Unidas (ONU), em Genebra, uma semana antes da declaração do presidente português. Na ocasião, representantes de Portugal discursaram contra o racismo, mas foram criticados por entidades brasileiras de mulheres negras, que cobraram posicionamento mais contundente sobre responsabilidade pela escravidão e propostas de reparação.

Com a nova declaração portuguesa, Naiara alerta para a necessidade de incluir os principais prejudicados entre aqueles que vão construir as medidas de reparação. Isso para que elas não sejam atos isolados de políticos.

“Minha grande preocupação é que as organizações da sociedade civil precisam ter uma participação ativa nos grupos de trabalho e nos processos. Caso contrário, não vamos alcançar um projeto de reparação que de fato dê conta de reduzir ou de responder aos impactos do colonialismo e da escravidão”, diz Naiara.

No evento da ONU, as entidades apresentaram demandas sobre o que entendem ser caminhos adequados para o Estado português: . Criação de museus, centros de memórias e outros equipamentos públicos que reconheçam os impactos da colonização sobre a população afro-brasileira; . Incluir no currículo oficial da Rede de Ensino portuguesa a obrigatoriedade da temática “História dos Impactos Nocivos do Colonialismo Português para o Contexto Brasileiro”; . Firmar pactos e acordos de colaboração efetivos com o Brasil – bem como junto a outros países que foram colonizados por Portugal – com o objetivo de promover a reparação a partir de investimentos financeiros, da salvaguarda de memórias e de revisão dos pactos e parcerias de nacionalidade e trânsito entre os países; . Encorajar todos os países da Europa fundados a partir de sistemas coloniais a adotar medidas reparatórias aos países do Sul Global que se fundaram a partir da exploração colonial; . Adotar medidas efetivas de combate à xenofobia e ao racismo contra a população afrodescendente em Portugal.

Humberto Adami, que é presidente da Comissão da Verdade da Escravidão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RJ), destacou o aspecto financeiro da reparação. Ele entende que seria importante a criação de um fundo em dinheiro, com aplicações de todos os Estados responsáveis pela escravidão. Um possível modelo seria aquele constituído para os judeus depois do Holocausto.

Mas a demanda é complexa e, provavelmente, ainda levaria um tempo para acontecer. Por isso, são necessárias ações imediatas.

“É complicado levantar esse dinheiro de forma rápida. Não precisa esperar só a constituição de um fundo e falar em reparação daqui a duas gerações. Pode trabalhar para já alcançar pessoas que estão vivas hoje. Uma forma inicial é fazer pequenas reparações que possam ir mitigando os efeitos devastadores da escravidão negra na sociedade brasileira de hoje. Há várias pautas que apontam nessa direção: a demarcação de terras quilombolas, a questão dos indígenas, as cotas raciais. Todas são medidas reparatórias. Portugal pode atuar em conjunto com o Brasil nessas medidas que já estão em andamento”, diz Adami.

“Custos” da escravidão

Diferentes nações europeias participaram de processos de colonização e escravização, mas quando se fala do tráfico transatlântico de africanos é impossível não destacar a atuação de Portugal. Foi a primeira nação europeia moderna a se apossar de um território africano: Ceuta, no norte do continente, em 1425. Nas décadas seguintes, criou entrepostos na parte Atlântica da África, conhecidas como feitorias, de onde podiam ser organizadas expedições para o interior em busca de bens de valor, como metais preciosos e pessoas.

Acredita-se que a primeira remessa de escravizados para Portugal tenha ocorrido no ano de 1441, quando eram obrigados a fazer trabalhos pesados de agricultura ou mineração. A demanda de trabalhadores forçados aumenta com o estabelecimento de engenhos de açúcar nas ilhas Atlânticas. Com a conquista de um vasto território na América, nativos indígenas e africanos vão se constituindo como principal mão de obra. Uma das estimativas de pesquisadores indica que foram trazidos pelo menos 5,8 milhões de africanos escravizados para colônia brasileira entre os séculos 16 e 19.

Essas pessoas poderiam ser capturadas diretamente à força no continente ou obtidas por meio de negociações com líderes locais. Prisioneiros de guerras entre povos rivais viravam mercadorias de troca por cavalos, armas e outros bens. É nesse ponto que se tornou comum ouvir de revisionistas e grupos de extrema direita que a África é igualmente responsável pela escravidão. Quem não se lembra da frase “o português nem pisava na África, eram os negros que entregavam os escravos”, dita pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro?

A historiadora Monica Lima, que é professora de história da África e coordenadora do Laboratório de Estudos Africanos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LEÁFRICA-UFRJ), explica que essa é uma falsa equivalência. Apesar de praticada anteriormente por alguns povos do continente africano, a escravização foi multiplicada pela demanda e investimento europeus.

“Alguns africanos enriqueceram com o tráfico de escravizados, mas foi algo efêmero, de curta duração, ligado a soberanos de determinados locais. Que podiam ser destituídos e se tornar escravizados na sequência. Não há enriquecimento da sociedade africana. Povos foram dizimados e laços familiares rompidos. Por outro lado, há todo um enriquecimento de setores importantes das sociedades europeias e das elites coloniais, que é algo perpétuo, transferido para gerações seguintes. Não é nem possível comparar o tipo de enriquecimento dos grandes traficantes situados no continente europeu ou nas Américas”, diz Monica.

Um outro argumento muito usado é o da ausência de responsabilidades atuais, já que a escravidão teria sido um fenômeno que aconteceu há muito tempo e que não teria mais relação com o presente.

“Há pessoas que falam que a escravidão negra era legal naquela época, que as pessoas escravizadas já morreram e umas que questionam o que elas têm a ver com isso hoje, se elas não escravizaram ninguém. E o curioso é que esses argumentos coincidem com os das pessoas que eram contrárias à abolição da escravidão no século 19. Que pediam para a escravidão continuar mais um pouco, porque era interessante para a cultura da cana-de-açúcar, que ia quebrar o Banco do Brasil, etc.”, destaca Humberto Adami. “As pessoas precisam entender que os tratados internacionais garantem não ter havido prescrição. O relógio está valendo até hoje. Os crimes da história da escravidão são imprescritíveis.”

“A base da prosperidade e da riqueza que permitiu a construção dos Estado nacionais foi o trabalho dessas populações escravizadas. A dívida é enorme. As pessoas foram desprovidas de tudo, foram arrancadas das suas terras e, uma vez abolida a escravidão, escravizados, e descendentes não foram beneficiados por nenhum tipo de política para reconstruir as suas vidas”, diz Monica Lima. “Hoje, nas regiões onde não tem saneamento básico, escolas com piores condições, transporte público sucateado, são justamente as regiões onde vivem majoritariamente descendentes de escravizadas”.

Para Naiara Leite, um dos principais legados da escravidão é o racismo, que atinge com mais intensidade as mulheres negras, que ocupam a base da pirâmide social.

“Um dos impactos até hoje tem relação com a violência do Estado e como o racismo opera nas instituições de segurança pública. É em função dessa carga colonial que a população negra sequer tem direito à vida”, diz Naiara Leite. “Pensando na violência doméstica, o número de feminicídios de mulheres brancas diminui ao longo dos anos e o de mulheres negras aumenta. Outro exemplo é a pauta do trabalho, em que mulheres negras são maioria nas atividades domésticas. E isso é um legado colonial sobre nossos corpos e os lugares que ocupamos. Uma reatualização do papel da mucama”, diz Naiara.

Responsabilidade brasileira
Ao analisar responsabilidades pela escravidão, é importante lembrar que o sistema continuou presente no Brasil depois de separar-se de Portugal em 1822. E que, como Estado independente, o sistema durou até 1888, quando foi o último lugar nas Américas a decretar a abolição.

A fala do presidente português durante a semana pode servir, portanto, de referência para que o próprio Estado brasileiro intensifique as medidas de reparação para comunidades e instituições afrodescendentes, dizem os especialistas.

“É preciso que o Brasil avance nessa etapa também, porque os negros brasileiros sofrem no dia a dia as repercussões da escravidão. Não dá para achar que só Portugal é responsável, se aqui não se faz o dever de casa e continuamos praticando o genocídio da população negra, a exclusão social, o racismo no mercado de trabalho, ataques e fraudes às cotas raciais”, diz Humberto Adami.

“O governo de Portugal, do Brasil e de outros países que venham a reconhecer a escravização e o papel no processo de colonização devem compreender que não estão fazendo nenhum favor ao povo negro, aos afrodescendentes, às populações africanas. Isso é um dever, uma obrigação. O primeiro passo é o reconhecimento. Mas que a gente não leve mais anos ou séculos para que os países apresentem qual é o projeto de reparação”, cobra Naiara Leite.

“Reparação também envolve investir na qualidade de vida das pessoas. Isso é pagar uma dívida histórica. Não é nenhum privilégio. É uma reparação e uma possibilidade da sociedade brasileira se reconciliar com a sua própria história”, diz Monica Lima.

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O que se pode esperar de um burro além de um coice?

O que se pode esperar de um burro além de um coice?

Bate boca internacional revela o nível das relações internacionais entre Argentina e Venezuela. O porta-voz da presidência argentina, Manuel Adorni, respondeu a uma postagem do chanceler venezuelano, Yván Gil, que qualificou o governo de Javier Milei de “neonazista”, após a Casa Rosada chamar integrantes do governo de Nicolás Maduro “amigos do terrorismo”.

 Javier Milei e Nicolás Maduro

“Primeiro respondo à questão de [sermos chamados de] neonazistas. O que se pode esperar de um burro além de um coice? A única coisa que se pode esperar de um governo de ditadores são questões que não merecem nem resposta”, disse Adorni.

Adorni, que foi chamado por Gil de “cara de pau”, disse ainda que o governo argentino “se entristece pelo povo venezuelano” ser governado por “energúmenos”.

A tensão entre os países cresceu depois que a Venezuela proibiu que voos argentinos sobrevoassem seu espaço aéreo. O governo argentino protestou, em nota enviada na última sexta (8), ao Convênio sobre Aviación Civil Internacional, e afirmou que tomará “as medidas diplomáticas correspondentes”.

Yván Gil escreveu que o “governo neonazista da Argentina não somente é submisso e obediente com seu amo imperial, mas tem um porta-voz cara de pau.

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Baixe a Constituição do Brasil atualizada, gratuitamente

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Constituição da República Federativa do Brasil: teve seu texto original promulgado em 5 de outubro de 1988. Mas desde então ela sofreu pequenas alterações. Ter a constituição nacional atualizada e ler, pelo menos uma vez na vida seu texto completo, deveria ser tão importante que sua leitura obrigatória deveria fazer parte do currículo escolar e perguntas sobre ela deveriam ser obrigatórias em todos os vestibulares do país.

Mas se você está pensando que deverá gastar dinheiro para ter este texto, está enganado. É claro que um exemplar impresso pode ter custos, mas uma versão digital está disponível gratuitamente. 

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Fux freia STF no caso da judicialização da política em relação a desoneração da folha

Fux freia STF no caso da judicialização da política em relação a desoneração da folha

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, colocou o pé no freio, no caso envolvendo a judicialização sobre a decisão de manter ou não a desoneração da folha de pagamento, no Brasil.

Diante de tamanha repercussão em todo o país, mas principalmente da reação feroz do Senado e as implicações disto para o governo federal e mesmo a possibilidade de ser instalada uma CPI para investigar as ações do STF, o recuo foi providente.  Mas este expediente tem consequências muito ruins para o Brasil.

O julgamento da questão já estava em 4 votos a favor do poder Executivo, faltando ainda sete votos para fechar o julgamento.  O que Fux fez foi utilizar o expediente de “pedir vistas ao processo”. Este expediente ocorre quando um dos magistrados solicita mais tempo para ler e avaliar o processo. Neste caso a votação fica como está e só será retomada quando este magistrado retornar a corte. Ele tem um prazo para isso, que é de 90 dias. Ele pode usar todo este prazo ou devolver o processo e retomar a votação em prazo menor.

O fato é que o uso deste expediente paralisa o processo e deixa o Brasil em uma situação ruim, tanto para empresários quanto para trabalhadores.

Supremo Tribunal Federal

Na noite desta sexta-feira (26) o professor e editor chefe do Gazeta 24 horas, Nelson Mascaro Junior, em participação especial no programa Paranazeando, da Rede Zava América, já chamava a atenção para o problema que estava acontecendo e as consequências disto para os empresários e empregados brasileiros. A tomada de decisão de Fux, com pedido de vistas ao processo ocorreu logo depois, no início da madrugada deste sábado (27). O ministro foi pressionado pelas falas de diversos deputados e senadores e pelo aceno da criação de uma CPI no Senado, contra o STF. Até o momento esta CPI é apenas uma fala e sua instalação não se confirmou.

A desoneração da folha de pagamento é uma lei em vigor desde 2011 (Governo de Dilma Rousseff) que vem sendo prorrogada e que beneficia hoje 17 setores da economia, que movimentam grande quantidade de empregados no Brasil.  Segundo o texto, as empresas poderão substituir a alíquota previdenciária de 20% sobre os salários por uma alíquota de 1 a 4,5 por cento sobre a receita bruta. Isto diminui o impacto da folha de pagamento nos custos operacionais das empresas, o que em tese aumenta a possibilidade de preservar empregos e gerar mais contratações.

O que aconteceu?

A desoneração voltou a vigorar no fim do ano passado, após a derrubada de um veto do presidente Lula pelo Legislativo. O poder Executivo, através da Advocacia Geral da União (AGU), que representa o presidente, argumenta que as renúncias fiscais previstas na lei foram feitas sem a adequada demonstração do impacto financeiro. De acordo com a AGU, a prorrogação da desoneração da folha representa uma redução de cerca de R$ 10 bilhões anuais na arrecadação. O Executivo não quer abrir mão desta arrecadação.

Na ação a AGU deseja reverter a decisão do Senado, anulando assim a força do poder Legislativo (por representantes eleitos por voto), através de um julgamento pelo poder Judiciário (com ministros indicados pela presidência da república).  O relator do processo, que abriu votação a favor de Lula foi o magistrado Cristiano Zanin, que foi advogado de Lula nos processos que o julgaram antes de seu atual mandato.

Além de Zanin, votaram os ministros Gilmar Mendes, Flávio Dino, e o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso. Os três acompanharam o entendimento do relator sobre os erros do Congresso ao não realizar um estudo prévio do impacto financeiro da desoneração, dando assim razão ao Executivo.

Consequências imediatas para o Brasil

Toda a empresa, ao fazer seu planejamento financeiro, tem que levar em conta o impacto da sua folha de pagamento. Grandes empresas e portanto as que geram empregos em massa, devem fazer este planejamento anual.

Agora estas empresas não conseguem ter certeza de seu planejamento de custos, envolvendo a folha de pagamento, pois não sabem se terão ou não que recolher impostos conforme fazem hoje ou se isso vai mudar.

Diante desta insegurança jurídica, em tese, uma empresa fará o possível para evitar novas contratações e não fará esforço para manter seu quadro de funcionários diante de uma situação de demissão.

A insegurança jurídica é um dos grandes problemas no Brasil, tanto para empresários brasileiros quanto para investimentos e desenvolvimento de empresas estrangeiras em nosso país.

Enquanto os políticos brigam pelo poder, o Brasil deixa de crescer, pois investimentos que tem como base a contratação de um grande número de pessoas geram dúvidas no empresariado.

Consequência imediatas para a política

De imediato o que se nota (e esta é uma fala pública do Congresso Nacional), é que todas as negociações feitas até o momento, entre o Legislativo e o Executivo estão suspensas ou estremecidas.  Projetos deixarão de ser votados, alguns não serão aprovados e outros não serão encaminhados com a necessária rapidez.

O governo federal distanciou-se do Legislativo. A democracia no Brasil foi colocada em cheque quando as decisões de um poder (Legislativo) passam a ser questionadas através de ações judiciais. 

E se o Executivo ganhar esta ação, a pergunta que fica é: Porque um poder Legislativo se o Executivo pode contestar e ganhar no poder Judiciário?  Lembrando ainda que o caminho é de mão dupla. Neste caso poderia o Legislativo também questionar o Executivo no Judiciário, tornando o país ingovernável. Ou ainda pior, o país seria governado pelo judiciário, que decidiria o que deve ou não ser aprovado. 

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A arte ao lado representa o tamanho real de exibição que pode variar entre um dispositivo e outro, pois o Gazeta 24 Horas é responsivo.

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BANNER LATERAL VERTICAL

Cod. 04

TAMANHO E FORMATO DE ENVIO

Tamanho:790 x 1280
Orientação: Vertical
Tipo de arquivos*: jpg, png

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