Nem os EUA concorda com Trump e Brasil deve publicar decreto de reciprocidade os próximos dias
A imprensa americana está demolindo todos os argumentos de Donald Trump que ancora a tarifa de 50% para produtos brasileiros em uma lei que lhe permite isso em caso de segurança nacional. No entanto todos refutam isso, já que os EUA mantem uma balança comercial favorável com o Brasil.
Judiciário nos EUA
No fim de maio, o Tribunal de Comércio Internacional dos EUA considerou que Trump excedeu sua autoridade ao impor as chamadas tarifas recíprocas a centenas de países, em 2 de abril. A Corte, composta por três juízes, entendeu que os decretos com base na lei de emergência “excedem os poderes concedidos ao presidente para regular importações por meio do uso de tarifas aduaneiras.”
Consumidores americanos
Por outro lado o povo americano também está muito insatisfeito com os reflexos nos preços de alimentos e outros bens, desde que a política tarifária começou a ser aplicada. Café, suco de laranja e carne de porco, amplamente consumido nos EUA dependem em muito do Brasil. Por outro lado o Brasil não depende tanto dos EUA, pois há outros compradores para estes produtos. E não falta interesse no mercado internacional.
E o Brasil, como se defenderá
O vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou que o “decreto da reciprocidade” com medidas contra o tarifaço de Trump deve sair até amanhã (15). o decreto permite que o governo brasileiro possa determinar tarifas iguais a de outros países em resposta a ataques como este. E outras medidas também podem ser tomadas. Agora é aguardar para ver o que o governo vai publicar.
Mas o caminho deve ser o pior possível para Trump, o governo brasileiro tentará ganhar tempo negociando com ele e até aceitando alguns acordos, enquanto abre novos mercados e diminui ainda mais o comércio com os EUA.
Donald Trump não tem apoio total dos EUA em tarifas contra o Brasil.
Negociações e diplomacia
Existe grande espaço para negociações sim, todas elas determinadas por Donald Trump que se coloca como o dono da bola, do campo e do estádio. É padrão de Trump impor tarifas a serem implementadas depois de um prazo, para que durante este prazo ele consiga chantagear o país e conseguir benefícios. Funciona mais ou menos assim: se ele quer colocar tarifas de 15% ele anuncia tarifas de 40% ou 50%, depois negocia uma série de vantagens para baixar a tarifa para um patamar menor, na verdade no valor que ele sempre quis. Mas este padrão já é conhecido pelo mundo.
Já o caminho natural da diplomacia não existe mais. Trump prefere discutir nas redes sociais. Ignora protocolos e deixa diplomatas como meros peões em um tabuleiro de xadrez.
Política
“Se for para haver algum tipo de resultado positivo ou negociado, isso realmente terá que acontecer no âmbito comercial“, afirma Zúñiga, ex-conselheiro do governo Barack Obama e hoje sócio-fundador da consultoria Dinámica Americas.
Já no Brasil há dois caminhos, o que assegura a soberania nacional, que parece ser o firme propósito do governo e tem o apoio da maioria da população e o caminho defendido pelo clã Bolsonaro e seus seguidores, que é o de atender a Trump. Segundo publicações de Bolsonaro, a anistia, que o livra de uma condenação no STF por suposta tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, seria a forma mais vantajosa para o Brasil, trazendo paz para a economia.
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