Faustão enfrenta novos transplantes e segue em estado delicado
Fausto Silva, 75 anos, passou por dois procedimentos cirúrgicos de alta complexidade nesta semana: um transplante de fígado na última quarta-feira (6) e um retransplante renal na quinta (7). Desde 21 de maio, o apresentador está internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, em tratamento de uma infecção bacteriana aguda que evoluiu para sepse.
Logo ao chegar ao hospital em maio, Faustão apresentava febre alta, queda de pressão e sinais de disfunção de múltiplos órgãos, típicos de uma sepse grave. A equipe médica responsável optou por acelerar o cronograma de transplantes combinado, já planejado há cerca de um ano, após análise de compatibilidade de sangue e dos marcadores HLA entre receptor e doador.
Nas últimas semanas, Faustão vinha em tratamento intensivo para controlar a infecção. Com o quadro estabilizado, os cirurgiões realizaram primeiro o implante de fígado, órgão mais vulnerável a processos inflamatórios, e, em seguida, procederam ao enxerto renal. Ambos os órgãos vieram do mesmo doador, o que facilita o ajuste da dosagem de imunossupressores no pós-operatório.
A sepse, reação extrema do corpo a uma infecção, pode levar à falência de órgãos e exige suporte intensivo em unidade de terapia intensiva (UTI). Em pacientes transplantados, o risco aumenta, pois a resposta inflamatória interferirá na cicatrização e na perfusão dos enxertos. Por isso, Faustão permanece em UTI, recebendo monitoramento contínuo de pressão arterial, função renal e hepática.
O protocolo de imunossupressão inclui medicamentos como tacrolimus e micofenolato, que previnem a rejeição, mas deixam o paciente mais suscetível a novas infecções. Para equilibrar esses riscos, a equipe ajusta constantemente as doses, avaliando exames de sangue, como TGO, TGP, creatinina e ureia, além de marcadores inflamatórios.

Faustão e seu filho João Silva.
Este não é o primeiro grande desafio de saúde de Faustão. Em agosto de 2023, ele recebeu um transplante de coração após insuficiência cardíaca avançada; em fevereiro de 2024, passou por seu primeiro transplante renal; e, em janeiro deste ano, foi internado para tratar outra infecção. Cada episódio demandou cirurgias, períodos de hemodiálise e reabilitação intensiva.
Agora, além do controle da infecção e das doses de imunossupressores, Faustão segue um programa de reabilitação clínica e nutricional. A fisioterapia respiratória e motora é fundamental para recuperar a força muscular e evitar complicações como pneumonia e atrofia.
Segundo especialistas, pacientes com múltiplos transplantes e histórico de sepse têm recuperação mais lenta, mas avanços em técnicas cirúrgicas e medicamentos têm elevado a taxa de sobrevida: hoje, cerca de 70% dos pacientes de transplante hepatorrenal atingem o primeiro ano de vida com o enxerto funcionando. Ainda assim, a idade e os episódios anteriores aumentam a fragilidade geral.
O próximo boletim médico deverá trazer parâmetros objetivos sobre a função dos novos órgãos e o grau de controle da infecção. Até lá, familiares e fãs mantêm a mobilização nas redes sociais, torcendo por cada pequeno progresso na recuperação do apresentador.
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