Curitiba: preocupação com o aumento na taxa de mortalidade materna
Ao prestar contas da situação da Saúde em Curitiba no primeiro quadrimestre de 2025, nesta segunda-feira (26), a secretária municipal Tatiane Filipak destacou conquistas da gestão, como a redução em 92% dos casos de dengue e a ampliação da rede de atendimento, mas fez alertas em relação a dois assuntos. Falando aos vereadores, na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), ela informou que os traumas leves, em geral decorrentes de acidentes de trânsito, seguem pressionando as internações do SUS em Curitiba. Filipak também demonstrou preocupação com o aumento na taxa de mortalidade materna.
Nos dados apresentados na audiência pública, Tatiane Filipak demonstrou que as causas externas (acidentes, traumas, lesões ou violência) foram responsáveis por 17,5 mil internações, em Curitiba, de 1º de janeiro a 5 de maio, liderando a ocupação dos leitos no SUS de Curitiba. Somente depois apareceram as doenças circulatórias (15,3 mil), neoplasias (13,3 mil) e doenças infecciosas e parasitárias (6,7 mil). “O que lota, ‘sobrelota’ as nossas unidades, é o trauma, o trauma leve, principalmente [os acidentes com] motociclistas”, disse a secretária de Saúde.

Tatiane Filipak pediu o apoio dos vereadores nas ações de conscientização, para que a população possa ajudar na redução das internações por trauma de acidentes de trânsito. “[Nós, na Prefeitura de Curitiba], estamos em uma campanha intensa com o Detran-PR, por causa do Maio Amarelo”, garantiu a secretária. A equipe da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) acompanhou a titular da pasta na audiência pública, coordenada pela Comissão de Saúde e Bem-Estar Social, sob a presidência de Sidnei Toaldo (PRD), na CMC.
Prefeitura de Curitiba planeja ações para reduzir mortalidade materna
Com 5.126 nascimentos registrados em Curitiba no primeiro quadrimestre de 2025 e a estabilização da mortalidade infantil no patamar de 8,3 óbitos por 1 mil nascidos vivos — ante as taxas de 7,3, 7,9 e 8,6 dos anos anteriores — Tatiane Filipak apresentou um plano com duas linhas de ação para enfrentar os índices da mortalidade materna, que passaram de uma taxa de 11,9 em 2024 para 33,7 em 2025. A primeira frente de ação da SMS, segundo Filipak, busca levar a prática do pré-natal às gestantes imigrantes, que desconhecem essa política de cuidado do SUS.
A secretária municipal de Saúde também apontou que, na outra ponta, para reduzir casos em que gestantes com planos suplementares “chegam tardiamente” no Mãe Curitibana, em razão de desacordos com suas operadoras, o Executivo planeja encorajar as mulheres a fazerem um acompanhamento duplo, na rede pública e privada, para dar mais segurança e “monitorar mais de perto”. Com relação à mortalidade geral, no mesmo período aconteceram 2.492 óbitos, na sua maioria decorrentes de doenças do aparelho circulatório (infartos e AVC, por exemplo).
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