Como está a Saúde em Curitiba
A capital paranaense passou por um grande teste da sua estrutura de saúde pública no último mês e o estresse da estrutura municipal ainda não passou.
O principal sintoma de que as coisas não estavam saudáveis na estrutura municipal de saúde foi a falha de atendimento em setores de urgência e emergência da capital do Paraná. O que levou o município a realizar contratações emergenciais, só depois que muitos pacientes tiveram que esperar horas dentro de ambulâncias que se acumulavam em frente a hospitais e internações em macas e locais improvisados. Ambulâncias que enquanto esperavam, deixaram de atender novos casos.
O estresse causado no sistema de saúde do município foi atribuído a um elevado número de casos de doenças respiratórias somados a um grande número de acidentes (especialmente de trânsito) naquele período.
O que se espera é um grande investimento do município na estrutura hospitalar, que tem que acompanhar uma demanda de saúde que vem crescendo, pois a população além de um aumento natural, também conta com o envelhecimento devido a maior expectativa de vida. Sem prevenção no setor da saúde, maior atendimento na saúde básica e grandes investimentos na rede hospitalar, anuncia-se caos no sistema de saúde de qualquer grande cidade.
Ser uma cidade inteligente não está relacionado a ter rede digital e tecnologia, mas sim pensar no cidadão de forma a dar o melhor atendimento em todas as frentes em que o serviço público é responsável. A inteligência está na gestão plena de recursos e estruturas municipais, observando e se preparando para as necessidades futuras. Estresse em estrutura de saúde mostra falta de gestão para respostas a emergências.
A relação entre os serviços fornecidos pela Prefeitura Municipal de Curitiba, quanto ao número de servidores da saúde em relação a população atendida é um problema fácil de ser notado.
Saúde pública, um desafio para Curitiba.
Estrutura de atendimento em Saúde Básica
Curitiba tem 10 distritos sanitários e cada um destes possui suas unidades de saúde.
A prefeitura de Curitiba tem anunciado reformas e restruturações em algumas destas unidades, como o caso da US Estrela, reaberta nesta sexta-feira (26/4) no bairro Fazendinha, após reestruturação. A unidade tem potencial para atendimento dos 18 mil cadastrados, sendo este contingente atendidos por 39 servidores desta unidade de saúde, sendo esta equipe composta por uma autoridade sanitária local, quatro médicos generalistas, quatro enfermeiras, 17 técnicos de enfermagem, três cirurgiões dentistas, um técnico de saúde bucal, um auxiliar de saúde bucal, um agente administrativo, cinco agentes comunitários de saúde e dois auxiliares de serviços gerais.
A US Bacacheri é outra que a prefeitura comemora a reestruturação, também entregue neste dia 26. Unidade de Saúde Bacacheri, no distrito sanitário do Boa Vista. Esta US tem uma equipe composta por 44 profissionais, que deverá atender a uma população de 26,4 mil pessoas.
Segundo a Prefeitura Municipal de Curitiba, desde 2017, início da gestão Greca, já foram implantados cinco novos equipamentos na área da Saúde em Curitiba (UPA Tatuquara, US Jardim Aliança, US Umbará II, Caps Tatuquara e Casa Irmã Dulce), 54 foram revitalizados, 103 clínicas de odontologia reformadas e houve melhorias em mais de 100 equipamentos, num investimento de cerca de R$ 34 milhões.
Com todo este investimento, não é fácil encontrar um pediatra nas UBS, o faz os pais preferirem o atendimento direto na UPA.
Qualidade e eficiência
A qualidade no atendimento ao usuário, claro, depende da estrutura e do número de servidores que atendem a população. Mas vai além. É preciso que as receitas aviadas pelos médicos e dentistas tenham o medicamento disponível na farmácia, o que nem sempre ocorre. É preciso que todos sejam atendidos. Quando isso não ocorre o cidadão acaba recorrendo a UPA.
Ou ainda pior, quando um atendimento deixa de ser realizado o paciente pode piorar o que acaba fazendo ele ocupar leitos hospitalares, quando todo o problema poderia ter sido resolvido na saúde básica.
Qualidade e eficiência também fazem parte dos procedimentos de agendamentos. Há grande dificuldade em agendamentos pelo aplicativo Saúde Já.
É importante destacar que quem escreve esta matéria usa o sistema público de saúde, convive com a população na UBS e não escreve aqui como observador distante dos problemas do município. Sim, enfrentamos filas de madrugada para agendamentos, com frio ou chuva. Sim, aguardamos em lugares descobertos com frio ou chuva, para o atendimento. Sim, procedimentos agendados para um horário, em que somos obrigados a chegar meia hora antes, ocorrem com atrasos de mais de uma hora. E sim, também reconhecemos o atendimento paciente, dedicado e simpático da maioria dos servidores.
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