Curitiba vai instalar 1500 EDL contra mosquito da dengue
Usando tecnologia e inovação, Curitiba busca nas EDLs reforço no combate à dengue.
As Estações Disseminadoras de Larvicida (EDL), são armadilhas feitas com um pote plástico com água contendo internamente uma tela, na qual é impregnado um larvicida em pó muito fino, para atrair os mosquitos Aedes (foto).
O produto usado é o larvicida piriproxifem micronizado, que mata apenas as larvas e pupas (estágio intermediário entre a larva e o inseto adulto). É um produto eficaz e com baixa toxicidade para os humanos e animais.
Partículas do larvicida se aderem às pernas e ao corpo do mosquito adulto quando ele pousa na superfície da EDL. Como as fêmeas de Aedes preferem visitar muitos criadouros para colocar poucos ovos em cada um, elas disseminam o larvicida para esses outros locais, que viram também armadilhas letais para os mosquitos imaturos.
“As estações tornam-se instrumentos que facilitam a disseminação de larvicida, entre a EDL e criadouros não tratados, pelos próprios mosquitos. Com a EDL, o mosquito passa a ser um grande aliado no controle das arboviroses (doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como dengue, chikungunya, zika e febre amarela urbana)”, explicou a secretária durante a sua apresentação.
O cidadão que aceitar ter uma EDL instalada em seu quintal precisará revisar a armadilha semanalmente para checar o nível de água. Uma vez por mês, o agente de combate às endemias visita a casa onde a EDL está instalada para verificar o nível de água, o estado da armadilha e trocar a tela impregnada com larvicida.

Modelos EDL para combate a dengue.
Nesta primeira fase de projeto-piloto, serão instaladas 1.500 unidades da EDL no bairro Cajuru – que faz parte do distrito sanitário do Cajuru, local com alto risco para a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. As primeiras foram instaladas logo após o lançamento.
A primeira moradora a receber um equipamento em casa foi a aposentada Margareth Robineta Bieberbach Bernardon, de 74 anos.
“Toda experiência é boa para combater o mal que está assolando o país. Vamos torcer para que seja bom e dê certo”, afirmou Margareth.
O comerciante Leiz dos Santos Silva, de 40 anos, foi o segundo a receber a instalação da EDL. “É importante, é saúde de todos nós”, disse.
A aposentada Marilda Willy Gonçalves, de 69 anos, também está fazendo parte do projeto-piloto da Prefeitura e recebeu uma EDL em seu quintal. “É uma iniciativa muito boa, o mosquito vem e leva veneno para outros criadouros. Vamos ver se agora vai diminuir a incidência de insetos”, avaliou.
Resultados
Estudos realizados em Brasília, uma das cidades que já usam a EDL, mostraram uma redução de 66,3% na densidade de mosquitos adultos de Aedes na região em que essas armadilhas foram aplicadas.
Além de Curitiba e Brasília, outras 15 cidades do País já utilizam as EDLs: Rio de Janeiro, São José do Rio Preto, Manaus, Marília, Votuporanga, Catanduva, Indaiatuba, Paulínea, Hortolândia, Santa Bárbara do Oeste, Jundiaí, Campinas, Ribeirão Preto, Recife e Jaboatão.
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