Brasil negocia novos mercados e Trump admite tarifas menores
Já narramos aqui no Gazeta 24 Horas o estilo de Donald Trump. Ele anuncia tarifas duras e depois muda de ideia, dizendo que foi por causa de um acordo. E algumas vezes é um bom acordo para os EUA. Mas ele faz o estilo de “jogador louco” e pode também subir tarifas, sem aviso prévio.
No momento, pressionado internamente tanto pela justiça dos EUA quando por políticos e opinião pública, além da pressão internacional, pelas taxas a serem aplicadas sobre o Brasil a partir do dia 1º de agosto, Trump já admite que as tarifas serão variáveis, entre 15% e 50%. E isso sem que o Brasil sentasse para fazer qualquer acordo com os EUA. Ao contrário, o Brasil tomou atitudes absolutamente contrária a carta de chantagem dos EUA, sobretudo contra Bolsonaro.
Mas a estratégia brasileira de encontrar apoio internacional e novos mercados é que tem deixado os EUA em xeque. Pois os produtos que o Brasil vende para os EUA são de interesse americano, mas também de muitos compradores pelo mundo. Abrindo novos mercados, mesmo sem taxas, estes produtos podem passar a pesar no bolso do consumidor americano. Aliás já se nota não apenas uma alta nos preços destes produtos, como o suco de laranja e ovos, como também em alguns mercados americanos o produto está escasso nas prateleiras de supermercados.
Mas o diálogo existe sim
Exemplo disto é que o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, orientou ontem (23) o grupo de oito senadores que vão aos Estados Unidos na semana que vem. Eles não podem negociar as tarifas em si, mas buscam abrir um caminho de diálogo.
Os parlamentares estão afinando o discurso a ser usado. Por exemplo, mostrar o potencial de danos à própria economia americana numa espécie de pressão interna.
Também pretendem falar que, se os Estados Unidos se fecharem às exportações brasileiras, os americanos vão jogar o Brasil no colo da China.
O que o Brasil pode fazer quando as tarifas começarem
O governo continua apostando nas negociações, embora lembre ter outras ferramentas sob a mesa, como recorrer à Lei da Reciprocidade – vista com preocupação por empresários devido ao possível efeito inflacionário – ou à OMC (Organização Mundial do Comércio).
Isso ocorre porque não há como tomar medidas como estas antes das tarifas iniciarem. E também porque estabelecer mercados novos exige algum tempo.
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