Ataque hacker ao sistema PIX: 800 milhões desviados. Uma prisão.
Um funcionário é preso por facilitar ataque hacker que expôs vulnerabilidade em sistema conectado ao Pix
A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta quinta-feira (3) João Nazareno Roque, suspeito de colaborar com um ataque hacker que comprometeu o sistema da empresa C&M Software, prestadora de serviços ligada ao Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central. O ataque, que teve como alvo as infraestruturas digitais de instituições financeiras, pode ter gerado um prejuízo estimado em até R$ 800 milhões.
Segundo o Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), Roque teria compartilhado suas credenciais de acesso com terceiros, permitindo a invasão do sistema e a realização de transferências fraudulentas. Uma das contas utilizadas pelos criminosos, que possuía saldo de R$ 270 milhões, já foi bloqueada. Ele atuava como funcionário terceirizado da BMP, instituição financeira conectada à C&M.
Ainda não há confirmação oficial sobre o número exato de bancos afetados, mas fontes apontam que ao menos seis instituições tiveram suas contas de reserva no Banco Central comprometidas. Apesar da magnitude do ataque, não houve impacto direto nas contas de clientes, segundo as empresas envolvidas.
O Banco Central suspendeu temporariamente o acesso de algumas instituições à C&M Software enquanto a investigação segue em curso. A empresa declarou estar colaborando com as autoridades para reforçar seus protocolos de segurança e evitar novos incidentes.

O golpe foi aplicado ao sistema financeiro e não atingiu usuários PIX.
Engenharia social
A técnica usada para obter acesso às credenciais é conhecida como engenharia social, e representa uma das estratégias mais eficazes para burlar defesas digitais. Trata-se de manipular pessoas para que elas revelem informações confidenciais — como senhas, códigos ou acessos — sem perceber que estão sendo enganadas. Esses ataques podem ocorrer por telefone, e-mail, redes sociais ou até pessoalmente, geralmente sob o disfarce de urgência ou autoridade.
Essa prática torna empresas e indivíduos vulneráveis porque os sistemas de segurança tradicionais, como firewalls e antivírus, não conseguem impedir ações que envolvem decisões humanas equivocadas. Por isso, a conscientização dos usuários e treinamentos recorrentes de segurança são considerados medidas tão importantes quanto o investimento em tecnologia.
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