Vamos pedir impeachment para todo mundo? Não, só para os que nos contrariam
O impeachment é um ato político, pautado sobre condições que atendam à constituição ou a normas de uma determinada casa, como a Câmara dos Deputados. De toda forma, tem um rito jurídico, mas uma decisão política.
Assim, presidentes já foram depostos e agora deputados e ministros estão na fila. O pedido de impeachment pode ser feito por qualquer cidadão brasileiro, mas terá que apresentar uma base legal e ser aceito. Depois há um longo rito, até que uma votação final ocorra. O pedido inclusive pode nunca ser votado, pois é uma decisão política, como já dissemos.
Mas o termo tem grande poder sobre o cidadão, que acredita que ao pedir o impeachment de alguém, isso de forma automática o coloca fora do cargo ou o pune.
No momento a moda do impeachment volta ao cenário político brasileiro.
Alexandre de Moraes teve o pedido de impeachment (mais um entre vários apontado a ele), aprovado. Mas não está em pauta para votação. Na prática, o pedido no momento, só tem peso na opinião pública.
Para pressionar o senado a colocar o pedido em pauta e dar andamento a este processo, há também ameaças de impeachment sobre o presidente do senado.
O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) sugeriu nesta 5ª feira (7.ago.2025) que, caso o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), não aceite o pedido de impeachment contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, ele também pedirá a destituição do senador.

Nicolas Ferreira conhece bem o caminho de pedidos de impeachment. Dois pedidos contam com sua participação:
Contra o ministro Alexandre de Moraes (STF): Nikolas anunciou recentemente mais um pedido de impeachment, alegando que Moraes atua de forma autoritária e parcial, especialmente em investigações relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Contra o presidente Lula: Em julho de 2025, Nikolas protocolou um pedido de impeachment alegando que decisões de Lula causaram sanções econômicas ao Brasil e comprometeram a dignidade nacional.
Daqui a pouco alguém poderá pedir o impeachment de outro deputado ou senador, de algum ministro ou do presidente, de novo.
Uma insegurança institucional que mostra que no momento a classe política não consegue se concentrar na resolução dos problemas brasileiros, pois está se digladiando.
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