Autor: Gazeta 24 horas

  • A Guerra de Drones: Como a Ucrânia redefiniu o conflito com tecnologia de baixo custo

    A Guerra de Drones: Como a Ucrânia redefiniu o conflito com tecnologia de baixo custo

    A Guerra de Drones: Como a Ucrânia redefiniu o conflito com tecnologia de baixo custo

    Na madrugada desta quarta-feira, a Ucrânia lançou mais uma ofensiva com drones contra a infraestrutura energética da Rússia, atingindo refinarias, usinas de gás e zonas industriais em diversas regiões, incluindo Mari El, Ulyanovsk, Stavropol e até Moscou. Segundo o Ministério da Defesa russo, foram interceptados 100 drones ucranianos em uma única noite.

    O ataque, parte de uma estratégia que se intensificou nos últimos meses, revela uma mudança radical na dinâmica da guerra: a ascensão dos drones como armas de impacto estratégico, capazes de causar danos significativos com custos muito inferiores aos dos sistemas bélicos tradicionais.

    Tecnologia acessível, resultados surpreendentes

    Enquanto mísseis balísticos e aviões de combate exigem investimentos milionários, os drones utilizados pela Ucrânia — muitos deles adaptados comercialmente — têm se mostrado eficazes em atingir alvos críticos, como depósitos de combustível, refinarias e instalações industriais. Um exemplo recente foi o ataque à fábrica de produtos químicos Stavrolen, parte do grupo russo Lukoil.

    “Com um orçamento limitado, a Ucrânia está conseguindo paralisar aeroportos, provocar incêndios em instalações estratégicas e levar o conflito até o coração da Rússia”, comenta um analista militar europeu.

    Drones são extremamente baratos em relação aos armamentos tradicionais, e estão desequilibrando a guerra.

    Moscou sob pressão

    Pela terceira noite consecutiva, drones ucranianos foram enviados à capital russa, forçando o fechamento temporário de três dos quatro aeroportos de Moscou. Embora a maioria dos drones tenha sido interceptada, o impacto psicológico e logístico é evidente: a guerra deixou de ser distante para os russos.

    Uma nova era de guerra assimétrica

    O uso intensivo de drones marca uma virada na guerra moderna. A Ucrânia, que no início do conflito era vista como tecnologicamente inferior, agora demonstra que inteligência tática e inovação podem superar poderio convencional.

    “A guerra de drones é a guerra da criatividade contra o orçamento”, resume um especialista em defesa da OTAN.

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  • Elenco dos espetáculos do Natal de Curitiba 2025 inicia preparativos para a temporada

    Elenco dos espetáculos do Natal de Curitiba 2025 inicia preparativos para a temporada

    Elenco dos espetáculos do Natal de Curitiba 2025 inicia preparativos para a temporada

    Nos bastidores, o Natal de Curitiba – Juntos, o Inesquecível Acontece já começou para artistas, produtores, diretores e profissionais envolvidos nos espetáculos. A programação estreia no dia 24 de novembro e terá mais de 150 experiências e espetáculos pensados para toda a família.

    A Fundação Cultural de Curitiba é responsável pela produção da maior parte dos eventos e iniciou a contratação de cerca de 700 profissionais das áreas artística e técnica, que atuarão em 35 espetáculos e 340 apresentações por toda a cidade.

    “Em cada um desses espetáculos, além dos elencos, há contrarregras, iluminadores, cenógrafos, figurinistas, sonoplastas, produtores e diversos outros profissionais envolvidos. É um verdadeiro exército criativo que trabalha nos bastidores para que o público viva intensamente a magia do Natal”, explica o presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Marino Galvão Júnior.

    Textos

    Nesta terça-feira (28/10), parte do elenco do espetáculo Abrace o Mundo, um dos destaques da programação, se reuniu com o diretor de Ação Cultural da FCC, João Luiz Fiani, no auditório do Solar da Cultura, no Largo da Ordem. Fiani distribuiu os textos para os artistas e definiu os personagens.

    “Abrace o Mundo será um dos grandes espetáculos do Natal de Curitiba nesta edição. Ele vai reunir um grande elenco de atores, atrizes e bailarinos que vão se apresentar na Praça Santos Andrade, em um show de iluminação, música e dança para contar uma linda história de Natal”, destaca Fiani.

    A estreia será no dia 27 de novembro e ficará em cartaz até 23 de dezembro. Em cena estarão cerca de 50 atores e bailarinos que se apresentam em frente ao prédio histórico da Universidade Federal do Paraná. 

    Outras atrações

    Além de Abrace o Mundo, a Fundação Cultural de Curitiba é responsável por produzir outros 34 espetáculos que compõem a programação do Natal de Curitiba 2025. Os espetáculos, a maioria com novos figurinos e produções, acontecerão em diversos cartões-postais: Passeio Público, Largo da Ordem, Ruínas de São Francisco, Memorial Paranista, Regionais, Jardim Botânico, Praça Santos Andrade e Parque Tanguá, onde será realizado o tradicional e apoteótico encerramento.

    Os números dão a dimensão do desafio e da grandiosidade de se produzir tantos eventos ao mesmo tempo. Os espetáculos de maior elenco incluem o Parque Tanguá, com 105 pessoas; o Memorial Paranista, com 70; o Jardim Botânico, com 60; a Praça Santos Andrade, com 50; o Largo da Ordem, com 43; o Parque Náutico, com 40; e o Passeio Público, com 34 participantes.

    Alguns dos espetáculos natalinos que estão sendo produzidos pela Fundação Cultural

    A Inesquecível Fábrica de Emoções
    Espetáculo de abertura do Natal de Curitiba 2025. O Teatro Guaíra ganhará um palco externo, na Rua Conselheiro Laurindo, voltado para a Praça Santos Andrade. As encenações começam em 24 de novembro, em um show que reúne artistas e uma impressionante projeção mapeada na fachada do Teatro. Na peça, Papai Noel, ao perder a inspiração para criar presentes, embarca em uma viagem com seus fieis assistentes, duendes e elfos, para buscar reacender a magia perdida. 
    Datas: 24 de novembro a 23 de dezembro
    Dias e horários: 24, 25, 26 e 28 de novembro; 1º a 6, 8 a 11 e 21, 22 e 23 de dezembro, 21h
    Local: em frente ao Teatro Guaíra (Praça Santos Andrade – Centro)

    O Natal é a Arte que Dá Sentido à Vida – Largo da Ordem
    Grande cortejo natalino de Curitiba, o espetáculo do Largo da Ordem percorre as ruas históricas com música, teatro e poesia, recontando o nascimento de Jesus Cristo. Papai Noel, Mamãe Noel, anjos, os Três Reis Magos em tamanhos gigantes e um presépio vivo formam um percurso iluminado que celebra fraternidade, união e esperança, culminando com fogos de artifício de efeitos cênicos e a tradicional canção Noite Feliz.
    Datas: 26, 27, 30 de novembro; 1, 2 e 3 de dezembro
    Dias e horários: quinta e sexta-feira, 20h; segunda a quarta-feira, 20h15
    Local: Largo da Ordem, Centro Histórico

     

    Elenco dos espetáculos do Natal de Curitiba 2025 inicia ensaios e preparativos para a grande temporada. Curitiba, 29/10/2025. Foto: Cido Marques/FCC

    Auto dos Anjos da Anunciação e a Grande Alegria do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo – Regionais de Curitiba
    Espetáculo itinerante voltado ao público infantil, apresenta de forma lúdica e poética a história do nascimento de Jesus. Com diálogos rimados, coreografias e canções, os anjos narram desde a anunciação até o presépio vivo, encerrando com a chegada de Papai e Mamãe Noel e a cantoria coletiva de Noite Feliz.
    Datas: 1º a 12 de dezembro
    Dias e horários: segunda a sexta, às 15h
    Local: Ruas da Cidadania

    Grande Cantata de Natal do Memorial Paranista
    Realizada na escadaria do Memorial Paranista, a cantata reúne um coral de 62 vozes e 12 músicos sob regência do maestro Alexandre Mousquer. O espetáculo celebra as origens e o simbolismo das músicas natalinas com clássicos como Oh Holy Night e Hallelujah, encerrando com fogos de artifício e a aparição de Maria, José e Jesus, em um clima de fé e confraternização.
    Datas: 16 a 21 de dezembro
    Dias e horários: terça a domingo, 19h
    Local: Memorial Paranista (Parque São Lourenço), São Lourenço

    Drive-thru do Parque Náutico
    Um dos formatos mais originais do Natal de Curitiba, o Drive-thru do Parque Náutico leva o público a um caminho pelas cenas natalinas, dentro de seus veículos. Em meio à natureza, o percurso reúne estações temáticas com corais, anjos, papais noéis e o presépio vivo. A iluminação é um dos destaques, assim como a música.
    Datas: 12 a 21 de dezembro
    Dias e horários: segunda a domingo, 19h, 20h e 21h
    Local: Parque Náutico, Alto Boqueirão

    Um Sonho de Natal na Ilha da Ilusão – Passeio Público
    No cenário encantado da Ilha da Ilusão, o espetáculo mistura teatro, música e poesia para contar histórias natalinas com humor e ternura. Papai Noel, seus ajudantes e uma simpática família de capivaras protagonizam a narrativa sobre sonhos e união. A apresentação se completa com barcos iluminados, anjos e a grande Árvore de Natal refletida nas águas do Passeio Público.
    Datas: 29 de novembro a 23 de dezembro
    Dias e horários: terça a domingo, 19h15
    Local: Passeio Público, Centro

    Ópera de Natal do Parque Tanguá – Juntos o Inesquecível Acontece
    Encerrando o Natal de Curitiba, o espetáculo do Parque Tanguá apresenta uma grandiosa montagem com elenco de atores, cantores, bailarinos e artistas circenses. Inspirada na estética da Broadway, a obra une música, dança e luz para recontar o nascimento de Jesus e celebrar o amor e a esperança. O evento termina com um show de fogos sobre o Belvedere e o encontro simbólico entre artistas e público.
    Datas: 19 a 23 de dezembro
    Dias e horários: sexta a terça-feira, às 19h30
    Local: Parque Tanguá, Taboão

    O Sonho do Papai Noel – Jardim Botânico
    O espetáculo ao ar livre O Sonho do Papai Noel vai levar ao Jardim Botânico música, dança e luzes. O Bom Velhinho e seus duendes, preocupados com as tristezas que acontecem no mundo (fome, desigualdade e guerras), buscam a construção de um lugar melhor. A apresentação é um musical com figurinos impactantes, ritmos modernos, projeções e show de luzes.
    Datas: 9 a 21 de dezembro
    Dias e horários: terça a domingo, 19h30
    Local: Jardim Botânico

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  • Terror no Rio de Janeiro: número de mortos é atualizado

    Terror no Rio de Janeiro: número de mortos é atualizado

    Terror no Rio de Janeiro: número de mortos é atualizado

    Os primeiros números divulgados pela autoridades davam conta de 64 mortes na operação Contenção, realizada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, nos complexos do Alemão e da Penha. Hoje os números foram atualizados e o número é bem maior.

    A Operação Contenção,  deixou 119 mortos, sendo 115 civis e quatro policiais. As informações foram atualizadas pelo secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, que participou de uma entrevista coletiva à imprensa concedida nesta quarta-feira (29).

    Autoridades de segurança pública admitem que esse número pode aumentar e afirmam que as pessoas mortas reagiram com violência à operação, e aqueles que se entregaram foram presos.

    No total, foram feitas 113 prisões, sendo que 33 eram pessoas de outros estados que atuavam no Rio de Janeiro. Além disso, dez adolescentes foram encaminhados a unidades socioeducativas.

    “A polícia não entra atirando, entra recebendo tiro”, disse Curi, ao ser perguntado se as mortes eram esperadas. “A operação estava planejada. O resultado quem escolheu não foi a polícia, foram eles”, acrescentou.

    Para ele, a operação não foi uma chacina, termo que foi usado por movimentos sociais e defensores dos direitos humanos para classificar a ação, que foi a mais letal da história do estado.

    “Chacina é a morte ilegal. O que fizemos ontem foi ação legítima do estado para cumprimento de mandados de apreensão e prisão”, afirmou.

    A operação foi amplamente criticada por especialistas, moradores, organizações nacionais e internacionais. Ativistas denunciaram que a ação foi um “massacre”, enquanto especialistas em segurança pública apontaram a exposição da população aos tiroteios.

    A operação contou com um efetivo de 2,5 mil policiais e é a maior realizada no estado nos últimos 15 anos. Os confrontos e ações de retaliação de criminosos geraram pânico em toda a cidade, com intenso tiroteio, fechando as principais vias, escolas, comércios e postos de saúde.

    De acordo com Curi, as pessoas mortas estão sendo oficialmente tratadas como criminosas autoras de tentativa de homicídio contra os policiais.

    180 mandados de prisão

    O objetivo da operação era conter o avanço do Comando Vermelho e cumprir 180 mandados de busca e apreensão e 100 mandados de prisão, sendo 30 expedidos pelo estado do Pará, parceiro na operação.

    “A operação de ontem foi o maior baque que Comando Vermelho levou”, disse Curi. “Com perda tão grande de armas, de drogas e também de lideranças”, complementou.

     

    Dezenas de corpos foram enfileirados em praça pública, no Rio de Janeiro, na tentativa de mostrar o real número de vitimas.

    Foram apreendidas 118 armas, sendo 91 fuzis. A polícia contabiliza ainda a droga apreendida e estima que sejam toneladas.

    Para o secretário de Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro, Victor dos Santos, a Operação Contenção deixou apenas oito vítimas:

    “As vítimas dessa operação são quatro inocentes feridos sem gravidade e quatro policiais que infelizmente faleceram”, disse.

    Na versão do secretário, as pessoas que morreram eram criminosas que optaram por não se entregar à polícia. “A alta letalidade que se verificou era previsível, mas obviamente não era desejada”, disse.

    Na coletiva de imprensa, foram apresentadas imagens da ação. Segundo as autoridades, ela foi planejada, e as normas legais foram cumpridas, tais quais o uso de câmeras corporais. O conflito foi deslocado para área de mata, onde ocorreu a maior parte das mortes, para preservar a população.

    Em relação às câmeras, de acordo com as autoridades, elas podem ter ficado sem bateria, por conta da duração da operação e parte das ações pode não ter sido registrada.

    Corpos retirados da mata

    Na madrugada e na manhã desta quarta-feira, a própria comunidade e familiares reuniram corpos retirados da mata em uma praça no Complexo da Penha.

    Perguntado por que esses corpos não foram retirados pela própria polícia ou por que não foi prestado socorro a essas pessoas, o secretário de Segurança Pública afirmou que as polícias não sabiam desses corpos.

    “Todos aqueles que foram retirados na madrugada ou manhã eram criminosos que sequer a polícia tinha conhecimento deles”, disse. “Muitos são baleados e entram na mata procurando ajuda”.

    Sobre a possibilidade de aumento no número de mortos, Victor dos Santos disse que ainda é possível que haja mais vítimas. “Não foi consolidado ainda, pode ser que tenha aumento”, disse.

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  • Paraná: pedágios em xeque

    Paraná: pedágios em xeque

    Paraná: pedágios em xeque

    Depois de dois anos discutindo, avaliando, ouvindo, projetando, legislando, leiloando e ajeitando, o novo pedágio do Paraná está sendo constantemente questionado. 

    Agora é a vez do deputado estadual Fabio Oliveira (Podemos), coordenador da Frente Parlamentar das Engenharias e Infraestrutura da Assembleia Legislativa do Paraná. Ele protocolou ontem (27) um requerimento oficial à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) solicitando informações detalhadas sobre a arrecadação das concessionárias Via Araucária e EPR Litoral Pioneiro, responsáveis pelos Lotes 1 e 2 das concessões de pedágio no Paraná.

    O pedido foi motivado por informações da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), que notificou a ANTT sobre uma arrecadação cerca de R$ 400 milhões acima do limite contratual no primeiro ano de cobrança e solicitou, por meio de ofício, que as concessionárias devolvam aproximadamente R$ 200 milhões, conforme previsto nos próprios contratos de concessão.

    Pelos contratos, valores que ultrapassem o teto de arrecadação devem ser depositados na Conta de Ajuste, movimentada apenas mediante autorização da ANTT e destinada a reequilíbrios econômico-financeiros ou benefícios aos usuários frequentes.

    No requerimento, o deputado solicita esclarecimentos à ANTT sobre cinco pontos principais: o montante total efetivamente arrecadado pelas concessionárias no primeiro ano de contrato; o procedimento de compensação dos valores excedentes e os prazos estabelecidos para devolução; a existência de eventuais depósitos na Conta de Ajuste; e a eventual autorização antecipada da cobrança de pedágio por parte da Agência Reguladora.

    O novo pedágio do Paraná, planejado por dois anos, está em xeque desde o seu retorno.

    Segundo o parlamentar, a fiscalização desses mecanismos é essencial para garantir o uso correto dos recursos e o cumprimento das cláusulas contratuais. “Estamos falando de contratos que envolvem bilhões de reais e impactam diretamente o bolso dos paranaenses e a competitividade do nosso setor produtivo. É fundamental que haja transparência absoluta e que os mecanismos de controle previstos em contrato sejam cumpridos com rigor”, afirmou Fabio Oliveira.

    O deputado destacou ainda que a Frente Parlamentar seguirá acompanhando o tema em conjunto com o setor produtivo e entidades técnicas, como o Crea-PR e o Instituto de Engenharia do Paraná (IEP).

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  • Rio de Janeiro: 64 mortos, mais de 100 presos

    Rio de Janeiro: 64 mortos, mais de 100 presos

    Rio de Janeiro: 64 mortos, mais de 100 presos

    Subiu para 64 o número de mortos na Operação Contenção, realizada nos complexos do Alemão e da Penha. Dois deles são policiais civis e, outros dois, do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope).

    Eles foram mortos em tiroteio na área de mata do Complexo do Alemão. A informação é do Palácio Guanabara.

    A Polícia Militar colocou de prontidão toda a tropa. Mesmo o pessoal administrativo está convocado a comparecer aos quartéis. 

    O número de presos já ultrapassa 100, muitos deles de uma facção criminosa do Pará, escondidos no RioMais de 75 fuzis, além de pistolas e granadas foram apreendidos na ação até agora.

    Com a Operação Contenção, realizada desde a madrugada de ontem (28) nos Complexos do Alemão e da Penha, zona norte da cidade, criminosos da facção Comando Vermelho receberam ordens para fechar as principais vias da cidade.

    A Linha Amarela foi fechada. Trata-se de uma das principais vias expressas da cidade que liga a Barra da Tijuca e Jacarepaguá ao outro lado da cidade, na Ilha do Governador, na zona norte, cortando dezenas de bairros. 

    A Estrada Salazar Mendes de Morais, que passa junto à Cidade de Deus, também está fechada nos dois sentidos.

    A Avenida Brasil, com 54 quilômetros de extensão, que corta toda a cidade, desde a zona portuária do Rio até Santa Cruz, na zona oeste, no outro extremo da cidade, já tem trechos interditados na pista lateral em direção ao centro da cidade, nas proximidades do Complexo da Maré.

    A imagem selecionada pela Equipe do Gazeta 24 Horas, nem de longe retrata o clima de guerra, sofrimento e morte. As imagens circulam livremente pelas redes sociais, muitas vezes sem contexto ou identificação dos corpos.

    Transporte

    A Rio-Ônibus que administra os ônibus da cidade do Rio de Janeiro informou que mais de 50 coletivos foram usados como barricadas em diversos pontos da cidade. 

    Várias ruas de Jacarepaguá também estão interditadas, entre elas a Estrada do Gabinal, Estrada dos Três Rios e Avenida Geremário Dantas.

    A via expressa também foi fechada por determinação da Polícia Militar pois criminosos do Morro do Dezoito, na Água Santa, na zona norte, estavam atirando do alto da comunidade em direção à Linha Amarela.

    No Méier, a Rua Dias da Cruz, principal ligação do bairro com o centro da cidade ficou fechada por mais de 30 minutos. A PM conseguiu liberar a via há pouco. Já a Avenida Marechal Rondon, no Engenho Novo, de acesso ao centro da cidade, está fechada por ônibus atravessados na pista e por barricadas usando caçambas de lixo.

    No sentido contrário, a Rua 24 de Maio que recebe todo o fluxo de veículos do centro da cidade também está fechada, com ônibus urbanos atravessados na pista.

    Na ação de hoje, os criminosos do Comando Vermelho usaram drones com bombas que foram jogadas contra os policiais.

    A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e as unidades estaduais da Faetec estão com as atividades acadêmicas suspensas. 

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  • “Basicamente, as pessoas foram ao meu show e eu não”, disse Meirelles

    “Basicamente, as pessoas foram ao meu show e eu não”, disse Meirelles

    “Basicamente, as pessoas foram ao meu show e eu não”, disse Meirelles

    Maurício Meirelles cancela show após aparecer bêbado e se explica nas redes

    No último sábado (26), cerca de 800 pessoas aguardavam ansiosamente pelo show de Maurício Meirelles no shopping Eldorado, em São Paulo. Mas o humorista não apareceu — e só nesta segunda-feira (28) ele veio a público explicar o que aconteceu.

    Em um vídeo publicado no Instagram, Maurício revelou que decidiu cancelar a apresentação porque estava embriagado. Ele reconheceu o erro, pediu desculpas e explicou que toma um remédio para insônia que não pode ser misturado com álcool — algo que ele ignorou. “Desdenhei dessa situação e infelizmente misturei. Potencializou e deu nesse problema todo”, contou.

    “Fiz cagada e peço desculpa. A gente aprende, faz piada, toca a bola pra frente e pede desculpa”, disse.

    O comediante garantiu que foi um episódio isolado e que não tem problemas com bebida. “Fiz cagada e peço desculpa. A gente aprende, faz piada, toca a bola pra frente e pede desculpa”, disse.

    Para compensar o público, Maurício prometeu reembolsar os ingressos e preparar um novo show gratuito.

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  • Emplacamentos aumentam 34,2% em dois meses após redução do IPVA no Paraná

    Emplacamentos aumentam 34,2% em dois meses após redução do IPVA no Paraná

    Emplacamentos aumentam 34,2% em dois meses após redução do IPVA no Paraná

    O número de veículos emplacados no Paraná cresceu 34,2% nos dois meses seguintes ao anúncio da redução da alíquota do IPVA, em comparação com o mesmo período de 2024. Desde 20 de agosto, mais de 77 mil novos veículos foram registrados no Estado, quase 20 mil a mais que no mesmo intervalo do ano anterior, segundo dados do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR).

    O aumento coincide com o anúncio feito pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, em 20 de agosto, da redução da alíquota do imposto de 3,5% para 1,9% sobre o valor venal dos veículos, o que colocou o Paraná com o menor IPVA do Brasil. A medida foi posteriormente consolidada com a sanção da Lei nº 22.645/2025, assinada em 23 de setembro, que garantiu o novo percentual a partir de janeiro de 2026.

    “Essa é a maior redução de IPVA do Brasil e faz do Paraná o Estado com a menor alíquota do País. Esse dinheiro que deixa de ir para o imposto vai aliviar o bolso das famílias e circular na economia dos municípios. Vai ajudar no pagamento do IPTU, do material escolar, de uma prestação da casa, de uma viagem em família, das compras no mercado, no açougue ou na mercearia. É um benefício direto para a população e que movimenta os setores produtivos”, destacou o governador.

    Assim como para o Governo do Estado, o crescimento no número de emplacamentos já era previsto pelo Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Paraná (Sindicovi-PR). Para a entidade, a expectativa de menor carga tributária a partir de 2026 já está estimulando a compra de veículos e o registro de novas frotas no Estado. O movimento deve se intensificar nos próximos meses, impactando positivamente o faturamento das concessionárias e a geração de empregos.

    SETOR AUTOMOTIVO – De acordo com o Detran-PR, o aumento no número de emplacamentos demonstra a confiança dos consumidores e das empresas no ambiente econômico do Estado. Para o diretor-presidente da autarquia, Santin Roveda, a redução do IPVA reforça o dinamismo do setor e incentiva o empreendedorismo.

    “Mais uma vez o Paraná sai na frente e serve de modelo para o Brasil. Já sentimos o impacto da redução do IPVA no aumento dos emplacamentos. Famílias que estavam adiando a compra do carro por planejamento financeiro agora têm o incentivo que faltava. Trabalhadores e estudantes também estão aproveitando as novas condições e pagando quase metade do valor de antes, com tudo mais fácil e acessível online”, afirmou Roveda.

    A redução do IPVA beneficia cerca de 3,4 milhões de proprietários de veículos, o que representa quase 83% da frota no Paraná. O impacto é significativo: um carro avaliado em R$ 50 mil, que hoje paga R$ 1.750 de imposto, passará a pagar R$ 950 em 2026 — uma economia de R$ 800 por ano.

    Mais de 68% da frota tributada no Estado se enquadra nessa faixa de valor. Com a nova alíquota, o Paraná passa a ter o IPVA mais baixo do País, à frente de estados como Santa Catarina (2%) e São Paulo (4%). A lei ainda mantém a isenção para motocicletas de até 170 cilindradas, implementada em 2024, que já beneficia mais de 732 mil proprietários, especialmente motoboys e entregadores.

    EQUILÍBRIO FISCAL – O crescimento dos emplacamentos no Paraná demonstra que a redução do IPVA é uma medida sustentável do ponto de vista fiscal. O aumento na base de veículos registrados contribui diretamente para equilibrar a arrecadação estadual, compensando parte da redução de alíquota e garantindo a manutenção da capacidade de investimento do Estado.

    Para preservar esse equilíbrio, o Estado também implementou ajustes na legislação. A partir de 2026, a multa por atraso no pagamento do IPVA passará de 10% para 20%, mantendo-se a regra de cobrança diária de 0,33% ao dia, acrescida dos juros da taxa Selic.

    CONTRAPONTO: Embora o governo destaque o aumento de emplacamentos como sinal de dinamismo econômico, é importante observar nuances.

    A redução do IPVA realmente beneficia todos os proprietários, inclusive famílias de baixa renda e motociclistas, mas o impacto é desigual: quem adquire veículos novos ou de maior valor sente um alívio proporcionalmente maior no bolso.

    Além disso, parte do crescimento nos registros pode não refletir aumento real da frota circulante no Paraná, mas sim um movimento de “migração fiscal”, em que veículos de outros estados passam a ser licenciados aqui apenas para aproveitar a alíquota mais baixa. Isso gera estatísticas positivas de curto prazo, mas não necessariamente traduz em mais carros rodando nas ruas do estado ou em maior consumo local. Outro ponto é que a renúncia fiscal precisa ser compensada: se a arrecadação não crescer na mesma proporção, o Estado pode enfrentar pressões orçamentárias em áreas sensíveis como saúde e educação.

    Assim, o dado de 34% de aumento emplacamentos deve ser lido com cautela, considerando tanto os efeitos distributivos quanto os fiscais e regionais.

    POLÍTICA: Não é segredo que Ratinho Junior é pré-candidato ao governo federal. A redução de IPVA fortalece uma postura populista, afinal em ano pré-eleitoral todo proprietário de veículo do Paraná tem o que comemorar, isso é fato. 

    É preciso agora acompanhar como isto será compensado para os municípios e nas contas do Paraná. 

    Mas teremos que admitir que, no momento, Ratinho Junior está confortável com a opinião pública, neste assunto.

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  • Recurso de Bolsonaro: cerceamento de defesa e revisão da pena

    Recurso de Bolsonaro: cerceamento de defesa e revisão da pena

    Recurso de Bolsonaro: cerceamento de defesa e revisão da pena

    A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF), na noite desta segunda-feira (27), embargos de declaração para “sanar as ambiguidades, omissões, contradições e obscuridades” da decisão do STF que o condenou por tentativa de golpe de Estado.

    Bolsonaro é um dos réus do Núcleo 1 da trama golpista e foi condenado pela Primeira Turma do STF a 27 anos e três meses de prisão, em regime inicial fechado, pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, atentado contra o Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, da qual foi apontado como líder, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

    Os advogados de Bolsonaro pediram a revisão da dosimetria da pena, alegando ausência de individualização adequada e violação ao princípio da proporcionalidade. Segundo eles, as circunstâncias negativas para o estabelecimento da pena não estão presentes no acórdão. 

    “Não se sabe, portanto, o que significou cada uma das circunstâncias consideradas, pelo Ministro Relator, como ‘amplamente desfavoráveis’. É indiscutível que a partir da existência de circunstâncias valoradas negativamente chegou-se, sem qualquer cálculo, sem qualquer demonstração, ao elevado aumento da sanção”, diz a peça da defesa.

     

    Jair Messias Bolsonaro

    Nos embargos de declaração, a defesa de Bolsonaro também alega que houve cerceamento de defesa durante o processo que levou à sua condenação no STF. Segundo o documento, os advogados não tiveram tempo hábil nem acesso adequado às provas produzidas na investigação. 

    Eles dizem que receberam 70 terabytes de dados, o que teria impossibilitado o exame do material antes do fim da instrução. A defesa também argumenta que foram negados pedidos de adiamento das audiências, 

    “A defesa não pôde sequer acessar a integralidade da prova antes do encerramento da instrução; não teve tempo mínimo para conhecer essa prova. E não pôde analisar a cadeia de custódia da prova. Afinal, os documentos foram entregues quando terminava a instrução e, apesar dos recursos da defesa, o processo continuou”. 

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  • Guerra contra o C.V.: 2.500 policiais tomam Alemão e Penha no Rio de Janeiro

    Guerra contra o C.V.: 2.500 policiais tomam Alemão e Penha no Rio de Janeiro

    Guerra contra o C.V.: 2.500 policiais tomam Alemão e Penha no Rio de Janeiro

    Em uma das maiores ações de segurança pública dos últimos anos, cerca de 2.500 agentes das forças estaduais ocuparam nesta terça-feira (28) os complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro.

    A megaoperação, batizada de Operação Contenção, tem como objetivo frear o avanço territorial do Comando Vermelho (CV) e capturar lideranças da facção criminosa.

    A ação é fruto de mais de um ano de investigação conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), que resultou na emissão de 100 mandados de prisão. Entre os alvos, 30 são de outros estados, com destaque para integrantes do CV oriundos do Pará, que estariam escondidos nas comunidades cariocas.

    Resultados parciais da operação:

    • 9 pessoas presas
    • 2 suspeitos mortos (vindos da Bahia)
    • 2 feridos sob custódia no Hospital da Penha
    • Apreensões: 2 fuzis, 1 pistola, 3 celulares e 9 motocicletas

    A Polícia Militar mobilizou tropas do Comando de Operações Especiais (COE), batalhões da capital e da região metropolitana. Já a Polícia Civil atuou com agentes de delegacias especializadas, da CORE, do Departamento de Combate à Lavagem de Dinheiro e da Subsecretaria de Inteligência.

     

    A operação conta com suporte tecnológico e logístico robusto:

    • Drones
    • 2 helicópteros
    • 32 blindados
    • 12 veículos de demolição
    • Ambulâncias do Grupamento de Salvamento e Resgate

    Segundo o governador Cláudio Castro, a ação representa a integração das forças de segurança e o fortalecimento da presença do Estado em áreas dominadas por facções. Os complexos do Alemão e da Penha, que somam 26 comunidades, são considerados estratégicos na disputa pelo controle do tráfico de drogas.

    As buscas e prisões devem continuar ao longo do dia em diversos pontos das duas regiões.

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  • Tristeza: Covid-19 deixou 149 mil crianças e adolescentes órfãos em 2020 e 2021

    Tristeza: Covid-19 deixou 149 mil crianças e adolescentes órfãos em 2020 e 2021

    Tristeza: Covid-19 deixou 149 mil crianças e adolescentes órfãos em 2020 e 2021

    Além dos mais de 700 mil mortos pela covid-19 no Brasil, há outras 284 mil vítimas indiretas: crianças e adolescentes que perderam os pais, avós ou outros familiares mais velhos que exerciam papel de cuidado em suas residências. O número se refere somente a 2020 e 2021, os piores anos da pandemia. Entre elas, 149 mil perderam o pai, a mãe ou os dois.

    A estimativa é de pesquisadores ingleses, brasileiros e americanos, que acabam de lançar um estudo para demonstrar não somente a “magnitude da orfandade no Brasil”, como também “as grandes desigualdades entre os estados”.

    Uma das autoras do estudo, a professora do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo Lorena Barberia destaca que os impactos de uma emergência sanitária são identificados primeiro entre as vítimas diretas, mas há também aqueles que são afetados por essas mortes.

    “Nós quisemos olhar a vulnerabilidade das pessoas que dependem de quem faleceu. Achamos super importante lembrar que as pessoas acima de 60 anos não só tinham mais chance de morrer, mas, muitas vezes, tinham um papel na estrutura familiar muito decisivo. Muitas crianças e adolescentes dependiam dessas pessoas. Então, pensamos que tínhamos que considerar essas estimativas, tanto de pais e mães como desses responsáveis”.

    A partir de modelos estatísticos, alimentados por dados demográficos, como a taxa de natalidade e o excesso de mortalidade ─ mortes acima do esperado ─ em 2020 e 2021, a pesquisa chegou a algumas estimativas:

    • Cerca de 1,3 milhão de crianças ou adolescentes, de 0 a 17 anos, perderam um ou ambos os pais, ou algum cuidador com quem elas viviam, por razões diversas; 
    • Dessas, 284 mil se tornaram órfãos ou perderam esse cuidador por causa da covid-19;
    • Com relação apenas às mortes por covid-19, 149 mil crianças e adolescentes se tornaram órfãos e 135 mil perderam outro familiar cuidador
    • 70,5% dos órfãos perderam o pai; 29,4%, a mãe; e 160 crianças e adolescentes foram vítimas de orfandade dupla;
    • 2,8 crianças ou adolescentes a cada 1 mil perderam um ou ambos os pais, ou algum familiar cuidador por covid-19;
    • Entre estados, as maiores taxas de orfandade são as do Mato Grosso (4,4), Rondônia (4,3) e Mato Grosso do Sul (3,8), enquanto as menores são do Rio Grande do Norte (2,0), Santa Catarina (1,6) e Pará (1,4). 

      Órfãos reais

    • Em 2021, Ana Lúcia Lopes, hoje com 50 anos, perdeu o companheiro, o fotógrafo Cláudio da Silva, o que fez com que seu filho, Bento, que tinha 4 anos, ficasse órfão de pai. Ela lembra que esses números dizem respeito a crianças e adolescentes reais, que sofreram e continuam sofrendo com as mortes de seus entes queridos. 

      Sem nenhum fator de risco para a doença, ele tinha 45 anos e foi infectado durante uma viagem a trabalho. Com sintomas respiratórios, foi internado em uma quinta-feira, entubado na sexta e não resistiu após uma parada cardíaca, na segunda-feira seguinte. Nem pode rever o filho, após os dois meses de trabalho fora de casa. 

    “Eu contei para o Bento logo que aconteceu. A gente tinha um cachorrinho que morreu um pouco antes. Aí, eu falei para ele que o cachorrinho precisava de alguém lá no céu para cuidar dele e que o papai tinha ido fazer isso. Às vezes ele me via chorando e falava: “Mãe, você tá chorando por causa do meu pai?”.

    “Apesar de tudo, no começo, ele parecia bem. Um tempo depois, quando ele foi mudar de classe na escola, ele começou a chorar bastante, porque não queria perder a professora. Aí, eu perguntei o que ele estava sentindo, e ele disse: ‘Ah, mãe, acho que eu queria o meu pai’. Foi quando ele começou o atendimento psicológico”.

    Cláudio recolhia a contribuição previdenciária referente ao seu trabalho como microempreendedor individual, o que garantiu a Bento a pensão por morte e evitou que a família passasse por problemas financeiros. De acordo com outra autora do estudo, a promotora de justiça da cidade de Campinas (SP) Andréa Santos Souza, os problemas financeiros são os mais frequentes em situações de orfandade.  

    Violações de direitos

    Durante a pandemia de covid-19, o trabalho de Andrea Santos Souza, que atua na área de Infância e Juventude na cidade de Campinas (SP), estava bastante focado na proteção das crianças e adolescentes afetados pelo fechamento das escolas, pela miséria pandêmica, ou pela crescente violência familiar. Até que ela percebeu um aumento nos pedidos de guarda, feitos por tios, avós e outros parentes.

    “Essas crianças estavam ficando órfãs sem uma representação legal. Pedi aos cartórios que me mandassem todas as certidões de óbito das pessoas que morreram por Covid e que deixaram herdeiros menores. Num primeiro momento, eles disseram que não conseguiam fazer esse recorte, então, eles me mandaram todas as certidões de quem morreu naquele ano de 2020. Foram mais de 3 mil, e foi um trabalho muito triste. Eu, uma estagiária e uma funcionária ficamos olhando certidão por certidão, separando todos os órfãos. Numa primeira leva, nós localizamos quase 500 crianças”, lembra Andrea.

    A partir daí, o trabalho duplicou: as certidões continuavam chegando, e, ao mesmo tempo, era preciso localizar todas essas crianças, encaminhá-las para programas de assistência, checar se já constavam no Cadastro Único no Governo Federal e se as famílias já recebiam o Bolsa Família ou o Auxílio Emergencial. Era preciso ainda verificar se elas não estavam sendo vítimas de outras violações, além de terem perdido suas mães e pais. 

    “A primeira delas é a separação de irmãos, né? As famílias numerosas separam os irmãos. Quanto aos bebezinhos muito pequenos, tem o problema de adoções ilegais. As meninas tinham situações de exploração de todas as formas, trabalho doméstico forçado, casamento infantil, abuso sexual… Em muitos meninos, a gente via o direcionamento para o tráfico ilícito de entorpecente ou exploração do trabalho infantil…”

    Além dessas situações mais drásticas, Andréa enfatiza que toda orfandade aumenta a vulnerabilidade, especialmente nos casos minoritários de crianças que perderam tanto a mãe quanto o pai, ou daquelas que já eram criadas por mães solo, quantidade bastante frequente. Os profissionais de saúde que morreram e deixaram filhos eram numerosos, mas, como a pandemia escancarou desigualdades sociais, a maioria dos órfãos era de filhos de trabalhadores de limpeza, alimentação, transporte ou informais, que não puderam parar e se isolar em casa.

    Diante de exemplos tão trágicos, a promotora buscava entender melhor a dimensão da orfandade causada pela covid-19 no Brasil, quando as primeiras estimativas globais sobre a tragédia foram lançadas por pesquisadores do Imperial College, de Londres, na Inglaterra, em julho de 2021. Andréa entrou em contato com os pesquisadores, contou sobre a sua experiência localizando os órfãos de Campinas e, a partir daí, passou a colaborar com o grupo de estudos, que é o mesmo responsável pelas novas estimativas. 

    Cruzamento de dados

    Graças ao encontro com Andréa, os pesquisadores puderam comparar o resultado dos modelos estatísticos com os dados da promotoria, e confirmar as semelhanças. Conheceram também outra ferramenta dos registros civis brasileiros, que é quase única no mundo. Desde 2015, as certidões de nascimento já são emitidas em conjunto com o CPF e, quando o documento é registrado, os cartórios associam o número das crianças ao CPF dos pais, o que permite o cruzamento de informações, inclusive em casos de orfandade. 

    Com isso, a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen/Brasil) verificou que, de março de 2020 a setembro de 2021, 12,2 mil crianças de até 6 anos ficaram órfãos por causa da covid-19, com proporções similares de mortes maternas e paternas, e de ocorrências ao longo dos meses. Como os dados da Arpen cobrem apenas as crianças nascidas de 2015 para cá ou aquelas que tiveram a certidão de nascimento reemitida, não seria possível saber a dimensão da orfandade apenas por eles, mas os registros serviram para reforçar a validade das estimativas do estudo. 

    “O objetivo é lembrar que, mesmo depois do fim da pandemia, nós precisamos de políticas públicas para dirimir as desigualdades provocadas pela pandemia, porque nós sabemos que algumas pessoas saíram em uma situação muito mais vulnerável que outras. Não houve um programa desenhado para essas crianças especificamente, e a sociedade não estava acostumada a essa magnitude de órfãos. Os programas que existem claramente precisam ser fortalecidos, porque temos um grupo novo de crianças e adolescentes, que não era esperado”, reforça a pesquisadora Lorena Barberia.

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