Autor: Gazeta 24 horas

  • STF decide que redes sociais podem ser responsabilizadas por postagens de usuários no Brasil

    STF decide que redes sociais podem ser responsabilizadas por postagens de usuários no Brasil

    STF decide que redes sociais podem ser responsabilizadas por postagens de usuários no Brasil

    O Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão histórica nesta quarta-feira, 26 de junho de 2025, que muda a forma como plataformas digitais como Google, Meta, X (antigo Twitter), TikTok e outras devem lidar com conteúdos publicados por seus usuários no Brasil. A partir de agora, essas empresas podem ser responsabilizadas civilmente por publicações que violem direitos, mesmo sem decisão judicial prévia, dependendo do caso.

    A medida foi aprovada por 8 votos a 3, durante o julgamento que analisava a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet, de 2014. Esse artigo dizia que as plataformas só poderiam ser responsabilizadas por conteúdos ilegais após uma ordem judicial. Com a nova interpretação dada pelo STF, essa exigência deixa de valer em muitas situações.

    O relator do caso, ministro Dias Toffoli, destacou que a decisão não significa censura, mas sim a criação de uma responsabilidade proporcional ao poder das plataformas. Segundo ele, as redes sociais hoje funcionam como espaços públicos de debate, mas precisam seguir regras que protejam os direitos fundamentais dos cidadãos.

    A partir de quando a mudança vale?

    A decisão já está em vigor desde o fim do julgamento, ou seja, desde o dia 26 de junho de 2025. Como se trata de uma interpretação constitucional feita pelo STF, ela tem aplicação imediata e não depende de sanção presidencial nem de publicação em diário oficial, como acontece com leis aprovadas no Congresso. As novas regras passam a ser seguidas automaticamente por tribunais de todo o país.

    Quando as plataformas passam a ser responsáveis?

    As plataformas poderão ser responsabilizadas por conteúdos ilegais ou prejudiciais, especialmente se não tomarem medidas para removê-los após serem notificadas extrajudicialmente por quem se sentiu ofendido.

    Em casos mais graves, como publicações que envolvam racismo, incitação à violência, pornografia infantil, terrorismo, discurso de ódio (inclusive homofobia e misoginia), ou crimes contra crianças e adolescentes, a responsabilidade é ainda mais direta. Nesses casos, se o conteúdo não for removido após denúncia clara, a plataforma poderá ser punida judicialmente por omissão.

    Além disso, se o conteúdo tiver sido impulsionado por anúncios pagos ou divulgado por robôs (bots), a responsabilidade da plataforma será ainda mais rigorosa, mesmo sem necessidade de notificação prévia.

    Por outro lado, em casos que envolvem conflitos privados — como calúnia, difamação ou injúria entre indivíduos — ainda será necessário recorrer ao Judiciário, já que essas situações exigem uma análise mais cuidadosa do contexto e do direito ao sigilo.

    Impacto nas redes sociais

    Na prática, a decisão obriga as empresas a adotarem sistemas mais rápidos e eficientes de moderação de conteúdo, especialmente quando se trata de violações evidentes de direitos ou crimes. Plataformas que demorarem a agir ou forem omissas diante de denúncias poderão ser processadas e até condenadas a pagar indenizações.

    A mudança também deve impactar influenciadores digitais, criadores de conteúdo e até empresas que usam redes sociais como canal de comunicação. Todos precisarão ter mais atenção com o que publicam e compartilham, já que as plataformas devem agir com mais rigor na moderação.

    Próximos passos

    Apesar de a decisão valer de imediato, o STF deixou claro que é papel do Congresso Nacional elaborar uma nova legislação que regulamente de forma mais detalhada o funcionamento das plataformas digitais no Brasil. A ideia é que o Legislativo aprove uma lei que traga equilíbrio entre a liberdade de expressão e a proteção contra abusos e desinformação.

    Enquanto isso não acontece, a decisão do Supremo serve como parâmetro jurídico para orientar tribunais, usuários e empresas. O tema ainda deve gerar debates intensos, especialmente em ano pré-eleitoral, onde as redes sociais ganham ainda mais destaque como instrumento de mobilização e informação.

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  • Governo Federal deverá auxiliar no translado do corpo de Juliana Marins

    Governo Federal deverá auxiliar no translado do corpo de Juliana Marins

    Governo Federal deverá auxiliar no translado do corpo de Juliana Marins

    Depois no anúncio da morte da brasileira Juliana Marins que caiu em um desfiladeiro próximo a um vulcão na Indonésia, a família ficou sem saber como trazer o corpo da jovem de volta ao Brasil. Segundo a família o Itamaraty informou que havia uma lei específica que não permitia ao governo brasileiro auxiliar no translado do corpo, o que provocou imediata reação em todas as redes sociais. Afinal o Brasil em tem enviado aviões da FAB para trazer exilados políticos de outros países e gastos com traslados políticos. Mas não poderia trazer o corpo de uma brasileira morta em um acidente no exterior.

    Depois Lula esclareceu que de fato esta regra existe mas que ele iria revogar o decreto, e fazer um novo decreto que viabilizasse a volta do corpo de Juliana ao Brasil.

    “Vou revogar esse decreto e vou fazer outro decreto para que o governo brasileiro possa custear a vinda dessa jovem. Hoje pela manhã eu falei com o pai dela”, afirmou Lula, durante um evento na Favela do Moinho, em São Paulo. “Sei que muita gente está acompanhando pela internet o sofrimento dessa moça e o sofrimento da família.

    Fotos de Juliana Marins antes do acidente e de sua localização enquanto aguardava por um socorro que não chegou.

    Portanto, nós vamos cuidar de todos os brasileiros, esteja ele onde estiver”, completou o presidente, segundo o Estadão.

    A jovem, natural de Niterói (RJ), havia desaparecido na sexta-feira (20) e foi encontrada morta na terça-feira (24), conforme divulgado pela família nas redes sociais.

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  • Dia Nacional do Diabetes – Leis e ações para proteção de portadores da doença

    Dia Nacional do Diabetes – Leis e ações para proteção de portadores da doença

    Dia Nacional do Diabetes – Leis e ações para proteção de portadores da doença

    Hoje, 26 de junho, é Dia Nacional do Diabetes, dedicado para a conscientização sobre a síndrome. Em todo o Paraná, a taxa de diagnósticos de pessoas com mais de 18 anos convivendo com a doença passou de 5,8%, em 2013, para 7,7% dos moradores paranaenses em 2019 – data das duas últimas edições da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), que levantou o dado. Em torno de 881 mil paranaenses adultos têm diagnóstico da doença. “Essa elevação é um elogio a saúde pública do Paraná que está diagnosticando mais”, explica o administrador de empresas Nivaldo Assumpção, vice-presidente Associação

    Paranaense do Diabético (APD). “Nas pesquisas fechadas, o total sempre ultrapassa os 10%. Estima-se que cerca de 1,2 milhão de pessoas tenham diabetes no Paraná”. O número leva em conta também a estimativa de pacientes que convivem com a síndrome, mas ainda não têm diagnóstico.
    Somente em Curitiba, 140.442 mil pessoas de todas as idades conviviam com diabetes em 2023, segundo dados do Observatório da Segurança Pública. O número representa 9,8% da população curitibana – cerca de 1 a cada 10 moradores. É a oitava capital brasileira com maior percentual de casos registrados.

    Distribuição de aparelhos e prioridade em exames

    Somente nos últimos seis meses, duas iniciativas da Alep destinadas aos diabéticos foram sancionadas pelo governador Ratinho Júnior (PSD). A primeira, de número 22.331/2024 e sancionada em dezembro, prevê a distribuição de aparelhos que medem a glicemia para crianças e adolescentes de 4 a 17 anos em situação de vulnerabilidade econômica. O projeto de lei foi assinado pelos deputados Luiz Claudio Romanelli (PSD), Tercilio Turini (MDB), Tito Barichello (União), Luciana Rafagnin (PT), Marcia Huçulak (PSD) e Arilson Chiorato (PT).

    A lei tramitou na Alep a partir do fim de 2023, sendo discutida em duas audiências públicas. O benefício é restrito a famílias em condição de vulnerabilidade social, que não podem arcar com os custos do equipamento, que costuma ser comercializado pelas farmácias com valores em média de R$ 300. O dispositivo fica acoplado na pele, realizando medições contínua do nível de glicose presente nos fluídos do corpo. Ele é uma alternativa ao glicosímetro, que exige picadas no dedo e a retirada de uma gota de sangue.

    “É fundamental essa lei. Há crianças que se adaptam bem no controle do dedinho, mas há aqueles que possuem diabetes e que não está bem controlada. Eles precisam do sensor”, ressalta Assumpção. “Se o controle é bem feito na infância, evita a manifestação de problemas na fase adulta, como insuficiência renal e problemas na visão”

    Conforme a Secretaria Estadual de Saúde do Paraná (Sesa), o governo do Paraná trabalha para regulamentar a lei. Até o fechamento desta reportagem, nenhum equipamento foi distribuído. Um dos desafios para tanto é a decisão do governo federal, publicada em fevereiro deste ano, por não incorporar a tecnologia no Sistema Único de Saúde (SUS).

    A pasta acatou um relatório apresentado pelo Ministério da Saúde que aponta que os custos para adquirir os equipamentos “foram considerados muito altos para o SUS, interferindo diretamente na sustentabilidade do sistema”. O Comitê de Produtos e Procedimentos sustenta que os descontos apresentados pela fabricante foram muito baixos. O relatório afirmou que ainda é necessário de explorar outros dispositivos já registrados no país. Um novo processo de avaliação pode ser realizado, destaca decisão.

    A Associação Paranaense do Diabético se reuniu no último dia 10 com César Neves, diretor-geral da Sesa, para discutir formas de viabilizar a regulamentação. A entidade e a pasta discutem elaborar um protocolo que torne a lei viável ao orçamento, como a exigência mais rígida de laudos médicos ou a restrição do benefício a crianças de até 12 anos. A discussão segue em aberto.

    Uma segunda iniciativa da Assembleia Legislativa do Paraná se tornou lei neste último ano: no fim de abril, o Executivo sancionou o direito de atendimento prioritário para diabético em filas de espera para a realização de exames de diagnóstico que necessitem de jejum prévio – como exames complementares de diagnóstico, de imagem e coletas de sangue. Ele se tornou a lei 22389.

    A iniciativa, de autoria da deputada Cloara Pinheiro (PSD), visa evitar que os diabéticos sofram “eventos de hipoglicemia”, quando os níveis de glicose no sangue estão abaixo do normal. Quadros de mal-estar, visão turva, sudorese, fome intensa, taquicardia e alteração do nível de consciência assolam os pacientes nessa condição.  “Quando intensa e duradoura, a hipoglicemia pode provocar crises convulsivas, alterar o nível de consciência e, se o paciente não for atendido em caráter de emergência, causar o óbito”, destaca a parlamentar no texto.

    De acordo com a Sesa, a lei 22389 também depende de regulamentação.

    Uma década e meia de prateleiras exclusivas

    Há 15 anos, os diabéticos têm o direito de encontrar alimentos e bebidas separados em gôndolas exclusivas ao adentrarem supermercados, hipermercados e estabelecimentos similares. Desde 2014, ele é regulamentado, devendo ser respeitado por estabelecimentos que comercializem com mais de cinco caixas registradoras para atendimento dos consumidores.

    Além disso, os produtos devem ser destacados com a informação de que não contém açúcar. A fiscalização é de competência das equipes de vigilância sanitárias municipais.

    De número 16.496, a lei nasceu por autoria do deputado estadual Marcelo Rangel (PSD). Há dois anos, ela foi incorporada ao Código do Consumidor Paranaense. Hoje, as gôndolas concentram também alimentos recomendados para intolerantes à lactose, doença celíaca, vegetarianos e veganos.

    O vice-presidente da APD lembra como era estressante a experiência do diabético nos supermercados antes da sanção da lei. “Antigamente era tudo misturado. A pessoa chegava no mercado e as prateleiras tinham açúcar e adoçante juntos”, lembra Assumpção. “Hoje está mais fácil para o diabético encontrar produto zero açúcar. É importante principalmente aos idosos, que têm maior dificuldade em identificar o produto adequado”.

    Ao realizar um balanço dessa primeira década desde a regulamentação da lei, a Associação Paranaense de Supermercados (Apras) pontua que a medida é cumprida em todas as lojas associadas à entidade. A lei estimulou a implementação não só de gôndolas específicas, mas a criação de setores inteiros dedicados a produtos voltados a diabéticos, celíacos e pessoas com outras restrições alimentares, afirma a entidade.

    No entanto, o cumprimento ainda requer adaptações e coloca desafios aos estabelecimentos: exige a reorganização do layout dos supermercados, treinamentos das equipes e “um controle rigoroso de estoque e validade”. Além disso, a compreensão por parte das repositores dos produtos que devem compor tais prateleiras ainda é desafiadora– um refrigerante zero açúcar pode ser incluído, mas um com redução parcial de açúcar já não se enquadra, por exemplo. “Ainda assim, os benefícios superam os obstáculos, especialmente no que diz respeito à inclusão e ao atendimento qualificado ao consumidor”, conclui.

    Parlamento discute testagens em emergências e laudo permanente

    Há ainda dois projetos dedicados à população com diabetes tramitam na Assembleia Legislativa do Paraná. O primeiro prevê a inserção de testes de glicemia capilar nos atendimentos de emergência e urgência da rede de saúde e o segundo, se aprovado, tornaria o laudo médico que atesta o diabetes mellitus tipo 1 (DM1) um documento com prazo de validade indeterminado. Ambos são de autoria do deputado estadual Ney Leprevost (União) e se encontram na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

    Exame tradicional que consiste na coleta de uma pequena gota de sangue na ponta do dedo, o teste de glicemia capilar deve ser incluído no primeiro atendimento de emergência ou urgência para “a identificação imediata de indivíduos com níveis anormais de glicose, possibilitando intervenções rápidas e apropriadas”, justifica Leprevost. “Muitos dos pacientes atendidos nessas situações desconhecem sua condição de diabetes, e a falta desse exame pode levar à administração inadequada de medicamentos, como soluções glicosadas, expondo-os a riscos severos, incluindo coma e até mesmo óbito”, ressalta o parlamentar. O projeto, de número 443/2024, foi protocolado em julho de 2024.

    Já o texto que tornaria vitalício o laudo médico de diabetes mellitus tipo 1 (DM1) visa compatibilizar o atestado com a realidade da doença, que não tem cura. A ideia é inspirada em proposta semelhantes apresentadas em outros oito estados brasileiros. Ney cita ainda que há um projeto no Congresso Nacional que classifica a síndrome como deficiência para efeitos legais. “Uma vez obtido o diagnóstico, não persiste mais razão submeter essas pessoas e quem as auxilia a reiteradas dificuldades suscitadas com a renovação do laudo”, afirma Leprevost na justificativa do projeto 754/2023.

    Outras leis

    A legislação estadual para a população diabética no Paraná deu avanços significativos a partir de 2001. Naquele ano, por meio de duas leis, a Assembleia Legislativa autorizou o Executivo a instituir programa gratuitos para detectar diabetes nos postos de saúde, por meio de exames, e distribuir insulina, antidiabéticos, orais e seringas.
    Em 2004, a sanção de um projeto de lei nascido no legislativo definiu diretrizes para a política de prevenção e atenção à saúde da pessoa portadora de diabetes. O texto delimitou ações educativas, preventivas, de diagnóstico, entre outras áreas. No mesmo ano, a oferta de merenda escolar adaptada para alunos portadores de diabetes melito nas escolas estaduais passou a ser obrigatória – uma segunda norma, aprovada em 2007, fortaleceu a obrigação.

    No ano seguinte, passou a ser obrigatório o preparo de alimentos em lanchonetes escolares de forma saudável, de modo a prevenir quadros de diabetes, obesidades e hipertensão. Entre outras coisas, o texto proibiu a venda de produtos com alto teor de gorduras e açucares, como balas, pirulitos e refrigerantes, limitando percentuais calóricos, de sódio e gordura. A conscientização nas escolas também foi reforçada pela sanção a campanha Permanente de Prevenção de Diabetes, em 2009.

    A Casa de Leis do Paraná também propôs a criação da Semana Estadual de Conscientização, Prevenção e Combate a Diabetes e a Semana Estadual de Nutrição e Alimentação Saudável e Consciente, sancionadas em 2015 e 2016. A Semana Estadual da Conscientização do Descarte Correto do Lixo Gerado no Tratamento do Diabetes e outras doenças, o Dia Estadual de Conscientização, Prevenção e Combate à Retinopatia Diabética e a Semana Estadual de Conscientização sobre as Doenças Crônicas estão no rol de iniciativas sancionadas nos últimos cinco anos.

    Cabe destacar que há associações dedicas ao público diabético agraciadas com Título de Utilidade Pública em pelo menos seis municípios paranaenses – Maringá, Londrina, Goioerê, Irati, Sítio Cercado e Foz de Iguaçu.

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  • Cadastro municipal de pessoas com deficiência começa a valer em agosto

    Cadastro municipal de pessoas com deficiência começa a valer em agosto

    Cadastro municipal de pessoas com deficiência começa a valer em agosto

    A capital paranaense deverá contar ainda este ano com seu Cadastro Municipal de Pessoas com Deficiência ou Mobilidade Reduzida. Aprovada pela Câmara de Vereadores nos dias 19 e 20 de maio, a lei municipal 16.524/2025 foi sancionada pelo prefeito no último dia 23, mas só entrará em vigor em agosto, 90 dias após sua publicação no Diário Oficial do Município. Os detalhes de aplicação da norma, como os locais de atendimento, por exemplo, serão definidos por meio de regulamentação a ser editada pela Prefeitura de Curitiba.

    Conforme a nova norma, a adesão ao cadastro seria voluntária, assegurada a confidencialidade das informações pessoais, conforme prevê a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Para efetivar o cadastro, o cidadão ou seu responsável legal precisaria apresentar um documento de identidade com foto; o comprovante de residência em Curitiba; e o laudo médico que ateste a deficiência ou a mobilidade reduzida.

    A ideia do mapeamento é melhorar o acesso e monitorar a execução das políticas públicas existentes, além de auxiliar no planejamento de novas ações. A lei 16.524/2025 foi proposta pelo vereador Pier Petruzziello (PP) sob o argumento de que os dados da população com deficiência e mobilidade reduzida de Curitiba são imprecisos.

    O cadastro, disse o vereador, funcionará como “uma ferramenta estratégica para mapear quem são essas pessoas, onde elas estão, quais deficiências elas possuem e quais são os benefícios que essas pessoas acessam”. Ele também explicou que a lei não gera impacto aos cofres públicos, já que o Executivo poderia aproveitar as ferramentas já disponíveis, como a Central 156.

    “Na prática, o cadastro pode agilizar o acesso aos direitos e limitar as burocracias, […] a ideia é desburocratizar, de forma universal, esses atendimentos”, complementou Pier durante a votação do projeto de lei em plenário. O mapeamento, exemplificou, poderá ajudar a identificar onde estão as pessoas que precisam de investimentos voltados à questão da acessibilidade na cidade de Curitiba.

    Para criar o cadastro municipal, a lei 16.524 atualizou a redação da lei municipal 14.545/2014, que criou o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência – CMDPcD. A regulamentação, no entanto, ficará a cargo do Poder Executivo, cujo prazo expira em 23 de agosto, data em que a norma entrará em vigor na cidade.

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  • Congresso derruba aumento do IOF e expõe fissuras na base aliada: Lula cogita STF para reverter decisão

    Congresso derruba aumento do IOF e expõe fissuras na base aliada: Lula cogita STF para reverter decisão

    Congresso derruba aumento do IOF e expõe fissuras na base aliada: Lula cogita STF para reverter decisão

    Em uma sessão marcada por tensões políticas e dissidência dentro da própria base governista, o Congresso Nacional derrubou, no dia 25 de junho, o decreto presidencial que havia aumentado as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A medida, editada em maio pelo Palácio do Planalto, visava reforçar a arrecadação do governo federal em 2025, mas acabou sendo rejeitada por ampla maioria na Câmara e no Senado. O episódio escancarou divergências entre o Executivo e sua base no Parlamento — especialmente no Partido dos Trabalhadores (PT), onde sete senadores e 63 deputados votaram contra a medida.

    A decisão representou não apenas uma derrota fiscal para o governo, que agora calcula uma perda de até R$ 15 bilhões no orçamento do próximo ano, como também um desafio político com possíveis desdobramentos constitucionais. Diante da derrota no Legislativo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou a intenção de levar a questão ao Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que a derrubada fere a prerrogativa do Executivo de legislar sobre matéria tributária via decreto.

    A divisão na base petista

    O destaque desta votação foi, sem dúvida, o número expressivo de parlamentares petistas que votaram contra a orientação do governo. Essa dissidência evidenciou um mal-estar crescente entre setores do partido e o Planalto, especialmente em relação à condução da política econômica e à forma como decisões fiscais têm sido tomadas sem ampla negociação com a base aliada. Parlamentares do PT afirmam que o aumento do IOF afetaria diretamente a população mais vulnerável, ao encarecer o crédito e inviabilizar remessas de recursos ao exterior com fins pessoais e educacionais.

    Para críticos internos, o governo tem priorizado metas fiscais rígidas em detrimento de uma agenda social mais robusta, gerando desconforto em um partido historicamente identificado com a ampliação de direitos sociais.

    Impacto direto nas finanças e nos consumidores

    Com a revogação do decreto, as alíquotas do IOF voltam aos níveis anteriores. Isso significa, por exemplo, que o imposto sobre operações com cartão internacional retorna de 3,5% para 3,38%; no caso de remessas ao exterior, como para custeio de estudos, o IOF cai de 3,5% para 1,1%; e o crédito para empresas volta a ter teto de 1,88% ao ano, em vez da elevação sugerida pelo governo.

    Essas mudanças aliviam, em curto prazo, o bolso do consumidor e do setor empresarial, mas abrem um buraco considerável nas contas públicas. Técnicos do governo já alertam para a necessidade de contingenciar gastos e revisar prioridades orçamentárias, o que pode afetar programas sociais e investimentos em infraestrutura.

    Lula e a judicialização da política fiscal

    Diante desse cenário, Lula estuda acionar o STF para contestar a constitucionalidade da decisão legislativa. Para o Executivo, a medida legislativa extrapola suas competências ao interferir em prerrogativas do governo federal. A equipe jurídica do Planalto considera que há precedentes que reforçam a autonomia do Executivo para editar decretos que tratem de ajustes em tributos regulatórios, como é o caso do IOF.

    No entanto, a judicialização desse embate fiscal pode abrir um novo front de tensão entre os poderes. Parlamentares já reagem com críticas à ideia, classificando a atitude como um desrespeito à soberania do Congresso. Para analistas políticos, o risco é transformar uma derrota pontual em uma crise institucional mais ampla.

    Cenário político em ebulição

    A decisão do Congresso, somada à ameaça de levar o tema ao STF, coloca Lula diante de um impasse delicado. De um lado, o presidente busca manter o equilíbrio fiscal e credibilidade junto ao mercado; de outro, corre o risco de perder apoio político dentro do próprio partido e entre aliados importantes. O episódio serviu como termômetro da base parlamentar e deixou claro que a sustentação no Congresso exige mais do que alinhamento ideológico — pede diálogo, negociação e escuta ativa.

    A queda do aumento do IOF não é apenas uma derrota orçamentária. Ela revela os desafios crescentes do Executivo em articular sua agenda econômica e manter coesão em sua base política. E mostra, sobretudo, que decisões tributárias — mesmo quando técnicas — nunca são imunes às disputas do tabuleiro político.

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  • Você conhece os atrativos turísticos de Jacarezinho?

    Você conhece os atrativos turísticos de Jacarezinho?

    Você conhece os atrativos turísticos de Jacarezinho?

    Localizada no Norte Pioneiro do Paraná, Jacarezinho vem se consolidando como um polo regional de turismo, graças a investimentos públicos e à valorização de seus atrativos naturais, culturais e religiosos. A cidade abriga a sede regional da Secretaria de Estado do Turismo e da Associação Turística do Norte Pioneiro (ATUNORPI), reforçando seu protagonismo no desenvolvimento do setor.

    Entre os destaques turísticos da cidade estão:

    – Catedral Diocesana Imaculada Conceição, símbolo religioso e arquitetônico
    – Recanto Encantado, espaço de lazer e contemplação em meio à natureza
    – Museu Dom Ernesto de Paula, com acervo histórico e cultural
    – Eventos religiosos e culturais, como as festas da padroeira e festivais promovidos pela prefeitura

    Segundo o site oficial da Secretaria do Turismo do Paraná, Jacarezinho integra a região turística Norte Pioneiro e participa ativamente das Jornadas das Regiões Turísticas, iniciativa estadual que promove capacitações e articulações entre poder público e setor privado.

    E os números confirmam o bom momento: o setor de turismo no Paraná cresceu 4,4 por cento no volume de atividades entre janeiro e abril de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. A receita nominal das empresas do setor turístico subiu 9,8 por cento, refletindo o aumento da demanda por serviços como hospedagem, gastronomia, transporte e lazer.

    Jacarezinho – Norte Pioneiro do Paraná

    Além disso, o estado recebeu mais de 206 mil turistas internacionais apenas em janeiro de 2025, um crescimento de 25 por cento em relação ao ano anterior. Esse avanço beneficia diretamente cidades como Jacarezinho, que vêm sendo promovidas em feiras e eventos estaduais e nacionais.

    A Prefeitura de Jacarezinho mantém um portal exclusivo com informações turísticas, roteiros e imagens da cidade, além de promover ações de valorização do patrimônio e da cultura local.

    Com estrutura, beleza e história, Jacarezinho convida moradores e visitantes a redescobrirem seus encantos. Afinal, turismo também é cidadania, identidade e desenvolvimento.

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  • O governo quer abrir crédito extraordinário para indenizar vítimas de fraudes no INSS.

    O governo quer abrir crédito extraordinário para indenizar vítimas de fraudes no INSS.

    O governo quer abrir crédito extraordinário para indenizar vítimas de fraudes no INSS.

    O governo federal prepara a edição de uma Medida Provisória (MP) que visa abrir um crédito extraordinário destinado a indenizar vítimas de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A proposta foi anunciada nesta terça-feira (24) por Gilberto Waller Junior, presidente do INSS, após audiência de conciliação no Supremo Tribunal Federal (STF), realizada para discutir o tema. A medida surge em meio a um cenário delicado, no qual milhares de beneficiários foram prejudicados por pagamentos indevidos ou bloqueios de benefícios legítimos, causados por suspeitas de irregularidades nos sistemas de controle da autarquia.

    Segundo Waller, o valor total necessário para ressarcir todos os beneficiários afetados, considerando a hipótese de 100% das solicitações sendo procedentes, gira em torno de R$ 2,1 bilhões, corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O governo ainda trabalha para identificar a dimensão exata do impacto financeiro e validar os casos em que houve erro ou fraude comprovada.

    O calendário de pagamentos está previsto para começar em 24 de julho, e os repasses devem ocorrer em lotes quinzenais, diretamente na conta dos beneficiários lesados. A estratégia foi desenhada para garantir agilidade no ressarcimento e minimizar os transtornos enfrentados pelas vítimas, muitas das quais são aposentados e pensionistas em situação de vulnerabilidade.

    A proposta depende da anuência do STF, que já reconheceu, em situações anteriores, a possibilidade de abrir crédito extraordinário sem que esse valor conte para o cálculo do limite de gastos públicos ou para a meta fiscal estabelecida pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A Advocacia-Geral da União (AGU) está à frente das tratativas jurídicas para que a liberação desses recursos seja enquadrada como medida excepcional — a exemplo do precedente em que o Supremo autorizou a exclusão do teto de gastos no caso do pagamento de precatórios.

    Caso o STF autorize a medida, a expectativa é que a MP seja publicada nas semanas seguintes, abrindo espaço no orçamento para os repasses sem necessidade de cortes em outras áreas sensíveis. A intenção do governo é preservar o equilíbrio das contas públicas, mesmo diante da necessidade de amparo às vítimas de erros administrativos.

    O episódio das fraudes no INSS tem gerado preocupação não apenas entre os beneficiários, mas também nas esferas políticas e jurídicas. Diversos órgãos de controle têm cobrado providências enérgicas para apurar responsabilidades e melhorar os mecanismos de segurança dos sistemas do INSS. Segundo especialistas, parte das falhas identificadas pode estar relacionada à automação excessiva de processos sem validação humana adequada, o que abriu margem para bloqueios indevidos ou pagamentos equivocados.

    Além disso, a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU) também acompanham de perto o caso, devendo emitir relatórios sobre o alcance das fraudes e recomendações para aprimoramento dos protocolos de verificação. A equipe econômica do governo, por sua vez, trabalha em conjunto com os ministérios do Planejamento e da Previdência para viabilizar o crédito extraordinário com base nos parâmetros legais vigentes.

    Especialistas apontam que a medida, embora emergencial, deve abrir espaço para uma discussão mais ampla sobre a digitalização dos serviços previdenciários e a necessidade de medidas de proteção adicionais para garantir que erros como esses não se repitam. A confiabilidade do INSS, que atende milhões de brasileiros, depende da capacidade de corrigir falhas, punir eventuais responsáveis e restaurar a confiança da população.

    Enquanto isso, os beneficiários aguardam com expectativa o desfecho da proposta e a possibilidade de reaver valores a que têm direito. Caso a MP seja aprovada dentro do cronograma estimado, os pagamentos terão início a partir de julho, trazendo alívio financeiro a milhares de famílias impactadas.

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  • Mauro Cid e Walter Braga: acareação no STF

    Mauro Cid e Walter Braga: acareação no STF

    Mauro Cid e Walter Braga: acareação no STF

    Na manhã de ontem, 24 de junho, o Supremo Tribunal Federal (STF) foi palco de uma acareação entre o general da reserva Walter Braga Netto e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. O encontro, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, teve como objetivo esclarecer contradições nos depoimentos prestados por ambos no âmbito da ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

    A acareação foi solicitada pela defesa de Braga Netto, que apontou divergências relevantes entre o depoimento de seu cliente e as declarações de Mauro Cid, que firmou acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal. O procedimento está previsto no Código de Processo Penal e é utilizado quando há inconsistências entre versões apresentadas por acusados ou testemunhas sobre fatos considerados cruciais para o processo.

    Dois pontos centrais motivaram o pedido da defesa. O primeiro diz respeito a uma reunião ocorrida em novembro de 2022 na residência de Braga Netto. Segundo Mauro Cid, o encontro teve como pauta o plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que previa ações para reverter o resultado das eleições. Cid afirmou que, durante a reunião, os presentes demonstraram insatisfação com o resultado eleitoral e que Braga Netto o teria dispensado antes do fim do encontro, alegando que seriam discutidas medidas operacionais das quais ele não deveria participar. Braga Netto, por sua vez, nega que a reunião tenha tido esse teor e afirma que se tratou apenas de uma visita de cortesia, sem qualquer discussão sobre ações golpistas.

    O segundo ponto de divergência envolve uma suposta entrega de dinheiro. Cid declarou que Braga Netto lhe entregou R$ 100 mil em uma caixa de vinho, valor que teria sido repassado ao major De Oliveira, conhecido como “Kid Preto”, para financiar atos antidemocráticos. O general nega veementemente essa acusação.

    A audiência, realizada a portas fechadas, durou cerca de duas horas e contou com a presença do procurador-geral da República, Paulo Gonet, além do ministro Luiz Fux, que acompanhou os trabalhos. O procedimento foi registrado por escrito e será anexado aos autos do processo.

    Logo após a acareação entre Cid e Braga Netto, teve início uma segunda audiência, desta vez entre o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército. Essa acareação também foi motivada por contradições nos depoimentos, especialmente sobre a participação de Torres em reuniões no Palácio da Alvorada nas quais Bolsonaro teria apresentado propostas para anular o resultado das eleições.

    Tenente-coronel Mauro Cid e o general de reserva Walter Braga Netto

    O impacto da acareação entre Cid e Braga Netto no processo é significativo. Trata-se da primeira vez que dois réus do chamado “núcleo crucial” da organização acusada de planejar o golpe são colocados frente a frente. A Procuradoria-Geral da República considera esse núcleo composto por figuras centrais na articulação da tentativa de ruptura institucional. A confrontação direta das versões pode ajudar o STF a formar um juízo mais claro sobre a veracidade das acusações e a responsabilidade de cada envolvido.

    Além disso, a acareação reforça a estratégia da defesa de Braga Netto de tentar descredibilizar o depoimento de Mauro Cid, cuja colaboração premiada tem sido um dos pilares da acusação. Ao mesmo tempo, o procedimento oferece à acusação a oportunidade de testar a consistência das declarações do delator diante do contraditório.

    Braga Netto está preso preventivamente desde dezembro de 2024, acusado de obstruir as investigações e tentar obter informações privilegiadas sobre os depoimentos de Cid. Esta foi a primeira vez que ele deixou a unidade militar onde está detido para participar presencialmente de um ato processual. Ele foi escoltado até Brasília, usou tornozeleira eletrônica e, ao final da audiência, retornou ao Rio de Janeiro sob as mesmas condições.

    A acareação também ocorre em um momento de crescente tensão política, com o ex-presidente Jair Bolsonaro ainda enfrentando múltiplas investigações e internado para tratamento de uma pneumonia. Sua presença nas audiências era incerta, mas ele tem o direito de acompanhar os procedimentos por ser réu no processo.

    O desfecho da acareação e os desdobramentos das demais diligências adicionais — como perícias e novos depoimentos — serão fundamentais para a decisão final da Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia. Caberá a eles julgar se os réus devem ser condenados ou absolvidos na primeira ação penal relacionada à tentativa de golpe.

    A expectativa é que, com o avanço da fase de instrução, o processo entre em sua reta final nos próximos meses, com possíveis repercussões políticas e jurídicas de grande alcance. A acareação de hoje, portanto, marca um momento-chave na busca por respostas sobre um dos episódios mais graves da história recente da democracia brasileira.

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  • Escolas municipais de Curitiba poderão ter aulas de empreendedorismo

    Escolas municipais de Curitiba poderão ter aulas de empreendedorismo

    Escolas municipais de Curitiba poderão ter aulas de empreendedorismo

    A proposta que propõe a criação de uma política pública para incluir conteúdos de educação financeira, empreendedorismo e noções de direito como atividades extracurriculares nas escolas da rede pública da cidade foi uma das iniciativas acatadas pelo colegiado.

    O projeto é de autoria de Delegada Tathiana Guzella (União) e busca ampliar a formação dos estudantes e prepará-los para os desafios do cotidiano e do mercado de trabalho, com substitutivo . Na prática, a Política de Incentivo à Educação Financeira, ao Empreendedorismo e às Noções Básicas de Direito sugere que os conteúdos sejam oferecidos como atividades complementares, extracurriculares ou interdisciplinares no contraturno escolar

    A redação prevê ainda que o ensino possa ser desenvolvido em parceria com instituições privadas, universidades, organizações da sociedade civil ou entidades especializadas. Além disso, o material pedagógico e o conteúdo das aulas poderão ser disponibilizados em formato presencial ou 

    on-line, de acordo com critérios técnicos definidos pela pasta responsável – com o objetivo de garantir flexibilidade na aplicação das atividades e ampliar o alcance das ações nas diferentes unidades educacionais do município.

    Na Comissão de Educação, o parecer favorável foi de Guilherme Kilter (Novo). “A medida não estabelece imposições administrativas diretas, mas sim possibilidades a serem consideradas conforme a realidade da rede municipal de ensino.

    A efetivação da política dependerá, portanto, da capacidade técnica e orçamentária da gestão pública e da disposição institucional para incorporar as ações previstas ao cotidiano escolar”, diz o voto. A próxima etapa é a análise pelo colegiado de Serviço Público.

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  • Araucária: Paraná completa cinco anos da lei que permite o manejo sustentável

    Araucária: Paraná completa cinco anos da lei que permite o manejo sustentável

    Araucária: Paraná completa cinco anos da lei que permite o manejo sustentável

    Árvore símbolo do Paraná, a araucária ainda enfrenta uma devastação alarmante. Restam apenas 4,3% da cobertura original da floresta com araucárias, o que equivale a cerca de 1,2 milhão de hectares. Os dados são de 2024, publicados na revista Biological Conservation, e revelam que a perda é muito maior do que se imaginava. Estimativas anteriores apontavam para a preservação de 12,6% da cobertura nativa. Já a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) classifica a espécie como criticamente em perigo.

    Diante deste cenário, a Lei 20.223/2020, que completa cinco anos, ganha ainda mais relevância. A legislação permite o plantio e a exploração comercial da araucária angustifólia, desde que em áreas específicas e com controle técnico. A norma é assinada pelos deputados Luiz Claudio Romanelli (PSD), Hussein Bakri (PSD) e pelo ex-deputado Emerson Bacil (PSD).

    O texto foi construído com base em estudos científicos coordenados pelo professor Flávio Zanetti, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e representa um esforço pioneiro de aliar conservação ambiental e geração de renda para o produtor rural.

    Segundo o deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD), a proposta busca restaurar o protagonismo da espécie na paisagem e na economia paranaense. “Essa lei foi construída com base em um estudo técnico-científico que mostra que é possível preservar e explorar a araucária de forma sustentável. O que a gralha azul fazia no passado ao dispersar as sementes, agora podemos fazer com ciência. É uma alternativa legal, ambientalmente segura e economicamente viável para que o produtor rural replante a árvore e também possa utilizá-la, inclusive para fins madeireiros”, afirmou.

    O deputado Hussein Bakri ressaltou que a legislação nasceu da escuta atenta da sociedade civil, do setor produtivo e das instituições ambientais, e foi construída com base no equilíbrio entre a conservação do patrimônio natural e o desenvolvimento socioeconômico responsável. “Essa Lei representa um marco na proteção e no uso sustentável da araucária, símbolo maior da nossa identidade paranaense. O objetivo é recuperação de áreas degradadas, o manejo sustentável de florestas e a valorização da cadeia produtiva da araucária, promovendo emprego, renda e consciência ambiental. Mais do que proteger uma árvore, a lei tem protegido a nossa história, incentivado a pesquisa científica e apoiado o agricultor que preserva.”

     

    Para o professor Flávio Zanetti, a legislação é uma ferramenta valiosa para recuperar a araucária angustifólia no Paraná. “É uma lei maravilhosa, que incentiva a exploração comercial da araucária, e que precisa ser mais divulgada como uma política pública para alcançar efetivamente o produtor rural”, defendeu.

    A lei estabelece regras para o plantio comercial da espécie, que deve respeitar espaçamento regular entre os indivíduos e ocorrer fora de áreas de vegetação nativa, reservas legais e Áreas de Preservação Permanente. A exploração depende de cadastro no órgão ambiental estadual e da inscrição da propriedade no Cadastro Ambiental Rural (CAR), garantindo segurança jurídica ao produtor. Em áreas superiores a quatro módulos fiscais, o cadastro deve ser feito por um técnico habilitado. A exploração urbana, por sua vez, está limitada à modalidade indireta e é isenta de registro junto ao órgão ambiental.

    Sustentabilidade e incentivo

    A Lei 20.223/2020 também prevê incentivos à formação de cooperativas, educação ambiental no campo, certificação florestal voluntária e ações voltadas à conscientização sobre o valor da araucária para o ecossistema e a cultura paranaense. O plantio e o uso sustentável da espécie podem gerar produtos madeireiros e não madeireiros, como a pinha e o pinhão, com alto valor comercial e importância cultural.

    O Paraná já havia oficializado o Dia da Araucária, em 7 de junho, com a Lei 18.477/2015, que incluiu a data no Calendário Oficial de Eventos do Estado. Em nível nacional, o Dia da Araucária é celebrado em 24 de junho — mais do que uma comemoração, um alerta para que a espécie não desapareça do mapa e da memória dos brasileiros.

    Ameaça climática

    Além da devastação histórica, a floresta com araucárias enfrenta agora um novo risco: o aquecimento global. Estudo recente da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), publicado na revista Global Ecology Conservation, indica que a elevação das temperaturas pode reduzir entre 45% e 56% as áreas adequadas para a sobrevivência da araucária até 2050. De acordo com o coordenador da pesquisa, professor Victor Zwiener, da UFPR em Palotina, a espécie perderá capacidade de formar populações viáveis nas regiões onde antes prosperava, o que compromete sua recuperação natural.

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