Há momentos em que vários fios soltos da política se encontram e começam a desenhar algo maior: uma mudança de eixo de poder. O que estamos vendo hoje, entre Brasília, Washington e a Praça dos Três Poderes, parece ser exatamente isso.
Depois dos “tarifaços” de Donald Trump contra o Brasil, o Itamaraty passou por uma fase de reposicionamento silencioso, mas firme.
Não foi apenas troca de governo; foi mudança de postura. A diplomacia brasileira voltou a apostar em:
Esse movimento cria o pano de fundo para entender o episódio das sanções da Lei Magnitsky.
Quando Alexandre de Moraes, sua esposa e empresa familiar foram colocados na lista de sanções da Lei Magnitsky, o fato foi tratado por alguns atores políticos brasileiros como vitória: um ministro do STF passava a ser alvo de pressão internacional, em sintonia com narrativas internas de crise institucional e supostos “abusos” do Judiciário.
O Brasil, porém, não podia aceitar passivamente que um ministro de sua Suprema Corte estivesse sob sanção de um país parceiro. Não apenas por Moraes em si, mas pelo precedente institucional. Era o tipo de constrangimento que atinge a soberania simbólica do país.
A partir daí, entra em cena o trabalho da diplomacia:
O desfecho é conhecido: a retirada de Moraes e de seus familiares da lista. O gesto não traz apenas alívio pessoal para o ministro; reconfigura a narrativa. O que começou como sanção vira, no fim, demonstração de que o Estado brasileiro ainda consegue se fazer respeitar no sistema internacional.
Essa reversão tem um efeito colateral direto: deixa Eduardo Bolsonaro isolado em sua estratégia de internacionalizar o conflito com o Supremo.
Ele vinha tentando:
Quando Washington recua e retira as sanções, a estratégia perde tração. Não é só uma derrota pontual; é um recado: os EUA podem até ouvir ruídos da política interna brasileira, mas não estão dispostos, neste momento, a bancar sanções duradouras contra um ministro da mais alta corte de um país parceiro.
Daí surge a leitura, feita por alguns analistas: Donald Trump, ao não sustentar esse tipo de agenda, deixa Jair Bolsonaro e seu entorno “à deriva”. Não porque rompa pessoalmente, mas porque, no jogo de poder real, as prioridades mudam. E, quando as prioridades mudam, certas alianças deixam de produzir efeitos concretos.
A retirada de Moraes da lista Magnitsky não é só um episódio diplomático; é um tijolo a mais no edifício de sua autoridade interna.
Ela sinaliza que:
Alexandre de Moraes e sua família são retirados da lista de restrições da Lei Magnitsky.
Essa blindagem externa fortalece ainda mais a percepção interna de que o Supremo — e, em especial, Moraes, pela centralidade de sua atuação — se tornou um polo de poder praticamente incontornável no arranjo político atual.
Se antes havia a expectativa de que o “contrapeso” pudesse vir de Washington, agora essa expectativa se esvazia. O tabuleiro volta para dentro das fronteiras. E, dentro delas, um ator se destaca.
Institucionalmente, não existe “homem mais poderoso depois do presidente” descrito na Constituição. Mas a política não vive só de normas; vive de percepções, correlações de força e de quem tem, na prática, a caneta capaz de causar efeitos imediatos.
Moraes reúne hoje algumas chaves simultâneas:
Esse conjunto faz com que, aos olhos de muitos, ele não seja apenas “mais um ministro do STF”, mas o centro visível de um poder judicial que se tornou protagonista.
É nesse contexto que o conflito com a Câmara dos Deputados ganha outra dimensão.
No caso de Carla Zambelli, a sequência é sintomática:
O que está em jogo aqui não é apenas uma parlamentar, mas a fronteira entre os poderes. Para muitos, o STF estaria “legislando” ao esvaziar a margem de escolha da Câmara. Para outros, apenas estaria aplicando a Constituição diante da omissão ou leniência política do Legislativo.
Independentemente da leitura, o efeito é claro: cresce a sensação de que:
Quando se juntam os elementos:
Surge um desenho nítido: o centro de gravidade do poder no Brasil desloca-se, em parte, para o Judiciário — e dentro dele, para figuras que concentram relatorias e presidências estratégicas.
Isso não significa que o Executivo deixou de ser o poder dominante, nem que o Legislativo desapareceu como arena decisória. Mas significa que qualquer cálculo de poder hoje, no Brasil, precisa passar por uma pergunta incômoda e inevitável: como o Supremo — e, concretamente, Moraes — reagirá?
No fim, a “vitória” da diplomacia brasileira nas sanções não é um capítulo isolado. Ela fecha a porta de uma frente de ataque externa e, ao mesmo tempo, reforça o protagonismo interno de uma instituição — e de uma pessoa — que já vinha se tornando o eixo em torno do qual a crise política brasileira gira.
CADERNOS ESPECIAIS
Cod. 07
ATENÇÃO
O que você está vendo ao lado NÃO é a imagem do seu anúncio, mas sim a capa de um dos cadernos especiais.
Anúncios em cadernos especiais: Os anúncios em cadernos especiais podem ter formatos variados, incluir entrevistas, formato advertorial e muito mais.
Por isso é importante entrar em contato com nosso consultor(a), que vai orientá-lo na forma de contratação e formatos disponíveis.
Se você ainda não conhece os CADERNOS ESPECIAIS do Gazeta 24 Horas, clique no botão abaixo para conhecer.
GIF ANIMADA
Cod. 01
TAMANHO E FORMATO DE ENVIO
Tamanho:865 x 865
Orientação: Quadrado
Tipo de arquivos*: mp4
Tempo máximo 5 segundos (sem áudio)
Loop infinito, sem controles de exibição, sem botões de download
Tamanho máximo do arquivo: 850kb
A arte ao lado representa o tamanho real de exibição que pode variar entre um dispositivo e outro, pois o Gazeta 24 Horas é responsivo.
Recursos: Imagem em vídeo, sem áudio,
Local de exibição: barra lateral direita da home page
OFERECIMENTO EM VÍDEO.
Cod. 06
TAMANHO E FORMATO DE ENVIO
Enviar arte única em formato jpg ou png ou animação full HD 1920×1980 16×9 (horizontal). Tempo máximo de exibição: 5 segundos.
O texto é sempre o mesmo – assista ao vídeo do lado.
Vídeo produzido diariamente. Postado na home do Gazeta 24 horas, no canal YouTube, compartilhado nas redes sociais. Pode ser compartilhado a partir do yutube nas redes sociais do cliente.
BANNER BARRA
HORIZONTAL
Cod. 03
TAMANHO E FORMATO DE ENVIO
Tamanho:1200 x 220
Orientação: Horizontal
Tipo de arquivos*: jpg, png (independente do formato de arquivo enviado, todos os arquivos de imagem serão convertidos em webp)*
A arte acima representa o tamanho real de exibição que pode variar entre um dispositivo e outro, pois o Gazeta 24 Horas é responsivo.
Recursos: Imagem com link externo ao clicar na imagem. Efeito ao passar o mouse.
Local de exibição: barra lateral direita da home page
BANNER LETTER
HORIZONTAL
Cod. 05
Design e identidade visual, postagens, tráfego pago e campanhas estruturadas.
SOLICITE ATENDIMENTO PELO WHATS 41 999-555-006
TAMANHO E FORMATO DE ENVIO
Este é um anúncio dinâmico que se adapta ao conteúdo. O cliente envia fundo e texto.
Recursos: Imagem dinâmica com link externo ao clicar na imagem.
Local de exibição: entre editorias da home page.
BANNER LATERAL
QUADRADO
Cod. 05
TAMANHO E FORMATO DE ENVIO
Tamanho:1000 x 1000
Orientação: Quadrado
Tipo de arquivos*: jpg, png
(independente do formato de arquivo enviado, todos os arquivos de imagem serão convertidos em webp)*
A arte ao lado representa o tamanho real de exibição que pode variar entre um dispositivo e outro, pois o Gazeta 24 Horas é responsivo.
Recursos: Imagem com link externo ao clicar na imagem.
Local de exibição: barra lateral direita da home page
Cod. 04
TAMANHO E FORMATO DE ENVIO
Tamanho:790 x 1280
Orientação: Vertical
Tipo de arquivos*: jpg, png
(independente do formato de arquivo enviado, todos os arquivos de imagem serão convertidos em webp)*
A arte ao lado representa o tamanho real de exibição que pode variar entre um dispositivo e outro, pois o Gazeta 24 Horas é responsivo.
Recursos: Imagem com link externo ao clicar na imagem.
Local de exibição: barra lateral direita da home page