Donald Trump como um jogador de truco, com boas cartas, subiu na mesa, gritou, pulou e disse que tinha as melhores cartas. Disparou tarifas para todo o mundo inclusive para a China. Até ai foi jogando bem.
Mas a China respondeu a altura, impôs taxas contra os EUA e Donald Trump disse que pagava pra ver e deu um prazo para a China ceder. A China nem se deu ao trabalho de responder. Ele ficou sem saída, já havia se comprometido, teve que taxar a China de novo… Mas mudou o tom, pois nesta escalada o jogo começava a ficar perigoso demais…
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que não espera um novo aumento de tarifas sobre a China, sinalizando uma possível trégua na escalada da guerra comercial com Pequim, após impor novas tarifas sobre o país asiático nesta quarta-feira (9). Segundo ele, “vamos fazer um bom acordo com a China, tenho certeza“. Trump também afirmou que “não imaginava que a suspensão das tarifas teria todo esse impacto“.
Trump também afastou a possibilidade de uma escalada para além do campo comercial com a China, elogiando o presidente chinês: “Xi Jinping é uma das pessoas mais inteligentes do mundo” e “não deixaria conflito com EUA escalar além do lado comercial“, afirmou em coletiva de imprensa no Salão Oval, na Casa Branca.
“Estamos fazendo US$ 2 bilhões por dia com tarifas. Vamos ver como vai ficar agora após a pausa de 90 dias“, disse. Sobre o aplicativo TikTok, afirmou que “o acordo ainda está na mesa” e que “a China não está muito feliz em assiná-lo agora“, mas que acredita que “a China quer, sim, assiná-lo“. Quando perguntado se se encontraria com o presidente chinês Xi Jinping, respondeu: “Sim, me encontraria normalmente com Xi Jinping. Gosto muito dele, o respeito muito“.
A RESPOSTA DA CHINA – Em retaliação às “tarifas abusivas” de Trump, Pequim anunciou um aumento de 34% para 84% nas taxas para os produtos provenientes dos EUA, num novo episódio da disputa tarifária entre as duas maiores economias do mundo.
O novo aumento de tarifas de 34% para 84%sobre produtos dos Estados Unidos que chegam à China entrou em vigor esta quinta-feira.
“Os EUA anunciaram tarifas abusivas sobre todos os seus parceiros comerciais, incluindo a China, sob vários pretextos. Isto infringe gravemente os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas e afeta a estabilidade da ordem económica mundial“, disse um porta-voz do Ministério do Comércio, em conferência de imprensa.
O porta-voz acrescentou que a China, “na qualidade de segunda maior economia do mundo e segundo maior mercado de consumo de matérias-primas” e “face às tarifas agressivas dos EUA“, “promoverá inabalavelmente uma abertura de alto nível” e “injetará mais segurança na economia global“.
É a resposta de Pequim depois de o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter anunciado na quarta-feira (09.04) um aumento imediato para 125% das tarifas aos produtos chineses e a suspensão por 90 dias da aplicação das taxas a mais de 75 países, enquanto decorrem negociações comerciais.