Categoria: BRASIL

  • Prisão sem conspiração: Bolsonaro confessa em vídeo, violar a tornozeleira eletrônica

    Prisão sem conspiração: Bolsonaro confessa em vídeo, violar a tornozeleira eletrônica

    Prisão sem conspiração: Bolsonaro confessa em vídeo, violar a tornozeleira eletrônica

    A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro realizada ontem, gerou imediatamente um grande número de postagens em redes sociais afirmando que tudo fazia parte de uma conspiração, que a prisão já estava pronta antes, em documentos, que a data escolhida tem significados. Mas se ainda tudo isso fosse verdade, Bolsonaro teria que colaborar com uma conspiração contra si. 

    O ex-presidente cumpria prisão domiciliar desde 4 de agosto, no aguardo da decisão final sobre onde iniciaria o cumprimento de pena, em relação a sua condenação no processo sobre tentativa de golpe de estado.

    A prisão domiciliar implica em diversos cerceamentos, ou não seria prisão domiciliar. Entre as quais está o uso de tornozeleira eletrônica e claro, a inviolabilidade deste dispositivo.

    A questão é que O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocou, na sexta-feira (21/11), uma vigília religiosa em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Isto foi interpretado como uma forma á reconhecida de atuação para desviar a atenção e talvez facilitar uma fuga. Mas até então nada se confirmava.

    Às 00h07 deste sábado (22), o sistema do Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (CIME) gerou o alerta de violação da tornozeleira, o que além de infringir as determinações da prisão domiciliar, também caracteriza o risco real de fuga. Pela manhã, Bolsonaro foi preso pela Polícia Federal.

    São estes fatores que levaram o ministro Alexandre de Moraes a transferir Bolsonaro, de sua residência para a Superintendência da Polícia Federal. A ordem foi humanitária e respeitosa, com o ministro exigindo que a operação fosse somente as 6h da manhã, sem algemas, sem alarde. Mais que isso, o ministro também determinou que uma equipe médica permanecesse 24h de prontidão para Bolsonaro.

    Então a narrativa de que Alexandre de Moraes queria matar Bolsonaro, que tudo era uma trama de prisão pré-determinada, começou a circular na internet. Durou pouco tempo, pois a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap) encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) junto a um vídeo em que o próprio Bolsonaro admite a avaria (assista)

    Caiu por terra a narrativa de que havia uma pré determinação de prisão para a data específica, pois para isso ocorrer, Bolsonaro teria que colaborar voluntariamente, danificando a tornozeleira.

    “[Foi] curiosidade”, disse ele, informando que a tentativa de abrir o equipamento ocorreu no final da tarde de sexta-feira (21). 

    O ministro do STF, Alexandre de Moraes, retirou o sigilo sobre o relatório e o vídeo da Seap e deu prazo de 24 horas para que a defesa de Bolsonaro se manifeste sobre a tentativa de violar a tornozeleira.

    Em vídeo, Bolsonaro confessa que tentou violar a tornozeleira eletrônica e alega “curiosidade.”

     

    “O equipamento possuía sinais claros e importantes de avaria. Haviam marcas de queimadura em toda sua circunferência, no local de encaixe/fechamento do case. No momento da análise o monitorado foi questionado acerca do instrumento utilizado. Em resposta, informou que fez uso de ferro de solda para tentar abrir o equipamento”, diz o relatório.

    A tornozeleira foi, então, substituída por outro equipamento.

    Na decisão que determinou a prisão preventiva, o ministro Alexandre de Moraes cita a violação da tornozeleira e diz que a reunião de vigília, convocada pelo seu filho, poderia causar tumulto e até mesmo facilitar “eventual tentativa de fuga do réu”.

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  • Fuga de políticos brasileiros para os EUA

    Fuga de políticos brasileiros para os EUA

    Fuga de políticos brasileiros para os EUA

    A prisão preventiva de Bolsonaro, ontem (22) acusado de romper a tornozeleira eletrônica para uma provável fuga aos EUA, trouxe de novo uma questão que segue um padrão histórico no Brasil: a fuga de políticos brasileiros para os EUA.

    Ao longo da história política brasileira, diversos personagens buscaram refúgio nos Estados Unidos em momentos de crise. Seja para escapar de condenações, evitar prisões ou se proteger de perseguições políticas, o país norte-americano tornou-se um destino recorrente. Essa prática revela não apenas a fragilidade institucional em certos períodos, mas também a tentativa de usar o exílio como estratégia de sobrevivência política.

    Observações históricas

    • Durante a ditadura militar (1964–1985), opositores preferiram países da Europa e América Latina, mas alguns também passaram pelos EUA.
    • Nos anos 1990 e 2000, empresários e políticos ligados a escândalos de corrupção tentaram se estabelecer nos EUA, mas a cooperação jurídica internacional resultou em várias extradições.

    A fuga de políticos brasileiros para os Estados Unidos é um fenômeno que atravessa diferentes épocas, sempre ligado a momentos de crise e responsabilização judicial. Enquanto alguns permanecem em território norte-americano aguardando desfechos diplomáticos, outros foram capturados ou extraditados. Esse histórico mostra como o exílio, voluntário ou forçado, se tornou parte da narrativa política brasileira — revelando a tensão constante entre poder, justiça e democracia. Na tabela a seguir, casos recentes de fuga para os EUA.

    Casos recentes de fuga de políticos brasileiros para os EUA

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  • Correios fecharão 1000 agências, venderão imóveis e farão empréstimos, além de demissões

    Correios fecharão 1000 agências, venderão imóveis e farão empréstimos, além de demissões

    Correios fecharão 1000 agências, venderão imóveis e farão empréstimos, além de demissões

    Os Correios aprovaram um plano de reestruturação que prevê entre outras medidas, um novo programa de demissão voluntária, o fechamento de 1 mil agências consideradas deficitárias e a venda de imóveis da estatal que podem render R$ 1,5 bilhão.

    plano prevê, até o fim de novembro, um empréstimo de até R$ 20 bilhões, parar reduzir o déficit, retomar o equilíbrio financeiro em 2026 e gerar lucro em 2027. 

    As ações planejadas para garantir “continuidade, eficiência e qualidade” dos serviços postais foram aprovadas na última quarta-feira (19).

    Segundo os Correios, o plano foi elaborado após análises da situação financeira e do atual modelo de negócio para retomar o equilíbrio financeiro em um prazo de 12 meses.

    “Diante do cenário de queda de receitas e aumento de custos operacionais, a reestruturação contempla três fases: recuperação financeira, consolidação e crescimento”, justifica a estatal .

    Medidas

    Entre as medidas, estão:

    • Programa de Demissão Voluntária;
    • Redução dos custos com plano de saúde dos empregados;
    • Modernização e readequação do modelo operacional e infraestrutura tecnológica;
    • Redução de até 1 mil agências deficitárias para melhorar a rede de atendimento;
    • Venda de imóveis para gerar receitas, estimativa de R$ 1,5 bilhão.

    Há previsão de expansão no e-commerce e parcerias estratégicas, além da possibilidade de operações de fusões, aquisições e outras reorganizações societárias para aumentar a competitividade no médio e longo prazo.

    Mil agências serão fechadas em todo o Brasil e imóveis serão vendidos.

    O novo modelo de negócio reforça a universalização dos serviços postais, como missão pública dos Correios, mesmo nas localidades mais remotas e de difícil acesso.

    A expectativa é de que, adotadas tais medidas, o déficit seja reduzido ao longo do ano que vem, e que a lucratividade seja retomada já em 2027.

    Pacote 

    Após fechar o ano de 2024 no vermelho, com o prejuízo total de R$ 2,6 bilhões, a empresa anunciou, em maio deste ano, um pacote de medidas  que incluiu outro programa de demissão voluntária (PDV); redução de jornada de trabalho para 6 horas diárias em unidades administrativas; suspensão temporária das férias de 2025 e a decretação do fim do trabalho remoto.

    A última edição do PDV do Correios teve a adesão de aproximadamente 3,5 mil empregados, o que gerou uma economia anual de cerca de R$ 750 milhões.

    Estrutura 

    Os Correios estão presentes nos 5.568 municípios, além do Distrito Federal e do Distrito Estadual de Fernando de Noronha (PE), de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    A estrutura abrange mais de 10 mil agências de atendimento, 8 mil unidades operacionais (de distribuição e tratamento de encomendas e correspondências), 23 mil veículos e 80 mil empregados diretos.

    Entre os serviços realizados pelos Correios estão entrega de livros didáticos às escolas públicas; a distribuição das provas do Enem simultaneamente em todo o território; a entrega das urnas eletrônicas em locais de difícil acesso; distribuição de mantimentos e outros artigos em situações de emergência e calamidade, como nas enchentes no Rio Grande do Sul, e mais recentemente, às famílias atingidas pelo tornado em Rio Bonito do Iguaçu (Paraná), em 7 de novembro.

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  • Bolsonaro foi preso hoje de manhã, encaminhado a PF

    Bolsonaro foi preso hoje de manhã, encaminhado a PF

    Bolsonaro foi preso hoje de manhã, encaminhado a PF

    A madrugada decisiva

    Na madrugada deste sábado (22/11/2025), o sistema de monitoramento eletrônico registrou uma violação na tornozeleira de Jair Bolsonaro às 0h08. O alerta foi imediatamente comunicado ao Supremo Tribunal Federal, indicando que o equipamento havia sido manipulado. Para o ministro Alexandre de Moraes, o ato representou uma clara tentativa de fuga, especialmente diante da convocação de apoiadores para uma vigília em frente ao condomínio do ex-presidente em Brasília.

    A ordem de prisão preventiva

    Diante do episódio, Moraes converteu a prisão domiciliar em prisão preventiva. A decisão foi tomada para preservar a ordem pública e evitar riscos de fuga. Bolsonaro foi detido por volta das 6h da manhã em seu condomínio e levado à Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal, onde passou por exame de corpo de delito.

    Argumentos do STF

    Na decisão, Moraes destacou que a proximidade da residência de Bolsonaro da Embaixada dos Estados Unidos — cerca de 13 km — aumentava o risco de uma eventual tentativa de buscar asilo político. A Procuradoria-Geral da República apoiou o pedido da Polícia Federal, reforçando que a manipulação da tornozeleira demonstrava descumprimento das medidas cautelares.

    “Embora a convocação de manifestantes esteja disfarçada de “vigília” para a saúde do réu Jair Messias Bolsonaro a conduta indica a repetição do modus operandi da organização criminosa liderada pelo referido réu, no sentido da utilização de manifestações populares criminosas, com o objetivo de conseguir vantagens pessoais.”
    Trecho da decisão de Alexandre de Moraes

    Bolsonaro está preso na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.

    Repercussão política

    A prisão gerou forte reação. Aliados classificaram a medida como “desumana” e “política”, enquanto parlamentares da base governista celebraram o que chamaram de “grande dia para a democracia”. Michelle Bolsonaro, por sua vez, recorreu às redes sociais para publicar versículos bíblicos, reforçando o tom religioso entre apoiadores.

    Estado de saúde

    O exame de corpo de delito apontou que Bolsonaro estava em bom estado de saúde, sem sinais de estresse ou problemas físicos.

    Impactos imediatos

    A prisão preventiva reacende tensões políticas e pode alterar o cenário eleitoral de 2026. Michelle Bolsonaro desponta como possível liderança entre apoiadores, enquanto o STF e a Polícia Federal reforçam sua atuação na contenção de atos considerados ameaças à ordem democrática.

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  • Trump retira tarifaço de 40% sobre alguns produtos brasileiros

    Trump retira tarifaço de 40% sobre alguns produtos brasileiros

    Trump retira tarifaço de 40% sobre alguns produtos brasileiros

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quinta‑feira uma ordem executiva que revoga a tarifa adicional de 40% sobre uma série de produtos brasileiros importados pelos EUA. A decisão, publicada nesta data, ocorre uma semana após a reversão de uma tarifa recíproca de 10% aplicada aos mesmos itens.

    A lista de produtos beneficiados pelo fim da sobretaxa inclui cortes de carne bovina, café, cacau em pó e frutas como abacaxi, mamão, laranja, limão e goiaba. Fontes da Casa Branca afirmam que a medida foi tomada após uma conversa telefônica entre Trump e o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, além de recomendações internas de assessores.

    A retirada da tarifa deve aliviar a pressão sobre os preços desses produtos no mercado americano, que vinham registrando alta desde julho, quando as tarifas foram impostas. Importadores e consumidores nos EUA devem sentir, em curto prazo, uma redução nos custos desses itens, embora o alívio efetivo dependa da velocidade com que as mudanças serão operacionalizadas pelas autoridades aduaneiras.

    Para o setor exportador brasileiro, a decisão representa uma oportunidade para recuperar competitividade e ampliar vendas ao mercado norte‑americano. Produtores de carne e de frutas, bem como o setor de café e cacau, podem ver aumento na demanda e recuperação de receitas, especialmente se a retirada das barreiras for acompanhada por ajustes logísticos e comerciais rápidos.

    O governo brasileiro ainda não divulgou uma manifestação oficial sobre a medida. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) informou que analisa o conteúdo do comunicado, enquanto o Itamaraty não havia se pronunciado até o fechamento desta reportagem. Autoridades comerciais brasileiras devem avaliar os termos técnicos da ordem executiva para confirmar se há exigências sanitárias ou procedimentos aduaneiros remanescentes.

    Após conversa com Lula, mais produtos brasileiros saem da lista de tarifados brasileiros.

    Analistas alertam, no entanto, que o impacto real dependerá de detalhes operacionais e de fatores de mercado. Variações cambiais, safras, custos de transporte e contratos já firmados podem atenuar ou acelerar os efeitos da revogação da tarifa sobre preços e volumes exportados.

    Em Brasília, exportadores e associações do agronegócio acompanham a situação de perto e aguardam orientações oficiais sobre possíveis medidas de apoio à comercialização. No curto prazo, recomenda‑se monitorar cotações internacionais de carne, café e frutas, além de sinais de aumento de pedidos por parte de compradores norte‑americanos.

    A expectativa entre especialistas é de que, se a remoção da sobretaxa for concretizada sem condicionantes, as trocas comerciais entre Brasil e Estados Unidos para esses setores deverão recuperar parte do dinamismo perdido nos últimos meses, contribuindo também para moderar pressões inflacionárias pontuais no mercado americano.

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  • Retrato do Brasil na COP30: incêndio, falhas e a urgência de profissionalismo

    Retrato do Brasil na COP30: incêndio, falhas e a urgência de profissionalismo

    Retrato do Brasil na COP30: incêndio, falhas e a urgência de profissionalismo

    A COP30 deveria ser vitrine de liderança climática e capacidade de organização. Em vez disso, o incêndio na área controlada da conferência se tornou símbolo de improviso, fragilidade de infraestrutura e comunicação truncada. Ser crítico aqui não é desmerecer esforços locais; é reconhecer que um evento global exige padrões que não podem ser relativizados.

    O que sabemos sobre o incêndio

    Relatos indicam que o fogo começou em um pavilhão dentro da área controlada do evento, levando à evacuação imediata e à suspensão temporária das atividades. O combate foi relativamente rápido, mas suficiente para expor vulnerabilidades de materiais, rotas de fuga e protocolos. A perícia ainda é determinante para esclarecer origem, responsabilidade e se havia não conformidades prévias.

    Respostas oficiais e cadeia de responsabilidades

    Autoridades brasileiras destacaram a pronta atuação de brigadas e bombeiros, a contenção do incêndio e a ausência de vítimas graves. Já interlocutores ligados à organização internacional enfatizaram que padrões de segurança, infraestrutura e operação precisam ser robustos e consistentes, especialmente em espaços de negociação. Há uma zona cinzenta — típica de eventos multilaterais — sobre quem detém controle prático de cada área, o que reforça a necessidade de governança clara e transparente.

    Repercussão no Brasil e no exterior

    A percepção pública ficou marcada pela ideia de “evento que não estava pronto”, com críticas à logística, conforto térmico e qualidade dos pavilhões. No exterior, o episódio alimentou dúvidas quanto à capacidade do Brasil de sediar conferências de grande porte sem percalços significativos. Embora tenha havido elogios pontuais à rapidez da resposta emergencial, o saldo reputacional, por ora, é desfavorável.

    Infraestrutura, operação e comunicação

    Infraestrutura física:  Montagens temporárias exigem rigor em materiais, elétrica, combate a incêndio e redundâncias. Qualquer falha aparece ampliada sob um escrutínio global.
    – Operação contínua: Procedimentos de inspeção, testes de carga, planos de contingência e simulações precisam ser documentados e auditáveis.
    – Comunicação de crise: Informações tempestivas e tecnicamente sólidas reduzem rumores, evitam contradições entre autoridades e preservam a confiança mínima para retomada das atividades.
    – Governança multinível: Em eventos com zonas sob regulamento internacional, a coordenação entre órgãos locais e entidades globais deve ser definida por SLA, matrizes RACI e protocolos de decisão.

    Causas prováveis e pontos em apuração

    Há hipóteses não confirmadas que incluem curto-circuito, falha elétrica em estande ou equipamento, ou combinação com materiais combustíveis. A apuração precisa determinar a sequência de eventos, a conformidade técnica, a manutenção e a certificação dos sistemas, além da efetividade das rotas de evacuação. Sem perícia conclusiva, qualquer afirmação categórica seria precipitada; o compromisso é com fatos verificáveis.

    O incêndio se espalhou rapidamente, mas sem vítimas, e foi controlado, também rapidamente.

    Impactos nas negociações e no objetivo político

    A suspensão temporária interfere na dinâmica de acordos, agenda e confiança entre delegações. Em uma conferência onde o tempo é escasso e os temas são complexos, interrupções logísticas podem empurrar decisões sensíveis para fora da janela útil. O risco é transformar a pauta climática — que exige foco e credibilidade — em um debate sobre organização, desviando energia do essencial.

    Críticos, mas justos: onde o Brasil acerta e erra

    Méritos:
    Resposta emergencial: atuação rápida na contenção e evacuação.
    – Esforço de retomada: empenho para restaurar funcionamento e segurança mínima.
    – Falhas:
    – Planejamento e robustez: lacunas em infraestrutura e redundâncias típicas de eventos dessa escala.
    – Governança e clareza: responsabilidades sobre segurança e operação não estavam cristalinas para o público e stakeholders.
    – Experiência do participante: relatos de desconforto, logística irregular e comunicação reativa.

    O que precisa mudar imediatamente

    – Padronização técnica: Materiais, elétrica, detecção e supressão de incêndio auditados por terceira parte, com relatórios públicos.
    – Planos de contingência: Simulações documentadas, rotas de evacuação testadas, energia e sistemas críticos com redundância.
    – Comando unificado: Centro de operações com autoridade clara, fluxos de decisão e comunicação integrados (local + internacional).
    – Transparência: Briefings regulares, dados verificáveis e cronograma de correções com responsáveis e prazos.
    – Experiência do usuário: Conforto térmico, sinalização, acessibilidade e suporte médico padronizados em toda a área.

    O retrato que fica — e como repintá-lo

    O incêndio não define o Brasil, mas expõe vulnerabilidades que não podem ser varridas para debaixo do tapete. Liderança climática se demonstra com ambição de metas e, também, com excelência operacional. Para transformar este retrato, é preciso profissionalismo sem concessões: engenharia de qualidade, governança transparente e comunicação objetiva. Só assim a COP30 volta a ser palco de política climática — e não um espelho de improviso.

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  • Alemanha dará 1 bilhão de euros para florestas tropicais

    Alemanha dará 1 bilhão de euros para florestas tropicais

    Alemanha dará 1 bilhão de euros para florestas tropicais

    A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, anunciou ontem (19), em Belém, que o governo da Alemanha confirmou aporte de 1 bilhão de euros para Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês). 

    O valor era aguardado desde a semana passada, quando o chanceler do país europeu, Friedrich Merz, que participou da Cúpula do Clima, na capital paraense, se comprometeu com um valor “considerável” para o instrumento financeiro lançado pelo Brasil para captar recursos que remunere a manutenção das florestas de pé.

    “Tivemos a alegria que a Alemanha fez o anúncio do seu aporte (…) na ordem de 1 bilhão de euros para o TFFF, graças a todo o esforço que vem sendo feito, numa demonstração de que, de fato, esse instrumento de financiamento global é muito bem desenhado, muito bem estruturado e que começa a dar as respostas”, afirmou a ministra, em declaração à imprensa, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    Com isso, o valor total já prometido ao TFFF ultrapassar os US$ 6,5 bilhões.

    O TFFF vai combinar investimento público e privado e prevê que os recursos sejam repassados a países com florestas tropicais, para que trabalhem pela preservação dessas áreas.

    proposta é que sejam captados US$ 25 bilhões de recursos púbicos por parte dos países investidores. Assim, espera-se que o aporte seja um atrativo para alavancar o capital da iniciativa privada e, com isso, reunir US$ 125 bilhões a serem investidos na conservação das florestas tropicais.

    COP30 e combustíveis fósseis

    O presidente Lula passou o dia em Belém, se reunindo com diferentes grupos negociadores da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), para destravar as negociações em torno de acordos sobre adaptação climática, transição justa e o desenvolvimento de um mapa do caminho para a redução do consumo de combustíveis fósseis – os principais emissores dos gases que causam o aquecimento da atmosfera, resultando nas mudanças climáticas que abalam a vida no planeta.

    Lula esteve na abertura na COP30, no dia 10 de novembro, e retornou ao evento dois dias antes de seu término, em um esforço para avançar em consensos sobre esses tópicos.  

    “O senhor veio abertura na COP, na Cúpula [do Clima] e, agora, nessa fase decisiva. É uma demonstração do seu empenho com um dos maiores desafios que a humanidade teve que enfrentar, que é o problema da mudança do clima, sobretudo olhando para os mais vulneráveis”, destacou Marina Silva.

    Em sua declaração a jornalistas, Lula comentou sobre a expectativa de aprovação de acordo sobre a eliminação gradual do consumo de combustíveis fósseis.

    “É preciso a gente mostrar, para a sociedade, que nós queremos, sem impor nada a ninguém, sem determinar um prazo, que cada país seja dono de determinar coisas que possa fazer, dentro do seu tempo e das suas possibilidades, mas que nós estamos falando sério. É preciso que a gente diminua a emissão de gases do efeito estufa”, afirmou.

    O presidente reforçou que os líderes dos países precisam compreender que, sem refletir a aspiração do povo, a democracia e multilateralismo perderão credibilidade na sociedade.

    “A questão do clima não é mais apenas uma visão acadêmica, não é mais uma visão de mais dúzia de intelectuais, de meia dúzia de ambientalistas. A questão climática é uma coisa muita séria que coloca em risco a humanidade. É por isso que tratamos isso com muita seriedade”, reforçou.

    O presidente destacou ainda a necessidade de os países ricos ajudarem os mais pobres, com recursos, transferência de tecnologia, e voltou a pedir que os bancos multilaterais transformem dívida em investimentos na proteção do meio ambiente.

    “Precisamos convencer as pessoas. Empresas têm que pagar uma parte, as mineradoras, as pessoas que ganham muito dinheiro têm que pagar uma parte disso”, disse.

    Após passar o dia em Belém, Lula retornou a Brasília. 

    O presidente viaja a São Paulo hoje (20) e, amanhã, embarca para a Cúpula do G20, na África do Sul.

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  • Moraes já pode decretar prisão de Bolsonaro e outros réus

    Moraes já pode decretar prisão de Bolsonaro e outros réus

    Moraes já pode decretar prisão de Bolsonaro e outros réus

    A publicação da ata do julgamento dos recursos de Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) marca um ponto de inflexão no processo contra o ex-presidente e outros envolvidos na tentativa de golpe. O documento, divulgado nesta segunda-feira, confirma a rejeição unânime dos embargos de declaração apresentados pela defesa, consolidando o entendimento da Primeira Turma da Corte.

    Com isso, o relator Alexandre de Moraes passa a ter respaldo jurídico para decretar a prisão de Bolsonaro e dos demais réus, caso considere que os recursos ainda pendentes tenham caráter meramente protelatório. Essa possibilidade já é discutida nos bastidores, especialmente porque Moraes adotou medida semelhante em abril, quando determinou a prisão do ex-presidente Fernando Collor e convocou sessão para referendar sua decisão.

    A defesa de Bolsonaro, por sua vez, prepara uma nova estratégia. Advogados trabalham na coleta de documentos médicos para sustentar a hipótese de prisão domiciliar, caso os próximos recursos também sejam rejeitados. A movimentação busca evitar que o ex-presidente seja levado ao presídio da Papuda, em Brasília, cenário que preocupa aliados e mobiliza sua base política.

    Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes

    O impacto político da possível prisão é significativo

    De um lado, setores bolsonaristas apostam em uma comoção popular capaz de pressionar o Judiciário e fortalecer a narrativa de perseguição. De outro, a decisão reforça a postura firme do STF diante de ataques às instituições democráticas. O acórdão do julgamento deve ser publicado ainda nesta semana, abrindo espaço para novos recursos, mas também para uma decisão definitiva sobre o início do cumprimento da pena.

    Esse episódio evidencia a tensão entre o Judiciário e o bolsonarismo, com potenciais repercussões tanto na arena política quanto na estabilidade institucional do país.

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  • STF torna Eduardo Bolsonaro réu por coação no curso do processo

    STF torna Eduardo Bolsonaro réu por coação no curso do processo

    STF torna Eduardo Bolsonaro réu por coação no curso do processo

    A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, receber a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Com isso, o parlamentar passa a responder a uma ação penal pelo crime de coação no curso do processo, previsto no Código Penal.

    A acusação da PGR sustenta que Eduardo Bolsonaro tentou interferir no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado por tentativa de golpe de Estado. Segundo a denúncia, o deputado buscou pressionar ministros do STF e autoridades estrangeiras para influenciar o andamento do processo, o que caracteriza tentativa de constrangimento de autoridades judiciais.

    No julgamento, os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia votaram pelo recebimento da denúncia. A decisão abre caminho para a fase de instrução processual, em que serão colhidas provas, ouvidas testemunhas e apresentadas as defesas.

    As consequências imediatas para Eduardo Bolsonaro são de ordem judicial e política. No plano jurídico, ele passa a responder formalmente a uma ação penal, o que pode resultar em condenação caso o STF entenda que houve prática do crime. O processo ainda está em fase inicial e não há prazo definido para conclusão. Especialistas apontam que, pela complexidade do caso, o julgamento definitivo pode ocorrer apenas em 2026.

    Eduardo Bolsonaro

    Desdobramentos políticos no PL e na família Bolsonaro

    A decisão do STF tem impacto direto no Partido Liberal (PL), legenda à qual Eduardo pertence. O fato de um dos principais nomes da bancada bolsonarista se tornar réu fragiliza a imagem do partido, que já enfrenta desgaste com a condenação de Jair Bolsonaro. Internamente, aumenta a pressão sobre a direção do PL para administrar os efeitos da crise e preservar sua força eleitoral.

    Para a família Bolsonaro, o episódio amplia o cerco judicial e político. Jair Bolsonaro já foi condenado e agora vê o filho mais influente no Congresso responder a uma ação penal. Isso pode reduzir a capacidade de articulação da família no cenário político nacional e comprometer estratégias eleitorais futuras, especialmente em 2026, quando novas disputas legislativas e executivas ocorrerão.

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  • A narrativa das taxas EUA x Brasil

    A narrativa das taxas EUA x Brasil

    A narrativa das taxas EUA x Brasil

    Na última semana, os Estados Unidos anunciaram a redução de tarifas de importação sobre cerca de 200 produtos brasileiros. Entre eles, café, carne bovina, suco de laranja e frutas tropicais. A medida foi celebrada pelo governo brasileiro como um avanço nas negociações comerciais, mas recebeu críticas de exportadores e representantes da indústria.

    O que mudou de fato

    • Café brasileiro: tarifa caiu de 50% para 40%.
    • Concorrentes (como Colômbia, Vietnã e Indonésia): tarifas foram zeradas, passando de 10% para 0%.
    • Diferença matemática: antes, Brasil tinha 50% contra 10% da Colômbia (gap de 40 pontos). Agora, Brasil tem 40% contra 0% da Colômbia (gap também de 40 pontos).

    Ou seja, matematicamente a diferença continua a mesma.

    Onde entra a narrativa

    Apesar da redução, o discurso predominante entre exportadores brasileiros é de insatisfação. Isso ocorre porque:

    • Percepção de isolamento: o Brasil continua pagando uma tarifa alta, enquanto concorrentes agora não pagam nada.
    • Competitividade relativa: mesmo com a queda de 10 pontos, o café brasileiro segue caro frente aos rivais.
    • Pressão política: ao reforçar a narrativa de “piorou para o Brasil”, setores buscam manter o tema em evidência e pressionar o governo por novas negociações.
    • Mercado e opinião pública: narrativas moldam expectativas e influenciam decisões de consumidores, investidores e autoridades.

    Taxas impostas e suspensas pelos EUA afetam o mercado brasileiro, que constrói narrativas.

    O paradoxo

    Na prática, houve uma melhora para o Brasil — a tarifa caiu. Mas como os concorrentes ganharam uma vantagem absoluta (isenção total), a percepção é de que o Brasil ficou para trás.
    Essa é a essência da narrativa: não se trata apenas dos números, mas de como eles são comunicados e interpretados.

    Conclusão

    O caso das tarifas entre EUA e Brasil mostra como o comércio internacional não é feito apenas de cálculos objetivos. As narrativas desempenham papel central, influenciando negociações, moldando percepções e até criando a sensação de derrota em cenários onde, matematicamente, nada mudou.
    O leitor bem informado precisa distinguir entre o fato concreto (a diferença continua de 40 pontos) e a narrativa construída (de que a situação “piorou”).

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    A arte ao lado representa o tamanho real de exibição que pode variar entre um dispositivo e outro, pois o Gazeta 24 Horas é responsivo.

    Recursos: Imagem em vídeo, sem áudio, 
    Local de exibição: barra lateral direita da home page

    OFERECIMENTO EM VÍDEO. 

    Cod. 06

    TAMANHO E FORMATO DE ENVIO

    Enviar arte única em formato jpg ou png ou animação full HD 1920×1980  16×9 (horizontal). Tempo máximo de exibição: 5 segundos. 

    O texto é sempre o mesmo – assista ao vídeo do lado.

    Vídeo produzido diariamente. Postado na home do Gazeta 24 horas, no canal YouTube, compartilhado nas redes sociais. Pode ser compartilhado a partir do yutube nas redes sociais do cliente.

    BANNER BARRA
    HORIZONTAL

    Cod. 03

    TAMANHO E FORMATO DE ENVIO

    Tamanho:1200 x 220
    Orientação: Horizontal
    Tipo de arquivos*: jpg, png (independente do formato de arquivo enviado, todos os arquivos de imagem serão convertidos em webp)*

    A arte acima representa o tamanho real de exibição que pode variar entre um dispositivo e outro, pois o Gazeta 24 Horas é responsivo.
    Recursos: Imagem com link externo ao clicar na imagem. Efeito ao passar o mouse.
    Local de exibição: barra lateral direita da home page

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    Cod. 05

    GRUPO MID


    Gestão de redes sociais para profissionais

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    TAMANHO E FORMATO DE ENVIO
    Este é um anúncio dinâmico que se adapta ao conteúdo. O cliente envia fundo e texto.

    • TÍTULO: Nome da empresa.
    • CHAMADA: Máximo de 40 caracteres, contanto os espaços
    • DESCRIÇÃO: Máximo de 80 caracteres, contando espaços.
    • ASSINATURA: Máximo de 55 caracteres, incluindo espaços.

    Recursos: Imagem dinâmica com link externo ao clicar na imagem.
    Local de exibição: entre editorias da home page.

    BANNER LATERAL
    QUADRADO

    Cod. 05

    TAMANHO E FORMATO DE ENVIO

    Tamanho:1000 x 1000
    Orientação: Quadrado
    Tipo de arquivos*: jpg, png

    (independente do formato de arquivo enviado, todos os arquivos de imagem serão convertidos em webp)*

    A arte ao lado representa o tamanho real de exibição que pode variar entre um dispositivo e outro, pois o Gazeta 24 Horas é responsivo.

    Recursos: Imagem com link externo ao clicar na imagem.
    Local de exibição: barra lateral direita da home page

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    BANNER LATERAL VERTICAL

    Cod. 04

    TAMANHO E FORMATO DE ENVIO

    Tamanho:790 x 1280
    Orientação: Vertical
    Tipo de arquivos*: jpg, png

    (independente do formato de arquivo enviado, todos os arquivos de imagem serão convertidos em webp)*

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    Ano Personagem Motivo da fuga Situação nos EUA Desfecho
    2021 Allan dos Santos Investigado por disseminação de fake news Instalou-se nos EUA, alvo de extradição Ainda vive nos EUA
    2023 Carla Zambelli Condenada por trama golpista Tentou fugir para os EUA, presa na Itália Cumpre pena fora do Brasil
    2025 (março) Eduardo Bolsonaro Investigado por coação e atos de 8/1 Mudou-se para os EUA Permanece nos EUA
    2025 (setembro) Alexandre Ramagem Condenado pelo STF (16 anos) Refugiou-se em Miami Enfrenta pedido de extradição
    Décadas anteriores Casos isolados Corrupção ou perseguição política Refúgio temporário nos EUA