Categoria: BRASIL

  • Veja quem são os 109 mortos já identificados na megaoperação com 121 óbitos no Rio de Janeiro

    Veja quem são os 109 mortos já identificados na megaoperação com 121 óbitos no Rio de Janeiro

    Veja quem são os 109 mortos já identificados na megaoperação com 121 óbitos no Rio de Janeiro

    Entre os 117 mortos pelas polícias do Rio na megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, 109 haviam sido identificados até a última atualização. Outros 4 óbitos foram de agentes de segurança, totalizando 121 mortos na ação policial mais letal da história do RJ.

    De acordo com a Polícia Civil, entre os 109 suspeitos identificados estão:78 com histórico criminal grave — incluindo acusações de homicídio e tráfico de drogas; 43 foragidos; 54 de outros estados (15 do Pará, 9 do Amazonas, 11 da Bahia, 4 do Ceará, 7 de Goiás, 4 do Espírito Santo, 1 do Mato Grosso, 1 de São Paulo e 2 da Paraíba); 26 com antecedentes criminais; 3 com anotações infracionais de quando eram menores de idade; 7 não tinham histórico criminal, mas atuação em redes sociais corroboravam envolvimento com o tráfico, diz polícia; 20 sem qualquer envolvimento comprovado até o momento.

    As informações divulgadas até a última atualização desta reportagem indicam que pelo menos um terço dos presos na megaoperação são de outros estados do país.

    Presos

    Até o momento foi possível identificar 60 dos 113 presos. Pelo menos três tinham mandados decorrentes das investigações. Outros três, no entanto, seguem foragidos depois da operação: Tiago Teixeira Sales (Gato Mestre), Anderson de Souza (Latrol) e David Palheta (Bolacha).

    Segundo as investigações, todos eles atuavam como patrulheiros da área de mata da Serra da Misericórdia. A região de mata é apontada pela Polícia Civil como o principal ponto de confronto entre policiais e traficantes na terça-feira.

    Mortos pela polícia identificados:

    Adailton Bruno Schmitz da Silva, 35 anos

    Adan Pablo Alves de Oliveira, o Madruga, 28 anos

    Aleilson da Cunha Luz Junior, o Madrugadão, 26 anos

    Alessandro Alves de Souza, 32 anos

    Alessandro Alves Silva, 19 anos

    Alexsandro Bessa dos Santos, o Prejudicado, 51 anos

    Alisom Lemos Rocha, o Russo ou Gordinho do Valão, 27 anos

    Anderson da Silva Severo, o Maestro / Uander, 38 anos

    André Luiz Ferreira Mendes Junior, o Cabeludo, 22 anos

    Arlen João de Almeida, o Terrorista / João, 31 anos
    Brendon César da Silva Souza, 25 anos

    Bruno Correa da Costa, o Bruno, 30 anos

    Carlos Eduardo Santos Felício, 21 anos

    Carlos Henrique Castro Soares da Silva, o Soldado, 27 anos

    Cauãn Fernandes do Carmo Soares, 19 anos

    Célio Guimarães Júnior, 29 anos

    Cleideson Silva da Cunha, o Loirinho, 27 anos

    Cleiton Cesar Dias Mello

    Cleiton da Silva, o Mãozinha, 33 anos

    Cleiton Souza da Silva

    Cleys Bandeira da Silva, 26 anos

    Danilo Ferreira do Amor Divino, o Mazola, 38 anos

    Diego dos Santos Muniz, 29 anos

    Diogo Garcez Santos Silva, o DG, 31 anos

    Douglas Conceição de Souza, o Chico Rato, 32 anos

    Eder Alves de Souza, 37 anos

    Edione dos Santos Dias, 35 anos

    Edson de Magalhães Pinto, o Mangote, 21 anos

    Emerson Pereira Solidade, o Piter, 27 anos

    Evandro da Silva Machado, 38 anos

    Fabian Alves Martins

    Fabiano Martins Amancio, 28 anos

    Fabio Francisco Santana Sales, 36 anos

    Fabricio dos Santos da Silva

    Felipe da Silva, o Tíuba, 32 anos

    Fernando Henrique dos Santos, 29 anos

    Francisco Myller Moreira da Cunha, o Gringo / Suiça, 32 anos

    Francisco Nataniel Alves Gonçalves, 48 anos

    Francisco Teixeira Parente, o Mongol, 30 anos

    Gabriel Lemos Vasconcelos, 23 anos

    Gustavo Souza de Oliveira

    Hercules Salles de Lima, 24 anos

    Hito José Pereira Bastos, o Dimas, 31 anos

    Jeanderson Bismarque Soares de Almeida, o Bis, 33 anos

    Jonas de Azeredo Vieira, 29 anos

    Jônatas Ferreira Santos, o Joni Visão, 37 anos

    Jonatha Daniel Barros da Silva, 18 anos

    José Paulo Nascimento Fernandes

    Josigledson de Freitas Silva, o Gleissim / Traquino, 34 anos

    Juan Marciel Pinho de Souza, 20 anos

    Kauã Teixeira dos Santos, 18 anos

    Kleber Izaias dos Santos

    Leonardo Fernandes da Rocha, 35 anos

    Luan Carlos Dias Pastana, o Luan Castanhal, 35 anos

    Luan Carlos Marcolino de Alcântara, o Tubarão, 24 anos

    Lucas da Silva Lima, o LK / Pezão, 29 anos

    Lucas Guedes Marques, 29 anos

    Luciano Ramos Silva, 32 anos

    Luiz Carlos de Jesus Andrade, o Zóio, 23 anos

    Luiz Claudio da Silva Santos, 28 anos

    Luiz Eduardo da Silva Mattos, 21 anos

    Maicon Pyterson da Silva, o DJ, 28 anos

    Maicon Thomaz Vilela da Silva, o MK, 31 anos

    Marcio da Silva de Jesus, 22 anos

    Marcos Adriano Azevedo de Almeida, o BC / Beiço / Mateus / Matheus, 32 anos

    Marcos Antonio Silva Junior, 25 anos

    Marcos Vinicius da Silva Lima, o Rodinha / Brancão / MV, 27 anos

    Marllon de Melo Felisberto, o Branquinho ou Balão, 28 anos

    Maxwel Araújo Zacarias, o Dedão, 38 anos

    Michael Douglas Rodrigues Fernandes, 28 anos

    Nailson Miranda da Silva, o Moju / Mujuzinho, 27 anos

    Nelson Soares dos Reis Campos, o Cabeludo, 27 anos

    Rafael Correa da Costa

    Rafael de Moraes Silva, 31 anos

    Ricardo Aquino dos Santos

    Richard Souza dos Santos, o Prejudicado, 20 anos

    Rodolfo Pantoja da Silva, 28 anos

    Ronald Oliveira Ricardo, 25 anos

    Ronaldo Julião da Silva, 46 anos

    Tiago Neves Reis, 26 anos

    Vanderley Silva Borges, 28 anos

    Victor Hugo Rangel de Oliveira, 32 anos

    Vitor Ednilson Martins Maia, o Ipixuna do Pará, 25 anos

    Wagner Nunes Santana

    Waldemar Ribeiro Saraiva, o Fantasma, 21 anos

    Wallace Barata Pimentel, o Pizza, 27 anos

    Wellington Brito dos Santos, 20 anos

    Wellinson de Sena dos Santos, 20 anos

    Wendel Francisco dos Santos, 24 anos

    Wesley Martins e Silva, o PP, 27 anos

    Willian Botelho de Freitas Borges, 23 anos

    Yago Ravel Rodrigues Rosário, o Ravel do CV, 19 anos

    Yan dos Santos Fernandes, 20 anos

    Yure Carlos Mothé Sobral Palomo, 23 anos

    Yuri dos Santos Barreto, 22 anos

    Menor de 14 anos

    Menor de 16 anos

    Menor

    Menor

    Policiais mortos

    Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, de 51 anos, conhecido como Máskara, recém-promovido a chefe de investigação da 53ª DP (Mesquita);

    Rodrigo Velloso Cabral, de 34 anos, policial civil da 39ª DP (Pavuna);

    Cleiton Searafim Gonçalves, policial do Bope;

    Heber Carvalho da Fonseca, de 39 anos, policial do Bope.

    Chefes da facção em outros estados mortos

    Entre os nomes identificados estão os de alguns chefes da facção do Comando Vermelho de outros estados (veja quem é cada um deles).

    Chico Rato, de Manaus (AM);

    DG (BA);

    FB (BA);

    Fernando Henrique dos Santos (GO);

    Gringo, de Manaus (AM);

    Mazola, de Feira de Santana (BA);

    PP (PA);

    Rodinha, de Itaberaí (GO);

    Russo, de Vitória (ES).

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  • Brasil entre gigantes

    Brasil entre gigantes

    Brasil entre gigantes

    A reaproximação entre Estados Unidos e China marca uma virada importante no tabuleiro geopolítico e econômico mundial. Durante a guerra comercial iniciada em 2018, o Brasil colheu frutos inesperados: a China, em resposta às tarifas impostas por Washington, reduziu compras de produtos agrícolas americanos e ampliou a demanda por commodities brasileiras. O resultado foi imediato: as exportações de soja do Brasil para a China saltaram de 55 milhões de toneladas em 2017 para mais de 60 milhões em 2018, consolidando o país como principal fornecedor do grão para Pequim. Em 2022, a China respondeu por US$ 67 bilhões em importações brasileiras, quase um terço de toda a pauta exportadora nacional.

    Esse cenário, no entanto, foi fruto de uma conjuntura excepcional. A disputa tarifária criou um “prêmio geopolítico” que valorizou o Brasil como alternativa confiável. Agora, com a trégua entre as duas maiores economias do planeta, parte desse prêmio se dissipa. Pequim já sinalizou retomada parcial das compras de soja americana, e isso significa maior competição para o produtor brasileiro. O Brasil ainda mantém vantagens estruturais — colheita em época distinta da americana, escala de produção e custos relativamente baixos —, mas sem investimentos em infraestrutura logística (portos, ferrovias, corredores de exportação), essa vantagem pode se reduzir rapidamente.

    O impacto não se limita ao agronegócio. A guerra comercial também colocou em evidência a dependência global de insumos estratégicos, como terras raras e minerais críticos. A China chegou a ameaçar restringir exportações desses materiais, fundamentais para semicondutores, baterias e energias renováveis. Esse movimento abriu espaço para países como o Brasil, que possui reservas relevantes de níquel, manganês, grafite e terras raras. Com a trégua, a urgência dos EUA em diversificar fornecedores diminui, mas a oportunidade permanece: se o Brasil investir em processamento local e certificações ambientais, pode se tornar um player confiável em cadeias de alto valor agregado.

    EUA, Brasil e China – Protagonismo.

    Outro ponto crucial é a diplomacia. Durante o auge da disputa, o Brasil adotou uma postura pragmática: não se alinhou automaticamente a Washington nem a Pequim, mas aproveitou a abertura chinesa para ampliar exportações. Essa estratégia de “neutralidade ativa” continua válida. O país deve preservar sua posição multipolar, dialogando com os EUA, aprofundando laços com a China e mantendo canais com a União Europeia e o BRICS. Essa flexibilidade é um ativo estratégico que poucos países possuem.

    O desafio, portanto, é transformar ganhos conjunturais em estratégia de longo prazo. O Brasil precisa avançar em três frentes:

    1. Agronegócio – agregar valor (farelo, óleo, proteína animal), investir em logística e buscar diferenciação por sustentabilidade.
    2. Mineração e indústria – sair da condição de exportador de minério bruto e investir em processamento e tecnologia limpa.
    3. Energia e transição verde – aproveitar a matriz renovável para atrair indústrias intensivas em energia e se posicionar como fornecedor de hidrogênio verde, biocombustíveis e eletricidade limpa.

    Se na fase anterior o Brasil lucrou com a guerra, na fase atual terá de mostrar que pode prosperar também na paz. O jogo mudou, mas a posição estratégica do país continua valiosa — desde que saiba jogar com inteligência, planejamento e visão de futuro.

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  • O que disse Lula, sobre as mortes no Rio de Janeiro

    O que disse Lula, sobre as mortes no Rio de Janeiro

    O que disse Lula, sobre as mortes no Rio de Janeiro

    Pela primeira vez, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se pronunciou sobre a megaoperação policial realizada nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, que resultou em mais de 120 mortes — a mais letal da história do estado. Em uma publicação nas redes sociais, Lula destacou a necessidade de uma ação coordenada para combater o crime organizado sem colocar em risco a vida de policiais, crianças e famílias.

    “Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades”, afirmou o presidente.

    Lula ressaltou os esforços do governo federal para apoiar o estado do Rio de Janeiro e defendeu a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, que visa integrar as forças policiais federais, estaduais e municipais.

    “Com a aprovação da PEC da Segurança, que encaminhamos ao Congresso Nacional, vamos garantir que as diferentes forças policiais atuem de maneira conjunta no enfrentamento às facções criminosas”, declarou.

    Corpos encontrados na mata, após megaoperação, foram enfileirados em praça pública.

    A proposta está em tramitação na Câmara dos Deputados, com expectativa de apresentação do relatório na primeira semana de dezembro.

    Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também se manifestou, criticando a falta de colaboração do governo estadual com os esforços federais para sufocar financeiramente as facções. Segundo ele, é essencial uma atuação conjunta entre os entes federativos para atingir o “andar de cima” do crime organizado.

    “Precisamos entender que isso não é um palanque eleitoral, é uma disputa contra o crime”, concluiu Haddad.

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  • A Guerra de Drones: Como a Ucrânia redefiniu o conflito com tecnologia de baixo custo

    A Guerra de Drones: Como a Ucrânia redefiniu o conflito com tecnologia de baixo custo

    A Guerra de Drones: Como a Ucrânia redefiniu o conflito com tecnologia de baixo custo

    Na madrugada desta quarta-feira, a Ucrânia lançou mais uma ofensiva com drones contra a infraestrutura energética da Rússia, atingindo refinarias, usinas de gás e zonas industriais em diversas regiões, incluindo Mari El, Ulyanovsk, Stavropol e até Moscou. Segundo o Ministério da Defesa russo, foram interceptados 100 drones ucranianos em uma única noite.

    O ataque, parte de uma estratégia que se intensificou nos últimos meses, revela uma mudança radical na dinâmica da guerra: a ascensão dos drones como armas de impacto estratégico, capazes de causar danos significativos com custos muito inferiores aos dos sistemas bélicos tradicionais.

    Tecnologia acessível, resultados surpreendentes

    Enquanto mísseis balísticos e aviões de combate exigem investimentos milionários, os drones utilizados pela Ucrânia — muitos deles adaptados comercialmente — têm se mostrado eficazes em atingir alvos críticos, como depósitos de combustível, refinarias e instalações industriais. Um exemplo recente foi o ataque à fábrica de produtos químicos Stavrolen, parte do grupo russo Lukoil.

    “Com um orçamento limitado, a Ucrânia está conseguindo paralisar aeroportos, provocar incêndios em instalações estratégicas e levar o conflito até o coração da Rússia”, comenta um analista militar europeu.

    Drones são extremamente baratos em relação aos armamentos tradicionais, e estão desequilibrando a guerra.

    Moscou sob pressão

    Pela terceira noite consecutiva, drones ucranianos foram enviados à capital russa, forçando o fechamento temporário de três dos quatro aeroportos de Moscou. Embora a maioria dos drones tenha sido interceptada, o impacto psicológico e logístico é evidente: a guerra deixou de ser distante para os russos.

    Uma nova era de guerra assimétrica

    O uso intensivo de drones marca uma virada na guerra moderna. A Ucrânia, que no início do conflito era vista como tecnologicamente inferior, agora demonstra que inteligência tática e inovação podem superar poderio convencional.

    “A guerra de drones é a guerra da criatividade contra o orçamento”, resume um especialista em defesa da OTAN.

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  • Terror no Rio de Janeiro: número de mortos é atualizado

    Terror no Rio de Janeiro: número de mortos é atualizado

    Terror no Rio de Janeiro: número de mortos é atualizado

    Os primeiros números divulgados pela autoridades davam conta de 64 mortes na operação Contenção, realizada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, nos complexos do Alemão e da Penha. Hoje os números foram atualizados e o número é bem maior.

    A Operação Contenção,  deixou 119 mortos, sendo 115 civis e quatro policiais. As informações foram atualizadas pelo secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, que participou de uma entrevista coletiva à imprensa concedida nesta quarta-feira (29).

    Autoridades de segurança pública admitem que esse número pode aumentar e afirmam que as pessoas mortas reagiram com violência à operação, e aqueles que se entregaram foram presos.

    No total, foram feitas 113 prisões, sendo que 33 eram pessoas de outros estados que atuavam no Rio de Janeiro. Além disso, dez adolescentes foram encaminhados a unidades socioeducativas.

    “A polícia não entra atirando, entra recebendo tiro”, disse Curi, ao ser perguntado se as mortes eram esperadas. “A operação estava planejada. O resultado quem escolheu não foi a polícia, foram eles”, acrescentou.

    Para ele, a operação não foi uma chacina, termo que foi usado por movimentos sociais e defensores dos direitos humanos para classificar a ação, que foi a mais letal da história do estado.

    “Chacina é a morte ilegal. O que fizemos ontem foi ação legítima do estado para cumprimento de mandados de apreensão e prisão”, afirmou.

    A operação foi amplamente criticada por especialistas, moradores, organizações nacionais e internacionais. Ativistas denunciaram que a ação foi um “massacre”, enquanto especialistas em segurança pública apontaram a exposição da população aos tiroteios.

    A operação contou com um efetivo de 2,5 mil policiais e é a maior realizada no estado nos últimos 15 anos. Os confrontos e ações de retaliação de criminosos geraram pânico em toda a cidade, com intenso tiroteio, fechando as principais vias, escolas, comércios e postos de saúde.

    De acordo com Curi, as pessoas mortas estão sendo oficialmente tratadas como criminosas autoras de tentativa de homicídio contra os policiais.

    180 mandados de prisão

    O objetivo da operação era conter o avanço do Comando Vermelho e cumprir 180 mandados de busca e apreensão e 100 mandados de prisão, sendo 30 expedidos pelo estado do Pará, parceiro na operação.

    “A operação de ontem foi o maior baque que Comando Vermelho levou”, disse Curi. “Com perda tão grande de armas, de drogas e também de lideranças”, complementou.

     

    Dezenas de corpos foram enfileirados em praça pública, no Rio de Janeiro, na tentativa de mostrar o real número de vitimas.

    Foram apreendidas 118 armas, sendo 91 fuzis. A polícia contabiliza ainda a droga apreendida e estima que sejam toneladas.

    Para o secretário de Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro, Victor dos Santos, a Operação Contenção deixou apenas oito vítimas:

    “As vítimas dessa operação são quatro inocentes feridos sem gravidade e quatro policiais que infelizmente faleceram”, disse.

    Na versão do secretário, as pessoas que morreram eram criminosas que optaram por não se entregar à polícia. “A alta letalidade que se verificou era previsível, mas obviamente não era desejada”, disse.

    Na coletiva de imprensa, foram apresentadas imagens da ação. Segundo as autoridades, ela foi planejada, e as normas legais foram cumpridas, tais quais o uso de câmeras corporais. O conflito foi deslocado para área de mata, onde ocorreu a maior parte das mortes, para preservar a população.

    Em relação às câmeras, de acordo com as autoridades, elas podem ter ficado sem bateria, por conta da duração da operação e parte das ações pode não ter sido registrada.

    Corpos retirados da mata

    Na madrugada e na manhã desta quarta-feira, a própria comunidade e familiares reuniram corpos retirados da mata em uma praça no Complexo da Penha.

    Perguntado por que esses corpos não foram retirados pela própria polícia ou por que não foi prestado socorro a essas pessoas, o secretário de Segurança Pública afirmou que as polícias não sabiam desses corpos.

    “Todos aqueles que foram retirados na madrugada ou manhã eram criminosos que sequer a polícia tinha conhecimento deles”, disse. “Muitos são baleados e entram na mata procurando ajuda”.

    Sobre a possibilidade de aumento no número de mortos, Victor dos Santos disse que ainda é possível que haja mais vítimas. “Não foi consolidado ainda, pode ser que tenha aumento”, disse.

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  • Rio de Janeiro: 64 mortos, mais de 100 presos

    Rio de Janeiro: 64 mortos, mais de 100 presos

    Rio de Janeiro: 64 mortos, mais de 100 presos

    Subiu para 64 o número de mortos na Operação Contenção, realizada nos complexos do Alemão e da Penha. Dois deles são policiais civis e, outros dois, do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope).

    Eles foram mortos em tiroteio na área de mata do Complexo do Alemão. A informação é do Palácio Guanabara.

    A Polícia Militar colocou de prontidão toda a tropa. Mesmo o pessoal administrativo está convocado a comparecer aos quartéis. 

    O número de presos já ultrapassa 100, muitos deles de uma facção criminosa do Pará, escondidos no RioMais de 75 fuzis, além de pistolas e granadas foram apreendidos na ação até agora.

    Com a Operação Contenção, realizada desde a madrugada de ontem (28) nos Complexos do Alemão e da Penha, zona norte da cidade, criminosos da facção Comando Vermelho receberam ordens para fechar as principais vias da cidade.

    A Linha Amarela foi fechada. Trata-se de uma das principais vias expressas da cidade que liga a Barra da Tijuca e Jacarepaguá ao outro lado da cidade, na Ilha do Governador, na zona norte, cortando dezenas de bairros. 

    A Estrada Salazar Mendes de Morais, que passa junto à Cidade de Deus, também está fechada nos dois sentidos.

    A Avenida Brasil, com 54 quilômetros de extensão, que corta toda a cidade, desde a zona portuária do Rio até Santa Cruz, na zona oeste, no outro extremo da cidade, já tem trechos interditados na pista lateral em direção ao centro da cidade, nas proximidades do Complexo da Maré.

    A imagem selecionada pela Equipe do Gazeta 24 Horas, nem de longe retrata o clima de guerra, sofrimento e morte. As imagens circulam livremente pelas redes sociais, muitas vezes sem contexto ou identificação dos corpos.

    Transporte

    A Rio-Ônibus que administra os ônibus da cidade do Rio de Janeiro informou que mais de 50 coletivos foram usados como barricadas em diversos pontos da cidade. 

    Várias ruas de Jacarepaguá também estão interditadas, entre elas a Estrada do Gabinal, Estrada dos Três Rios e Avenida Geremário Dantas.

    A via expressa também foi fechada por determinação da Polícia Militar pois criminosos do Morro do Dezoito, na Água Santa, na zona norte, estavam atirando do alto da comunidade em direção à Linha Amarela.

    No Méier, a Rua Dias da Cruz, principal ligação do bairro com o centro da cidade ficou fechada por mais de 30 minutos. A PM conseguiu liberar a via há pouco. Já a Avenida Marechal Rondon, no Engenho Novo, de acesso ao centro da cidade, está fechada por ônibus atravessados na pista e por barricadas usando caçambas de lixo.

    No sentido contrário, a Rua 24 de Maio que recebe todo o fluxo de veículos do centro da cidade também está fechada, com ônibus urbanos atravessados na pista.

    Na ação de hoje, os criminosos do Comando Vermelho usaram drones com bombas que foram jogadas contra os policiais.

    A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e as unidades estaduais da Faetec estão com as atividades acadêmicas suspensas. 

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  • Recurso de Bolsonaro: cerceamento de defesa e revisão da pena

    Recurso de Bolsonaro: cerceamento de defesa e revisão da pena

    Recurso de Bolsonaro: cerceamento de defesa e revisão da pena

    A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF), na noite desta segunda-feira (27), embargos de declaração para “sanar as ambiguidades, omissões, contradições e obscuridades” da decisão do STF que o condenou por tentativa de golpe de Estado.

    Bolsonaro é um dos réus do Núcleo 1 da trama golpista e foi condenado pela Primeira Turma do STF a 27 anos e três meses de prisão, em regime inicial fechado, pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, atentado contra o Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, da qual foi apontado como líder, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

    Os advogados de Bolsonaro pediram a revisão da dosimetria da pena, alegando ausência de individualização adequada e violação ao princípio da proporcionalidade. Segundo eles, as circunstâncias negativas para o estabelecimento da pena não estão presentes no acórdão. 

    “Não se sabe, portanto, o que significou cada uma das circunstâncias consideradas, pelo Ministro Relator, como ‘amplamente desfavoráveis’. É indiscutível que a partir da existência de circunstâncias valoradas negativamente chegou-se, sem qualquer cálculo, sem qualquer demonstração, ao elevado aumento da sanção”, diz a peça da defesa.

     

    Jair Messias Bolsonaro

    Nos embargos de declaração, a defesa de Bolsonaro também alega que houve cerceamento de defesa durante o processo que levou à sua condenação no STF. Segundo o documento, os advogados não tiveram tempo hábil nem acesso adequado às provas produzidas na investigação. 

    Eles dizem que receberam 70 terabytes de dados, o que teria impossibilitado o exame do material antes do fim da instrução. A defesa também argumenta que foram negados pedidos de adiamento das audiências, 

    “A defesa não pôde sequer acessar a integralidade da prova antes do encerramento da instrução; não teve tempo mínimo para conhecer essa prova. E não pôde analisar a cadeia de custódia da prova. Afinal, os documentos foram entregues quando terminava a instrução e, apesar dos recursos da defesa, o processo continuou”. 

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  • Guerra contra o C.V.: 2.500 policiais tomam Alemão e Penha no Rio de Janeiro

    Guerra contra o C.V.: 2.500 policiais tomam Alemão e Penha no Rio de Janeiro

    Guerra contra o C.V.: 2.500 policiais tomam Alemão e Penha no Rio de Janeiro

    Em uma das maiores ações de segurança pública dos últimos anos, cerca de 2.500 agentes das forças estaduais ocuparam nesta terça-feira (28) os complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro.

    A megaoperação, batizada de Operação Contenção, tem como objetivo frear o avanço territorial do Comando Vermelho (CV) e capturar lideranças da facção criminosa.

    A ação é fruto de mais de um ano de investigação conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), que resultou na emissão de 100 mandados de prisão. Entre os alvos, 30 são de outros estados, com destaque para integrantes do CV oriundos do Pará, que estariam escondidos nas comunidades cariocas.

    Resultados parciais da operação:

    • 9 pessoas presas
    • 2 suspeitos mortos (vindos da Bahia)
    • 2 feridos sob custódia no Hospital da Penha
    • Apreensões: 2 fuzis, 1 pistola, 3 celulares e 9 motocicletas

    A Polícia Militar mobilizou tropas do Comando de Operações Especiais (COE), batalhões da capital e da região metropolitana. Já a Polícia Civil atuou com agentes de delegacias especializadas, da CORE, do Departamento de Combate à Lavagem de Dinheiro e da Subsecretaria de Inteligência.

     

    A operação conta com suporte tecnológico e logístico robusto:

    • Drones
    • 2 helicópteros
    • 32 blindados
    • 12 veículos de demolição
    • Ambulâncias do Grupamento de Salvamento e Resgate

    Segundo o governador Cláudio Castro, a ação representa a integração das forças de segurança e o fortalecimento da presença do Estado em áreas dominadas por facções. Os complexos do Alemão e da Penha, que somam 26 comunidades, são considerados estratégicos na disputa pelo controle do tráfico de drogas.

    As buscas e prisões devem continuar ao longo do dia em diversos pontos das duas regiões.

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  • Tristeza: Covid-19 deixou 149 mil crianças e adolescentes órfãos em 2020 e 2021

    Tristeza: Covid-19 deixou 149 mil crianças e adolescentes órfãos em 2020 e 2021

    Tristeza: Covid-19 deixou 149 mil crianças e adolescentes órfãos em 2020 e 2021

    Além dos mais de 700 mil mortos pela covid-19 no Brasil, há outras 284 mil vítimas indiretas: crianças e adolescentes que perderam os pais, avós ou outros familiares mais velhos que exerciam papel de cuidado em suas residências. O número se refere somente a 2020 e 2021, os piores anos da pandemia. Entre elas, 149 mil perderam o pai, a mãe ou os dois.

    A estimativa é de pesquisadores ingleses, brasileiros e americanos, que acabam de lançar um estudo para demonstrar não somente a “magnitude da orfandade no Brasil”, como também “as grandes desigualdades entre os estados”.

    Uma das autoras do estudo, a professora do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo Lorena Barberia destaca que os impactos de uma emergência sanitária são identificados primeiro entre as vítimas diretas, mas há também aqueles que são afetados por essas mortes.

    “Nós quisemos olhar a vulnerabilidade das pessoas que dependem de quem faleceu. Achamos super importante lembrar que as pessoas acima de 60 anos não só tinham mais chance de morrer, mas, muitas vezes, tinham um papel na estrutura familiar muito decisivo. Muitas crianças e adolescentes dependiam dessas pessoas. Então, pensamos que tínhamos que considerar essas estimativas, tanto de pais e mães como desses responsáveis”.

    A partir de modelos estatísticos, alimentados por dados demográficos, como a taxa de natalidade e o excesso de mortalidade ─ mortes acima do esperado ─ em 2020 e 2021, a pesquisa chegou a algumas estimativas:

    • Cerca de 1,3 milhão de crianças ou adolescentes, de 0 a 17 anos, perderam um ou ambos os pais, ou algum cuidador com quem elas viviam, por razões diversas; 
    • Dessas, 284 mil se tornaram órfãos ou perderam esse cuidador por causa da covid-19;
    • Com relação apenas às mortes por covid-19, 149 mil crianças e adolescentes se tornaram órfãos e 135 mil perderam outro familiar cuidador
    • 70,5% dos órfãos perderam o pai; 29,4%, a mãe; e 160 crianças e adolescentes foram vítimas de orfandade dupla;
    • 2,8 crianças ou adolescentes a cada 1 mil perderam um ou ambos os pais, ou algum familiar cuidador por covid-19;
    • Entre estados, as maiores taxas de orfandade são as do Mato Grosso (4,4), Rondônia (4,3) e Mato Grosso do Sul (3,8), enquanto as menores são do Rio Grande do Norte (2,0), Santa Catarina (1,6) e Pará (1,4). 

      Órfãos reais

    • Em 2021, Ana Lúcia Lopes, hoje com 50 anos, perdeu o companheiro, o fotógrafo Cláudio da Silva, o que fez com que seu filho, Bento, que tinha 4 anos, ficasse órfão de pai. Ela lembra que esses números dizem respeito a crianças e adolescentes reais, que sofreram e continuam sofrendo com as mortes de seus entes queridos. 

      Sem nenhum fator de risco para a doença, ele tinha 45 anos e foi infectado durante uma viagem a trabalho. Com sintomas respiratórios, foi internado em uma quinta-feira, entubado na sexta e não resistiu após uma parada cardíaca, na segunda-feira seguinte. Nem pode rever o filho, após os dois meses de trabalho fora de casa. 

    “Eu contei para o Bento logo que aconteceu. A gente tinha um cachorrinho que morreu um pouco antes. Aí, eu falei para ele que o cachorrinho precisava de alguém lá no céu para cuidar dele e que o papai tinha ido fazer isso. Às vezes ele me via chorando e falava: “Mãe, você tá chorando por causa do meu pai?”.

    “Apesar de tudo, no começo, ele parecia bem. Um tempo depois, quando ele foi mudar de classe na escola, ele começou a chorar bastante, porque não queria perder a professora. Aí, eu perguntei o que ele estava sentindo, e ele disse: ‘Ah, mãe, acho que eu queria o meu pai’. Foi quando ele começou o atendimento psicológico”.

    Cláudio recolhia a contribuição previdenciária referente ao seu trabalho como microempreendedor individual, o que garantiu a Bento a pensão por morte e evitou que a família passasse por problemas financeiros. De acordo com outra autora do estudo, a promotora de justiça da cidade de Campinas (SP) Andréa Santos Souza, os problemas financeiros são os mais frequentes em situações de orfandade.  

    Violações de direitos

    Durante a pandemia de covid-19, o trabalho de Andrea Santos Souza, que atua na área de Infância e Juventude na cidade de Campinas (SP), estava bastante focado na proteção das crianças e adolescentes afetados pelo fechamento das escolas, pela miséria pandêmica, ou pela crescente violência familiar. Até que ela percebeu um aumento nos pedidos de guarda, feitos por tios, avós e outros parentes.

    “Essas crianças estavam ficando órfãs sem uma representação legal. Pedi aos cartórios que me mandassem todas as certidões de óbito das pessoas que morreram por Covid e que deixaram herdeiros menores. Num primeiro momento, eles disseram que não conseguiam fazer esse recorte, então, eles me mandaram todas as certidões de quem morreu naquele ano de 2020. Foram mais de 3 mil, e foi um trabalho muito triste. Eu, uma estagiária e uma funcionária ficamos olhando certidão por certidão, separando todos os órfãos. Numa primeira leva, nós localizamos quase 500 crianças”, lembra Andrea.

    A partir daí, o trabalho duplicou: as certidões continuavam chegando, e, ao mesmo tempo, era preciso localizar todas essas crianças, encaminhá-las para programas de assistência, checar se já constavam no Cadastro Único no Governo Federal e se as famílias já recebiam o Bolsa Família ou o Auxílio Emergencial. Era preciso ainda verificar se elas não estavam sendo vítimas de outras violações, além de terem perdido suas mães e pais. 

    “A primeira delas é a separação de irmãos, né? As famílias numerosas separam os irmãos. Quanto aos bebezinhos muito pequenos, tem o problema de adoções ilegais. As meninas tinham situações de exploração de todas as formas, trabalho doméstico forçado, casamento infantil, abuso sexual… Em muitos meninos, a gente via o direcionamento para o tráfico ilícito de entorpecente ou exploração do trabalho infantil…”

    Além dessas situações mais drásticas, Andréa enfatiza que toda orfandade aumenta a vulnerabilidade, especialmente nos casos minoritários de crianças que perderam tanto a mãe quanto o pai, ou daquelas que já eram criadas por mães solo, quantidade bastante frequente. Os profissionais de saúde que morreram e deixaram filhos eram numerosos, mas, como a pandemia escancarou desigualdades sociais, a maioria dos órfãos era de filhos de trabalhadores de limpeza, alimentação, transporte ou informais, que não puderam parar e se isolar em casa.

    Diante de exemplos tão trágicos, a promotora buscava entender melhor a dimensão da orfandade causada pela covid-19 no Brasil, quando as primeiras estimativas globais sobre a tragédia foram lançadas por pesquisadores do Imperial College, de Londres, na Inglaterra, em julho de 2021. Andréa entrou em contato com os pesquisadores, contou sobre a sua experiência localizando os órfãos de Campinas e, a partir daí, passou a colaborar com o grupo de estudos, que é o mesmo responsável pelas novas estimativas. 

    Cruzamento de dados

    Graças ao encontro com Andréa, os pesquisadores puderam comparar o resultado dos modelos estatísticos com os dados da promotoria, e confirmar as semelhanças. Conheceram também outra ferramenta dos registros civis brasileiros, que é quase única no mundo. Desde 2015, as certidões de nascimento já são emitidas em conjunto com o CPF e, quando o documento é registrado, os cartórios associam o número das crianças ao CPF dos pais, o que permite o cruzamento de informações, inclusive em casos de orfandade. 

    Com isso, a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen/Brasil) verificou que, de março de 2020 a setembro de 2021, 12,2 mil crianças de até 6 anos ficaram órfãos por causa da covid-19, com proporções similares de mortes maternas e paternas, e de ocorrências ao longo dos meses. Como os dados da Arpen cobrem apenas as crianças nascidas de 2015 para cá ou aquelas que tiveram a certidão de nascimento reemitida, não seria possível saber a dimensão da orfandade apenas por eles, mas os registros serviram para reforçar a validade das estimativas do estudo. 

    “O objetivo é lembrar que, mesmo depois do fim da pandemia, nós precisamos de políticas públicas para dirimir as desigualdades provocadas pela pandemia, porque nós sabemos que algumas pessoas saíram em uma situação muito mais vulnerável que outras. Não houve um programa desenhado para essas crianças especificamente, e a sociedade não estava acostumada a essa magnitude de órfãos. Os programas que existem claramente precisam ser fortalecidos, porque temos um grupo novo de crianças e adolescentes, que não era esperado”, reforça a pesquisadora Lorena Barberia.

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  • América Latina em reconfiguração: A vitória de Milei e o efeito Trump

    América Latina em reconfiguração: A vitória de Milei e o efeito Trump

    América Latina em reconfiguração: A vitória de Milei e o efeito Trump

    Neste domingo, 26 de outubro de 2025, a Argentina deu um passo decisivo rumo à consolidação de um projeto político ultraliberal com a vitória expressiva do partido La Libertad Avanza (LLA), liderado pelo presidente Javier Milei. Com 40,84% dos votos para a Câmara dos Deputados e 42,91% para o Senado, o partido governista superou amplamente a oposição peronista, garantindo 64 cadeiras na Câmara e 13 no Senado. 

    A conquista de redutos históricos como Buenos Aires marca não apenas uma virada interna, mas um sinal claro de que a América Latina está em plena reconfiguração ideológica.

    Argentina: Entre o Choque e a Consolidação

    A vitória de Milei representa mais do que um avanço legislativo. É a legitimação popular de um projeto que propõe a dolarização da economia, o desmonte de estruturas estatais e uma ruptura com o modelo social peronista que moldou a Argentina por décadas. 

    O apoio financeiro de US$ 20 bilhões dos Estados Unidos, articulado diretamente com o presidente Donald Trump, foi decisivo para sustentar a moeda local e garantir fôlego político ao governo argentino.

    A baixa participação eleitoral — apenas 66% dos eleitores compareceram às urnas — revela, no entanto, uma sociedade dividida entre a esperança de mudança e o cansaço político. Milei, com seu estilo provocador e discurso de ruptura, canalizou esse sentimento e transformou apatia em capital político.

    América Latina: A Nova Cartografia do Poder

    A vitória de Milei não é um fenômeno isolado. Ela se insere em uma tendência regional de ascensão de lideranças oposicionistas com discursos de ruptura, como apontam análises recentes. A chamada “onda rosa” — que indicava uma guinada à esquerda na América Latina — parece dar lugar a uma nova maré de líderes que se alinham com o projeto trumpista de uma América mais liberal, nacionalista e antissistema.

    Javier Milei – Presidente da Argentina.

    Com a derrota de Jair Bolsonaro no Brasil e seu enfraquecimento político frente ao Supremo Tribunal Federal, Trump perdeu um aliado estratégico no maior país da região. Mas encontrou em Milei um substituto ideológico à altura. Ambos compartilham uma retórica agressiva contra o “establishment”, a defesa de reformas radicais e o uso da política como espetáculo. O lema “Argentina Grande Outra Vez”, inspirado diretamente no “Make America Great Again”, é mais do que simbólico.

    Geopolítica: A Sulamérica sob Influência Direta

    A aliança entre Trump e Milei pode redesenhar os eixos de influência na América do Sul. Com apoio financeiro e político dos Estados Unidos, a Argentina se torna um laboratório de políticas ultraliberais que podem inspirar outros países da região. A possibilidade de acordos bilaterais, como o livre comércio e cooperação militar, já está sendo discutida.

    Essa nova configuração desafia blocos tradicionais como o Mercosul, que se vê pressionado por agendas divergentes. A América Latina, historicamente marcada por ciclos pendulares entre esquerda e direita, parece agora entrar em uma fase de polarização ideológica mais profunda, com impactos diretos na integração regional, nas políticas migratórias e nas relações com potências como China e Rússia.

    A vitória de Milei é um marco. Não apenas para a Argentina, mas para toda a América Latina. Ela sinaliza que o continente está aberto a novas narrativas — mesmo que radicais — e que os ventos do norte, sob a liderança de Trump, continuam soprando forte sobre o sul. O desafio agora será equilibrar reformas com estabilidade, ruptura com governabilidade, e ideologia com pragmatismo. Porque o que está em jogo não é apenas um país, mas o futuro de um bloco inteiro.

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