Bolsonaro começa cumprir pena de 27 anos e 3 meses
Jair Bolsonaro começou a cumprir ontem (25) a pena de 27 anos e 3 meses de prisão em regime fechado, após o ministro Alexandre de Moraes declarar o trânsito em julgado da condenação. A decisão encerrou qualquer possibilidade de recurso e marcou um momento histórico: pela primeira vez, um ex-presidente brasileiro é condenado por tentativa de golpe de Estado.
O despacho de Moraes foi direto. A defesa de Bolsonaro não apresentou embargos de declaração dentro do prazo legal, e os embargos infringentes — recurso que poderia reabrir a discussão — estavam fora de alcance. Para que fossem admitidos, seriam necessários ao menos dois votos favoráveis ao réu. No julgamento, apenas Luiz Fux divergiu, o que tornou a estratégia inviável. Sem alternativas, a condenação foi considerada definitiva e a execução da pena começou imediatamente.
Bolsonaro já estava preso preventivamente desde o dia 22, na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Agora, a custódia se transforma em cumprimento de pena. A cela, reformada recentemente, tem cerca de 12 metros quadrados e oferece condições diferenciadas: cama, mesa de apoio, televisão, frigobar, ar-condicionado e banheiro privativo.
Jair Messias Bolsonaro
A repercussão foi imediata
No Brasil, aliados do ex-presidente falam em anistia ou prisão domiciliar, enquanto juristas destacam o papel do STF na defesa da democracia. No exterior, jornais como Reuters e Deutsche Welle sublinharam que o país vive um marco institucional, com a Justiça impondo limites claros a tentativas de ruptura.
Politicamente, o efeito é devastador para Bolsonaro. Inelegível até 2060, ele deixa um vácuo na liderança da direita, que agora precisa se reorganizar. Governadores como Tarcísio de Freitas e Romeu Zema surgem como possíveis herdeiros, mas ainda não têm a mesma força simbólica junto à base radical. Para Lula, o episódio reforça a estabilidade institucional e abre espaço para consolidar sua posição como figura central do debate democrático.
Mais do que uma condenação individual, o trânsito em julgado de Bolsonaro é um divisor de águas. Ele redefine os limites da política brasileira e envia uma mensagem clara: ataques às instituições não serão tolerados.
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