O governo Trump pode parar amanhã
Enquanto Donald Trump tenta governar o mundo, a falta de diálogo interno, coloca em risco o governo dos Estados Unidos, que enfrenta mais uma vez o risco de paralisação parcial — o chamado “shutdown” — caso o Congresso não aprove o orçamento federal até o fim desta terça-feira, 30 de setembro. O impasse entre democratas e republicanos pode interromper o funcionamento de diversos serviços públicos e lançar incertezas sobre a economia americana.
O ano fiscal nos Estados Unidos começa em 1º de outubro e vai até 30 de setembro do ano seguinte. Isso significa que, sem a aprovação de um novo orçamento até o último minuto do dia 30 (hoje), o governo não tem autorização legal para gastar recursos públicos a partir do dia seguinte. Mesmo que o orçamento seja aprovado posteriormente, o shutdown entra em vigor automaticamente até que a nova lei seja sancionada.
Durante esse período, serviços considerados essenciais — como segurança pública, controle aéreo e atendimento médico emergencial — continuam operando. No entanto, milhares de funcionários públicos são colocados em licença não remunerada ou seguem trabalhando sem salário até que o impasse seja resolvido. Órgãos como o Departamento de Estado devem operar com menos da metade de seus contratados, enquanto a Receita Federal anunciou que manterá todos os seus 74,5 mil funcionários em atividade, embora sem pagamento imediato.
Além dos impactos diretos sobre os trabalhadores, o shutdown pode afetar setores estratégicos da economia. A divulgação do relatório mensal de empregos, por exemplo, prevista para o dia 3 de outubro, pode ser suspensa. Esses dados são fundamentais para decisões do Federal Reserve sobre política monetária e taxas de juros.
Donald Trump
O presidente Donald Trump tem buscado negociar uma solução temporária para evitar a paralisação, mas as divergências entre os partidos permanecem. Os democratas exigem garantias de financiamento para programas de saúde, enquanto os republicanos preferem tratar desses repasses separadamente. O vice-presidente JD Vance já admitiu que uma paralisação parece inevitável, e líderes do Partido Republicano consideram votar uma extensão de sete semanas no financiamento como medida emergencial.
A última vez que os Estados Unidos enfrentaram um shutdown prolongado foi durante o primeiro mandato de Trump, em 2019. Na ocasião, a paralisação durou cinco semanas e causou um prejuízo estimado de US$ 3 bilhões ao crescimento econômico, segundo o Escritório de Orçamento do Congresso.
Com o prazo se esgotando, o país aguarda uma definição que evite mais uma interrupção na máquina pública. A crise orçamentária, embora recorrente, continua sendo um reflexo das tensões políticas que marcam o cenário legislativo americano.
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