A queda do dólar e suas consequências
O discurso de que “o dólar não me interessa, porque eu não o uso” denota desconhecimento de como a moeda americana impacta no preço de produtos que consumimos todos os dias, especialmente nos mercados emergentes.
No Brasil, o principal indicador da bolsa de valores, o Ibovespa, também registrou movimentação, encerrando em alta de 0,55%, o que simboliza um avanço de 0,07% na semana. Esses dados reforçam a sensibilidade dos mercados emergentes diante das variações cambiais e dos fluxos de investimentos no cenário global.
Observações ao longo do ano de 2024 revelam que o dólar acumulou um aumento de quase 28%. Esse crescimento está associado a múltiplas razões, incluindo as incertezas nos mercados globais devido a tensões geopolíticas e alterações nas políticas econômicas dos EUA.
A busca por estabilidade financeira em meio a oscilações econômicas tem levado os investidores a procurarem o dólar como um porto seguro, impulsionando sua valorização.

É importante destacar que a dinâmica dos mercados financeiros é complexa e os preços das moedas flutuam baseados em diversos fatores, desde a política interna de um país até as condições econômicas globais. Assim, compreender esses elementos é crucial para antecipar como as mudanças podem afetar tanto os mercados emergentes quanto o cenário econômico mundial como um todo.
As ações de Donald Trump nas primeiras semanas de seu governo, são as responsáveis diretas pela queda do dólar diante de diversas moedas e mercados mundiais.
Desde o início do governo de Donald Trump, em 20 de janeiro, a moeda americana passou a registrar queda com sinais de que não haveria medidas tão imediatas que afetassem a economia. Contudo, houve um susto no mercado, após Trump anunciar no fim da última semana a taxação de produtos do México, Canadá e China, os dois primeiros em 25% e o gigante asiático em 10%. Isso causou uma forte aversão a risco no início da semana, até que o presidente dos EUA fez um recuo que causou alívio nos mercados globais.
Trump anunciou acordo na segunda-feira com o México e o Canadá, suspendendo o tarifaço por 30 dias, em troca do fortalecimento da segurança nas fronteiras. Na última terça, a Casa Branca informou que o presidente teria uma conversa telefônica na terça com o líder chinês, com Xi Jinping. Fontes ouvidas pela Dow Jones afirmaram, no meio da tarde, que o diálogo não aconteceria naquele dia.
Além do alívio com o adiamento de tarifas a México e Canadá, especificamente na última quarta, o dólar caiu no mundo com dados aquém do esperado da atividade nos EUA referentes a dezembro, como as encomendas à indústria e a abertura de postos de trabalho segundo o relatório Jolts, conforme ressaltou o economista André Galhardo, consultor da plataforma de transferência internacional Remessa Online.
“A pesquisa Jolts sugere que, finalmente, o mercado de trabalho americano está perdendo força. Isso teoricamente abre caminho para o Federal Reserve ser talvez menos conservador na política monetária do que o esperado, ajudando a empurrar o dólar para baixo”, afirma Galhardo.
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