Brasil
Para o Brasil as oportunidades foram muito boas neste tempo de tarifas altas. Novos mercados se abriram e mercados que já existiam passaram a se aproximar mais do Brasil. Com destaque ao forte poder de investimento da Rússia e China.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a Pequim, capital da China, ontem (11/5) para a sua segunda visita oficial ao país desde que assumiu seu terceiro mandato.
Ele faz uma visita de Estado ao presidente chinês, Xi Jinping, e participará, como convidado de honra, da cúpula China-Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac). Lula chega a Pequim após fazer uma viagem oficial à Rússia, comandada por Vladimir Putin, na semana passada.
A visita à China acontece em meio a um cenário de tensão internacional entre as duas maiores economias do mundo (Estados Unidos e China) e que tem respingado no Brasil.
Hoje (12) o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou novos investimentos da China no Brasil, da ordem de R$ 27 bilhões.
O número foi citado pelo presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações (ApexBrasil), Jorge Viana, após um fórum entre empresários brasileiros e chineses em Pequim.
R$ 27 bilhões em investimentos
Segundo o governo, empresas chinesas aplicarão recursos no Brasil em uma série de áreas, desde indústrias a novas marcas de comércio e serviços.
A lista inclui investimentos adicionais da montadora chinesa GWM e a inauguração de fábricas de semicondutores da empresa Longsys em São Paulo e Manaus. Também prevê a chegada ao Brasil da maior rede de fast food do mundo, a Mixue, e de um novo aplicativo de delivery, o Keeta.
Há ainda investimentos espalhados na aviação, em mineração e no mercado farmacêutico.
Aposta no multilateralismo
Sob os holofotes, Lula vem tentando manter uma imagem de neutralidade e defendendo o fim das tensões internacionais, especialmente entre a China e os Estados Unidos. Ao mesmo tempo, ele vem afirmando que o Brasil seguirá apostando no multilateralismo como forma de engajamento internacional. Essa defesa vai na contramão da política externa adotada pelo presidente Donald Trump.
“Fiz questão de vir aqui para dizer que o Brasil está defendendo o fortalecimento do multilateralismo. Não é possível que a gente não tenha aprendido uma lição com a importância do que foi o multilateralismo depois da Segunda Guerra Mundial […] Discuti isso com o presidente Putin e vou discutir com com o presidente Xi Jinping”, disse Lula em entrevista coletiva no sábado (10/5), pouco antes de embarcar para a China.