Paraná: educação decidida “na canetada”
O Estado do Paraná tem decidido o processo educacional “na canetada”.
A mudança mais importante no ensino do estado foi a militarização das escolas do estado colocando um grande número de escolas dentro de um “modelo cívico militar de educação”. Este ato está sendo questionado pela AGU, como um modelo inconstitucional.
Recentemente outra decisão tomada na caneta, subtraiu das escolas o livro “O avesso da pele.” A obra venceu o Prêmio Jabuti, considerado o mais importante da literatura brasileira, e aborda temas como racismo e violência policial. Mas depois que as obras foram adquiridas e distribuídas nas escolas foi “verificado que não era adequada a leitura de menores de 18 anos.” Isso mesmo, depois de indicada, adquirida e distribuída é que se verificou isso, e as obras foram recolhidas.
Agora o livro de Jeferson Tenório, devem retornar aos colégios públicos do Paraná até o fim do mês de abril, de acordo com a Secretaria Estadual de Educação (Seed). Em março, quando os livros foram recolhidos, a Seed disse que considerava a temática da obra como “importante”, mas explicou que a revisão foi necessária porque, em determinados trechos, “o texto tem expressões, jargões e descrições de cenas inadequadas para menores de 18 anos”.
Quando os livros foram recolhidos, o escritor Jeferson Tenório classificou a medida da Seed como “uma violência e uma atitude inconstitucional”. Disse também, na época, que “não se pode decidir o que os alunos devem ou não ler com uma canetada. Não vamos aceitar qualquer tipo de censura”.

Agora, o autor comemorou o retorno da obra às escolas. Além do Paraná, o livro também havia sido recolhido em Goiás.
Agora, o autor comemorou o retorno da obra às escolas. Além do Paraná, o livro também havia sido recolhido em Goiás.
Na publicação, Tenório escreveu que estava feliz e grato. Veja abaixo.
“O Avesso da Pele” Voltou para as escolas do Paraná e de Goiás. Estou muito feliz e grato por toda mobilização contra a censura. Acho que esse episódio serve para nos deixar mais atentos a qualquer tentativa autoritária em relação aos livros e a arte. Os livros voltaram para onde deveriam estar: nas mãos dos estudantes. Viva a literatura!”, escreveu.
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