Anvisa responde imediatamente à criticas de Lula
Durante a inauguração de uma nova fábrica da EMS em Hortolândia (SP), o presidente Lula se queixou da ANVISA e fez uma crítica aos funcionários da instituição, sugerindo que eles não estão trabalhando o suficiente.
“Quando algum companheiro da Anvisa perceber que algum parente dele morreu porque um remédio que poderia ser produzido aqui não foi porque eles não permitiram, aí a gente vai conseguir que ela seja mais rápida”, declarou o presidente.
O diretor da ANVISA, Barra Torres, respondeu ao presidente, classificando a fala de Lula como “entristecedora, agressiva e aviltante”, afirmando que tais declarações enfraquecem a ANVISA tanto internamente quanto no cenário internacional.
Ele ressaltou que a agência reguladora opera com base em leis que determinam os procedimentos de análise e liberação de medicamentos no Brasil e que o número insuficiente de servidores afeta diretamente o cumprimento de sua missão.
O diretor da Anvisa destacou que, desde a eleição de 2022, a agência enviou 26 ofícios ao governo federal detalhando a escassez de pessoal e participou de diversas reuniões com ministros para discutir o tema.

Segundo ele, a única medida concreta recebida até agora foi a liberação de 50 das 120 vagas previstas para concurso público em 2023.
“Com o número insuficiente de trabalhadores e com tarefas que só fazem crescer, o tempo para realização de tais tarefas só pode se tornar mais longo”, argumentou Barra Torres.
Ele também lamentou que, durante o atual governo, 35 servidores da Anvisa foram requisitados para trabalhar fora da agência, mais que o dobro do número no governo anterior, agravando ainda mais a escassez de pessoal. O diretor enfatizou que “nenhuma morte de familiar é necessária” para acelerar o trabalho da Anvisa, mas sim um aumento do quadro de servidores e condições adequadas de trabalho.
“Ao nos qualificar de pessoas que precisam da dor da morte de entes queridos para fazer o próprio trabalho, equivoca-se o orador e coloca a população contra a Anvisa, que sempre a defendeu”, concluiu.
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