Enquanto o mundo se distrai com múltiplos conflitos simultâneos, Gaza mergulha num colapso silencioso, onde a fome já se tornou sentença de morte para milhares.
O mundo está em ebulição. Conflitos se multiplicam em diferentes regiões — da Ucrânia ao Sudão, do Haiti ao Iêmen — ocupando manchetes e corações, com imagens chocantes e análises urgentes. Mas nesse coro de tragédias globais, há uma dor que começa a ser silenciada: Gaza, a Faixa esquecida.
O apagamento do sofrimento
O conflito entre Israel e o grupo Hamas, que se arrasta há quase dois anos, não é mais manchete principal. O que não significa que tenha terminado — muito pelo contrário. A população palestina vive sob bloqueio, bombardeio e agora, sob fome. A escassez de alimentos não é consequência colateral da guerra: é uma ferramenta. E o silêncio internacional, provocado pela dispersão de atenções para outros focos de crise, ajuda a perpetuar essa tragédia.
Crianças como símbolo de descaso
O número de crianças desnutridas em Gaza é alarmante. Organizações como Unicef e Médicos Sem Fronteiras alertam: os estoques de alimentos terapêuticos podem se esgotar em semanas. Mais de 260 mil crianças precisam de suporte nutricional urgente. Enquanto isso, o mundo observa outros conflitos com mais empatia, mais recursos, mais cobertura midiática — e Gaza vai se tornando invisível.