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Risco de 'guerra total', diz Amorim

“Eu acho uma coisa tremendamente revoltante, vamos dizer, e perigosa porque ali [há] o risco de uma guerra total. E, veja bem, estamos falando de um lugar onde tem muitos brasileiros”, disse Amorim, que assessora Lula em temas internacionais.

Presidente Lula e Celso Amorim.

A declaração foi dada pelo ex-chanceler Celso Amorim, agora assessor especial do presidente Lula para a diplomacia internacional. Sua opinião foi dada a imprensa internacional durante entrevista em Nova York.

O que motivou as declarações

A guerra entre Israel e o Hezbollah tem feito um grande número de vítimas fatais e de feridos entre civis, incluindo mulheres e crianças. Com os ataques, esta segunda-feira (23) se tornou o dia mais sangrento no país em mais de 18 anos, desde a guerra de 2006 entre Israel e o Hezbollah. 
Segundo o Ministério da Saúde do Líbano, 356 pessoas morreram e mais de 1.024 ficaram feridas depois de Israel lançar um ataque aéreo amplo no país, em uma nova ofensiva contra o Hezbollah.

Entre os mortos, segundo autoridades libanesas, estão 21 crianças e 31 mulheres. O governo do Líbano informou que também há profissionais de saúde entre as vítimas. Já Israel afirmou que atingiu um dos comandantes do alto escalão do Hezbollah, identificado como Ali Karaki.

Brasileiros no Líbano

Desde o início de agosto, o portal consular está desencorajando viagens ao país, e recomenda que os cidadãos brasileiros residentes ou em trânsito no Líbano deixem o país, por meios próprios, até que o país retorne à normalidade.  Embaixada do Brasil em Beirute está em contato com a comunidade brasileira no país e que o ministério está preparado para diferentes cenários, inclusive para o agravamento da situação.

Mais força militar na região

Diante da iminência de uma nova guerra entre Israel e o Hezbollah, os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (23) que enviarão tropas ao Oriente Médio. O anúncio foi feito pelo Pentágono, que não detalhou quantos soldados serão enviados e nem para quais bases eles irão. Mas disse que a decisão foi tomada após a escalada de conflitos entre Israel e o Hezbollah.

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