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Fim das vagas de estacionamento em uma das principais avenidas de Curitiba -CMC é contra

Umas das mais movimentadas avenidas que cortam o centro de Curitiba é a Silva Jardim. Com extensão de 4.435 metros, ela vai do bairro  Rebouças, na junção da Rua Mariano Torres próximo a Rodoferroviária de Curitiba apresentando dois sentidos, com múltiplas faixas. Desde 2020 a avenida passou a ter limite de velocidade de 50 km/h.

Avenida Silva Jardim – Curitiba

Fim das vagas de estacionamento

A medida já vem sendo implantada e foi adotada sem que houvesse diálogo com comerciantes e moradores da região, segundo vereadores que participaram do debate que aconteceu nesta segunda-feira (20), na Câmara Municipal de Curitiba.

A decisão de remover as vagas de estacionamento da Silva Jardim pode prejudicar gravemente o comércio local. Sem locais convenientes para estacionar, os clientes não terão como visitar as lojas, restaurantes e outros estabelecimentos da região, colocando em risco a economia local. Para nós, isso acarreta diretamente em uma queda de 10% do faturamento diário”, argumentou a vereadora Giorgia Prates – Mandata Preta (PT).

Para ela, apesar da justificativa de melhorar o tráfego, a avenida já tem cinco faixas bem estruturadas, e a retirada das vagas não causará uma diferença significativa no trânsito. “Essa medida parece mais prejudicial do que benéfica. Com a petição, queremos que a Prefeitura reconsidere essa decisão e restaure as vagas de estacionamento regulamentado. Isso é crucial para manter o fluxo de clientes e a sustentabilidade econômica do comércio local, garantindo também a comodidade de moradores e visitantes”, completa a justificativa da sugestão (205.00199.2024).

Além da autora, outros parlamentares se posicionaram contra a extinção das vagas na via, uma das principais da região central da capital paranaense. Alexandre Leprevost (União) criticou a medida de “zerar as vagas”. “É um absurdo. Vão quebrar o comércio da região. Tirar essas vagas é uma ação totalmente desnecessária”, reclamou. No mesmo sentido se posicionou a vereadora Indiara Barbosa (Novo): “A gente tenta entender os motivos, mas o mínimo, que é conversar com a população, ouvir a população, planejar alternativas, não está sendo feito”.

“A prefeitura não dialogou com os comerciantes da avenida”, respondeu Giorgia Prates. Herivelto Oliveira (Cidadania), que também fez apartes à autora do pedido, informou ter recebido relatos de que, no entorno do Colégio Estadual Xavier da Silva, “onde os pais e vans escolares não podem mais parar em frente à escola”, tem havido transtorno na entrada e saída dos alunos. 

“Que sejam criados pelo menos alguns bolsões de estacionamento na avenida, para não prejudicar totalmente o comércio”, pediu o vereador. Rodrigo Reis (PL) foi outro a reclamar da falta de diálogo entre a Prefeitura de Curitiba e os comerciantes e moradores. “Houve um erro em não comunicar [sobre a mudança no trânsito]”.

Lições para aprender

A falta de estacionamento em avenidas importantes, que cruzam o centro da cidade, já é motivo de abandono de imóveis, inúmeras lojas fechadas e declínio de comércio local, justamente pela falta de estacionamento para clientes, como é o caso do trecho central da Av. Marechal Floriano, que antecede a Praça Carlos Gomes. Sem ter como estacionar, ou tendo que pagar por estacionamento particular, o comércio depende apenas dos pedestres. O resultado é o fechamento de diversos estabelecimentos e o abandono de diversos imóveis.

Além disso neste trecho, como mostra a imagem, a Avenida divide espaço com a canaleta de ônibus e apresenta divisória que impede de atravessar a via em qualquer ponto. Assim, mesmo que pague estacionamento, o cliente não consegue chegar ao outro lado da via. A maior parte do comércio fechado e abandono de imóveis ocorre justamente onde não há acesso a vagas de estacionamento.

Av. Mal. Floriano Peixoto - Centro de Curitiba

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