Servidores pressionam e governo recua

Os servidores federais estão pressionando o governo para obterem aumentos salariais e outros benefícios. 

“Nós temos a informação de que 20 categorias hoje já estão com algum processo de mobilização, seja operação padrão, paralisações esporádicas ou mesmo greve por tempo indeterminado, como é o caso das Instituições Federais de Ensino. E isso tende a se intensificar pelas próximas semanas e meses porque o governo não colocou uma data final para as negociações”, afirmou Rudinei Marques, presidente do Fórum das Carreiras de Estado (Fonacate)

IFPR Jacarezinho

O governo federal propôs aos servidores públicos federais um reajuste em auxílios como alimentação e creche em meio a ameaças de paralisações e greves do funcionalismo.

A proposta feita nesta quarta-feira (10) prevê ainda que sejam abertas negociações separadas por categorias para eventuais aumentos salariais. Em troca, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer o compromisso de que os serviços públicos não sejam interrompidos.

A reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente entre governo federal e servidores foi encerrada sem um acordo. Os representantes dos servidores devem dar uma resposta ao Ministério da Gestão até a próxima segunda-feira (15).

O texto que o governo colocou na mesa reajusta já a partir de maio deste ano:

  • Auxílio alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil (alta de 51,9%);
  • Assistência à saúde complementar per capita média (auxílio saúde) de R$ 144,38 para cerca de R$ 215;
  • Assistência pré-escolar (auxílio creche) de R$ 321 para R$ 484,90

Na reunião, o governo apresentou que, em contrapartida, “durante o processo de negociação, a interrupção total parcial dos serviços públicos, implicará a suspensão das negociações em curso por uma categoria”.

Mas, segundo integrantes do governo, o Ministério da Gestão recuou desse ponto horas após o encontro, diante da resistência de servidores a essa restrição.

Com isso, a tendência é que os servidores aceitem os reajustes de benefícios até o início da próxima semana.

Greve nos Institutos Federais de Educação

Professores e funcionários técnico-administrativos de quase 300 campi de institutos federais estão em greve nesta segunda-feira (8), sem previsão de retorno às atividades normais. A paralisação começou, na maior parte das unidades, em 3 de abril.

Também aderiram ao movimento: o Colégio Pedro II, o Instituto Nacional de Educação de Surdos, o Instituto Benjamin Constant e a Cefet-RJ, no Rio de Janeiro, além de escolas e colégios federais vinculados ao Ministério da Defesa.

De acordo com o Sisasefe (sindicato acional que representa os servidores), todos os alunos dessas instituições estão sem aula.

IFPR Jacarezinho será destaque no Globo Repórter

Em fevereiro deste ano, o IFPR campus Jacarezinho recebeu uma equipe do Globo Repórter. O jornalístico documental elaborou uma reportagem especial sobre insegurança alimentar e alimentos alternativos para suplementar a alimentação no futuro. O projeto de pesquisa, coordenado pela professora Fabíola Dorneles, participou das gravações para o programa, que vai ao ar na próxima sexta-feira, dia 12 de abril.

A excelência dos Institutos Federais de Educação tem reconhecimento em todo o Brasil e paralisações ou greves e mesmo o descontentamento dos servidores neste e em outros serviços públicos é um grande prejuízo ao país.

 

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