Moraes já pode decretar prisão de Bolsonaro e outros réus
A publicação da ata do julgamento dos recursos de Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) marca um ponto de inflexão no processo contra o ex-presidente e outros envolvidos na tentativa de golpe. O documento, divulgado nesta segunda-feira, confirma a rejeição unânime dos embargos de declaração apresentados pela defesa, consolidando o entendimento da Primeira Turma da Corte.
Com isso, o relator Alexandre de Moraes passa a ter respaldo jurídico para decretar a prisão de Bolsonaro e dos demais réus, caso considere que os recursos ainda pendentes tenham caráter meramente protelatório. Essa possibilidade já é discutida nos bastidores, especialmente porque Moraes adotou medida semelhante em abril, quando determinou a prisão do ex-presidente Fernando Collor e convocou sessão para referendar sua decisão.
A defesa de Bolsonaro, por sua vez, prepara uma nova estratégia. Advogados trabalham na coleta de documentos médicos para sustentar a hipótese de prisão domiciliar, caso os próximos recursos também sejam rejeitados. A movimentação busca evitar que o ex-presidente seja levado ao presídio da Papuda, em Brasília, cenário que preocupa aliados e mobiliza sua base política.
Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes
O impacto político da possível prisão é significativo
De um lado, setores bolsonaristas apostam em uma comoção popular capaz de pressionar o Judiciário e fortalecer a narrativa de perseguição. De outro, a decisão reforça a postura firme do STF diante de ataques às instituições democráticas. O acórdão do julgamento deve ser publicado ainda nesta semana, abrindo espaço para novos recursos, mas também para uma decisão definitiva sobre o início do cumprimento da pena.
Esse episódio evidencia a tensão entre o Judiciário e o bolsonarismo, com potenciais repercussões tanto na arena política quanto na estabilidade institucional do país.
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