Segundo ele, a bicicleta é um símbolo de uma nova forma de convivência — uma maneira de redescobrir as cidades e redescobrir uns aos outros.
“Queremos que esse símbolo se torne cada vez mais presente nas pautas dos gestores públicos, integrado às políticas públicas e aos orçamentos do Estado, com fomento ao esporte e à cultura da bicicleta”, concluiu.
Transcender governos e gestões
“A bicicleta precisa transcender governos e gestões. Deve se tornar uma política de Estado, com base legal, orçamento e metas mensuráveis. É hora de institucionalizar a mobilidade ativa como um direito urbano e ambiental, integrada às políticas de clima, saúde e qualidade de vida”, afirmou Filipe Simões.
Ele defendeu que o movimento cicloativista precisa dar um salto de maturidade. Para ele, os militantes devem sair do campo do ativismo e ocupar o espaço da política pública. “É nesse território que as decisões se consolidam e as mudanças se tornam permanentes”, observou.
“Precisamos ocupar conselhos, comissões, gabinetes e mandatos. A política pública não pode ser apenas uma reivindicação — tem que ser um espaço de disputa direta. É crucial se institucionalizar, ser firme sem perder a sensibilidade”, destacou Filipe.
Políticas públicas
Goura defendeu que as políticas públicas voltadas à mobilidade ativa precisam ser permanentes, continuadas e amparadas por lei. A bicicleta, segundo ele, deve ser tratada como política de Estado, com metas, orçamento e acompanhamento institucional. O parlamentar citou exemplos:
“Conseguimos incluir nos novos contratos de concessão rodoviária a obrigatoriedade de infraestrutura cicloviária nos trechos urbanos”, pontuou. “Há calendário de obras na BR-277, em Curitiba e Pinhais, e também em Paranaguá”, informou.