Lula classifica operação policial no Rio como “matança” e cobra investigação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou pela primeira vez sobre a operação policial realizada nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortes. Em entrevista concedida nesta terça-feira (4) a correspondentes internacionais, durante agenda oficial em Belém, Lula classificou a ação como uma “matança” e defendeu uma investigação rigorosa sobre as circunstâncias da operação.
“Houve uma matança e creio que é importante investigar em que condições ocorreu”, afirmou o presidente.
Presidência quer atuação da Polícia Federal nas apurações
Lula indicou que o governo federal busca integrar o processo de apuração, inclusive com a participação de peritos da Polícia Federal.
“Estamos tentando, inclusive, ver se é possível os legistas da Polícia Federal participarem do processo de investigação da morte. A decisão do juiz era uma ordem de prisão. Não tinha ordem de matança e houve uma matança”, declarou.
O presidente também ressaltou a necessidade de ampliar o acesso às informações sobre o caso, indo além da versão oficial divulgada pelo governo estadual.
Cadáveres recolhido por moradores são dispostos em praça pública, após operação.
“Até agora só temos a versão do governo estadual, e tem gente que quer saber como tudo aconteceu”, completou.
União e Estado anunciam cooperação contra o crime organizado
A operação, batizada de “Contenção”, foi conduzida pelas polícias Civil e Militar sob comando do governador Cláudio Castro (PL). Em meio às críticas pela ausência de apoio federal, Castro e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciaram a criação de um Escritório de Combate ao Crime Organizado. A iniciativa visa integrar esforços entre os governos estadual e federal.
O novo grupo será coordenado por Victor Cesar Santos, secretário de Segurança Pública do Rio, e Mário Luiz Sarrubbo, secretário nacional de Segurança Pública. A força-tarefa contará com o apoio da Polícia Federal e da Força Nacional.
Lula reforça necessidade de ações coordenadas
Em publicações nas redes sociais, o presidente reiterou que o enfrentamento ao crime deve ser feito de forma articulada entre os entes federativos, com foco na proteção da população civil.
“O combate ao crime precisa ser coordenado e não pode colocar inocentes em risco”, escreveu Lula.
Contato
- Atendimento
- (41) 999-555-006
-
Av. do Batel, 1750 – S215
Curitiba – PR








