Justiça exige provas ou retratação de Ratinho sobre acusações a Chico Buarque
A Justiça do Rio de Janeiro deu um prazo de cinco dias para que o apresentador Ratinho, o youtuber Thiago Asmar e a suplente de vereadora Samantha Cavalca (PP-PI) apresentem provas das declarações feitas contra o cantor Chico Buarque ou publiquem uma retratação pública. A decisão foi tomada pelo juiz Victor Agustin Cunha Jaccoud, da 41ª Vara Cível do Rio, na quinta-feira, 2 de outubro.
Acusações feitas em programa de rádio
Durante uma transmissão na rádio Massa FM, pertencente a Ratinho, em 15 de setembro, o apresentador afirmou que Chico Buarque e Caetano Veloso, embora críticos do governo e alinhados à esquerda, viveriam de forma incoerente com esse posicionamento. Ratinho também sugeriu que ambos se beneficiariam de recursos públicos por meio da Lei Rouanet. Em suas palavras:
“Chico Buarque ser de esquerda é fácil. Bebe champanhe, come caviar, pega dinheiro da Lei Rouanet, aí é fácil.”
Repercussão e ação judicial
As declarações ganharam repercussão após Chico e Caetano se apresentarem em um ato público em Copacabana contra a PEC da Blindagem e o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Na ação judicial, Chico Buarque solicita indenização de R$ 50 mil de cada um dos réus, alegando que nunca recebeu verba pública e que as falas de Ratinho ferem sua honra e propagam desinformação.

Ratinho e Chico Buarque.
Consequências legais
Segundo a decisão judicial, caso os acusados não se retratem ou não apresentem provas concretas, poderão ser responsabilizados por crime de desobediência. Até o momento, Ratinho e Thiago Asmar não se pronunciaram. Samantha Cavalca, por sua vez, afirmou desconhecer a ação e alegou estar sendo alvo de tentativa de censura.
Contexto político e mobilização artística
O episódio ocorre em meio à mobilização de diversos artistas contra a PEC da Blindagem. Além de Chico e Caetano, nomes como Gilberto Gil, Djavan, Ivan Lins, Paulinho da Viola, Frejat, Lenine, Maria Gadú, Marina Sena e a banda Os Garotin também se manifestaram publicamente.
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