Tentativa de ataque a ministros do STF, ocorrida há meses, só agora vem à tona
Episódio de homem armado com faca tentando invadir o Supremo coincide com condenação de Bolsonaro e expõe escalada de ameaças à Corte
Um episódio grave envolvendo a segurança dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foi mantido em sigilo por meses e só agora veio à público: um homem identificado como Eduardo Jesus Rodrigues tentou invadir o tribunal com uma faca de açougue escondida, exigindo ser levado até algum ministro. O caso ocorreu no mesmo dia em que a Primeira Turma do STF consumou a condenação de Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por liderar uma trama golpista.
A tentativa de ataque aconteceu na Praça dos Três Poderes, próximo à Estátua da Justiça. O homem foi detido pela polícia antes de conseguir entrar no prédio. Segundo apuração da VEJA, ele levava a arma branca escondida e demonstrava comportamento agressivo. Felizmente, a ação foi contida antes que causasse danos.
Não é um caso isolado
A revelação tardia do episódio lança luz sobre o crescente clima de hostilidade contra o STF. Desde a condenação de Bolsonaro, a Corte tem sido alvo de uma enxurrada de postagens com discurso de ódio nas redes sociais, além de ameaças diretas enviadas aos gabinetes dos ministros por e-mail.

STF em sessão. Segurança de ministros é prioridade.
A Polícia Federal, diante da gravidade dos ataques, abriu recentemente um novo lote de inquéritos para investigar os casos mais extremos. Segundo fontes internas, o número de investigações relacionadas à segurança dos magistrados aumentou significativamente nos últimos meses.
Contexto político e institucional
A divulgação do episódio ocorre às vésperas da posse do ministro Edson Fachin na presidência do STF, marcada para a próxima segunda-feira. Colegas de Corte apontam que uma das missões mais delicadas de Fachin será justamente blindar o tribunal contra esse tipo de ameaça — que mistura radicalização política, desinformação e violência.
A tentativa de facada, embora frustrada, é emblemática de um momento em que o STF se tornou alvo preferencial de grupos extremistas. A revelação tardia do caso parece estratégica: reforça a necessidade de medidas de segurança e mostra que os riscos à integridade dos ministros são reais e persistentes.
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