Defesa da soberania tem apoio popular, mas gestão Lula ainda enfrenta resistência
Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (17) pela Quaest, encomendada pela Genial Investimentos, revela que 64% dos brasileiros consideram correta a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao defender a soberania nacional diante do tarifaço imposto pelos Estados Unidos. A medida norte-americana, anunciada pelo presidente Donald Trump, elevou em 50% as taxas sobre produtos brasileiros, em meio à repercussão internacional da condenação de Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal.
Apesar do apoio à posição do governo no cenário internacional, os dados mostram que a aprovação da gestão Lula permanece abaixo da maioria: 46% aprovam o governo, enquanto 51% desaprovam. Os números se mantêm estáveis em relação ao levantamento anterior, indicando uma interrupção na recuperação da popularidade do presidente.
Polarização política e percepção pública
O apoio à defesa da soberania é mais expressivo entre os entrevistados que se identificam como de esquerda, mas não lulistas (91%), lulistas (88%) e aqueles sem posicionamento político definido (71%). Já entre os bolsonaristas, 54% consideram equivocada a postura do governo, número que também é alto entre os que se dizem de direita, mas não bolsonaristas (50%).

A desaprovação ao governo é mais acentuada entre evangélicos (61%) e pessoas com até o ensino médio completo (55%). Por outro lado, há empate técnico entre aprovação e desaprovação entre católicos, idosos com mais de 60 anos e famílias com renda entre 2 e 5 salários mínimos.
Condenação de Bolsonaro e debate sobre anistia
A pesquisa também abordou a percepção da população sobre a pena de 27 anos de prisão imposta a Bolsonaro por envolvimento em tentativa de golpe. Para 49%, a punição foi exagerada; 35% consideram adequada. A inelegibilidade do ex-presidente é vista como apropriada por 47% dos entrevistados.
Sobre a possibilidade de anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos, 41% se posicionaram contra, enquanto 36% são favoráveis à anistia total — incluindo Bolsonaro. Outros 10% defendem anistia apenas para os participantes dos ataques de 8 de janeiro.
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