Dia: 31 de agosto de 2025

  • Níquel: soberania e alinhamentos estratégicos

    Níquel: soberania e alinhamentos estratégicos

    Níquel: soberania e alinhamentos estratégicos

    É importante ao brasileiro entender que o futuro do país não está apenas nas manchetes de assaltos, prisões, julgamentos e memes em redes sociais.

    A política internacional que compromete as riquezas do Brasil ocorre fora das manchetes e redes sociais.

    Entenda como a soberania nacional está sendo negociada fora dos discursos e bravatas de políticos.

    A operação

    Em fevereiro de 2025, a mineradora Anglo American anunciou oficialmente a venda da totalidade de seus ativos de níquel no Brasil para a MMG Singapore Resources Pte. Ltd., subsidiária da estatal chinesa China Minmetals. O valor da transação pode chegar a US$ 500 milhões, sendo composto por:

    – US$ 350 milhões em pagamento inicial;
    – Até US$ 100 milhões condicionados ao desempenho futuro do preço do níquel;
    – Até US$ 50 milhões vinculados ao desenvolvimento dos projetos minerais futuros.

    Os ativos vendidos incluem:
    – As unidades de produção de Barro Alto e Codemin (Niquelândia), em Goiás;
    – Os projetos de exploração Jacaré (Pará) e Morro Sem Boné (Mato Grosso).

    Segundo comunicado oficial da Anglo American, a decisão faz parte de uma estratégia global de focar em ativos de cobre, minério de ferro premium e fertilizantes. A empresa afirma que o processo de venda foi competitivo e que a MMG apresentou a proposta mais robusta em termos de garantias operacionais e capacidade de gestão de longo prazo.

    Contestação e investigações

    A empresa Corex Holding, ligada ao grupo turco Yildirim e sediada na Holanda, afirma ter oferecido US$ 900 milhões pelos mesmos ativos, valor 80% superior ao da MMG. A Corex levou o caso ao:

    CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que abriu investigação sobre possível concentração de mercado;
    Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), que questiona a legalidade da venda de ativos localizados em áreas rurais sensíveis a uma estatal estrangeira;
    Comissão Europeia, alegando riscos à segurança de suprimento de níquel para países ocidentais.

    Entre o pragmatismo econômico e os dilemas geopolíticos

    A venda das minas de níquel brasileiras à MMG não é apenas uma transação comercial — ela se insere em um contexto mais amplo de disputa global por minerais estratégicos e revela tensões entre interesses econômicos imediatos e preocupações de soberania e alinhamento internacional.

    Niquelândia: Operação Codemin (Goiás).

    O dilema brasileiro

    De um lado, o Brasil se beneficia de investimentos estrangeiros e da continuidade operacional das minas, com promessa de manutenção de empregos e desenvolvimento local. De outro, entrega o controle de um insumo crítico — o níquel — a uma estatal chinesa, em um momento em que a China já domina até 60% do fornecimento global desse mineral.

    A decisão da Anglo American de aceitar uma proposta inferior em valor nominal levanta suspeitas sobre os critérios utilizados. A justificativa oficial aponta para fatores como garantias operacionais e sustentabilidade, mas a ausência de transparência sobre o processo de escolha alimenta críticas.

    Repercussões internacionais

    A venda gerou reação nos Estados Unidos, onde o Instituto Americano de Ferro e Aço (AISI) alertou para o risco de vulnerabilidade na cadeia de suprimentos de níquel. A União Europeia também foi acionada pela Corex, que argumenta que a operação compromete a segurança energética do bloco.

    Essa movimentação ocorre em meio a uma reconfiguração das alianças globais. O Brasil, ao permitir que uma estatal chinesa assuma ativos estratégicos, pode estar sinalizando um alinhamento pragmático com Pequim, especialmente em um momento de tensão diplomática com Washington.

    Soberania e dependência

    O Incra foi direto ao ponto: permitir a exploração sistemática de riquezas minerais por agentes estrangeiros, sem o correspondente desenvolvimento da cadeia produtiva nacional, é contraditório e arriscado. A crítica não é apenas econômica, mas política — trata-se de decidir quem terá o poder de moldar o futuro energético e industrial do país.

    A venda das minas de níquel da Anglo American à MMG é um marco que transcende o mercado de mineração. Ela expõe os dilemas do Brasil entre captar investimentos e preservar sua autonomia estratégica. Em um mundo cada vez mais polarizado, onde minerais críticos são peças-chave na disputa por poder, cada decisão como essa carrega implicações que vão muito além do valor de venda.

    Entre estratégias de alinhamento político e econômico em um novo eixo que deixa os EUA de fora, e ganhos imediatos, não há como afirmar se as decisões tomadas foram ou não corretas. A falta de transparência no processo também faz parte do jogo, já que segredos são elementos necessários em tais negociações. 

    Dito isto, é preciso que a população brasileira preste atenção à operações de real significado para o Brasil. Cabe ao jornalismo revelar os fatos, sempre que possível confirmar através de fontes confiáveis e documentação acessível.

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  • A diplomacia da resiliência — por que o Brasil não precisa escalar o conflito comercial com os EUA? Ou precisa?

    A diplomacia da resiliência — por que o Brasil não precisa escalar o conflito comercial com os EUA? Ou precisa?

    A diplomacia da resiliência — por que o Brasil não precisa escalar o conflito comercial com os EUA? Ou precisa?

    Nos últimos anos, o Brasil tem demonstrado uma capacidade notável de absorver choques externos sem recorrer ao confronto direto. A imposição de tarifas por parte dos Estados Unidos, iniciada na gestão de Donald Trump, poderia ter desencadeado uma crise comercial de grandes proporções. No entanto, o país respondeu com inteligência estratégica, redirecionando suas exportações, fortalecendo cadeias produtivas internas e ampliando parcerias com mercados como China, Índia, países árabes e africanos.

    Essa postura resiliente não apenas evitou uma catástrofe econômica, como também expôs uma fragilidade crescente dentro da própria estrutura produtiva americana. A ausência de produtos brasileiros — como café, carne, couro e insumos industriais — tem gerado pressão sobre setores nos Estados Unidos que dependem diretamente dessas importações. Essa pressão, por sua vez, tem se refletido politicamente, colocando o ex-presidente Trump em uma posição desconfortável diante de lobbies internos e estados produtores.

    Políticas internacionais, com novos parceiros em setores estratégicos como extração de níquel, tem colocado a indústria americana em xeque.

    Diante desse cenário, o recente envio de um pedido à Câmara de Comércio Exterior (Camex) para aplicação da Lei da Reciprocidade Econômica levanta uma questão essencial: por que colocar em risco uma política que tem dado certo?

    A ativação da lei, embora legítima, carrega o potencial de escalar o conflito comercial. Retaliações adicionais por parte dos EUA poderiam comprometer setores brasileiros que hoje se beneficiam da estabilidade conquistada. Além disso, o Brasil corre o risco de ser visto como um parceiro instável, o que poderia afetar sua imagem internacional e dificultar futuras negociações multilaterais.

    Palácio do Itamaraty.

    Por outro lado, é possível interpretar o movimento junto à Camex como uma jogada diplomática calculada. Ao acionar formalmente o mecanismo de reciprocidade, o Brasil envia um recado claro: possui instrumentos legais para se defender, mas prefere o caminho da negociação. Trata-se de uma demonstração de soberania sem beligerância, de firmeza sem ruptura.

    A política comercial brasileira, até aqui, tem sido marcada por maturidade e pragmatismo. Escalar o conflito pode satisfazer demandas internas imediatas, mas comprometer ganhos estruturais de longo prazo. O Brasil já mostrou que sabe vencer sem bater de frente — e talvez essa seja sua maior força.

    Se a Camex decidir seguir adiante, que o faça com cautela, transparência e diálogo. Mas que não se perca de vista o que já foi conquistado: uma diplomacia que transforma pressão em oportunidade, e adversidade em vantagem competitiva.

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  • Quem é Felca?

    Quem é Felca?

    Quem é Felca?

    O influenciador que virou símbolo de denúncia e irreverência na internet brasileira

    Felipe Bressanim Pereira, mais conhecido como Felca, é um youtuber, humorista e influenciador digital que vem ganhando destaque nacional por unir humor ácido, crítica social e coragem para enfrentar temas espinhosos. Natural de Londrina (PR), Felca tem 27 anos e atualmente vive em São Paulo. Com mais de 6 milhões de inscritos em seu canal principal e milhões de seguidores nas redes sociais, ele se tornou uma das vozes mais provocativas da internet brasileira.

    Por que Felca está em evidência?

    Felca ganhou notoriedade em 2023 ao publicar um vídeo testando a base de maquiagem da influenciadora Virgínia Fonseca. O conteúdo viralizou, acumulando mais de 20 milhões de visualizações, e marcou o início de sua ascensão como crítico de tendências digitais.

    Mas foi em 2025 que seu nome explodiu de vez. O vídeo “Adultização”, com quase 50 milhões de visualizações, denunciou a exploração sexual de menores em conteúdos digitais. A repercussão foi tão intensa que levou à prisão de influenciadores, como Hytalo Santos e Israel Nata Vicente, acusados de crimes como tráfico humano e exploração infantil.

    Felca também se posicionou contra o envolvimento de influenciadores com empresas de apostas online, as chamadas “bets”. Ele revelou ter recusado uma proposta de R$ 50 milhões para promover uma dessas plataformas.

    Felca é bicho do Paraná com orgulho — nasceu em Londrina, no norte do estado. Inclusive, ele já mencionou em entrevistas e vídeos que carrega muito da vivência paranaense no jeito direto de falar, no humor meio seco e até na forma como observa o mundo digital com uma certa distância crítica.

    Apesar de hoje morar em São Paulo, ele nunca deixou de fazer referência às suas raízes. E cá entre nós, o Paraná tem revelado uma safra boa de criadores de conteúdo com personalidade forte.

    Felca é o nome artístico de Felipe Bressanim Pereira.

    Estilo e conteúdo

    Felca é conhecido por seus vídeos de reacts e humor autodepreciativo. Seu conteúdo mistura sarcasmo, crítica social e análise cultural, sempre com uma estética simples e direta. Ele também participa do canal Coisa Nossa, da Guaraná Antarctica.

    Apesar de não se envolver diretamente com política, Felca tem sido uma ponte entre o público jovem e temas sérios, como regulamentação da internet e proteção infantil. “Não é o meu universo, mas eu consigo tanger os influenciadores”, disse em entrevista.

    Curiosidades sobre Felca

    • Começou como streamer de games em 2012, antes de migrar para o humor e crítica social.
    • Viralizou ao testar produtos de beleza com honestidade brutal.
    • Consultou uma psicóloga para produzir o vídeo sobre adultização, buscando responsabilidade no conteúdo.
    • Após receber ameaças de morte, passou a andar com carro blindado e segurança particular.
    • Propôs um acordo inusitado: retirar processos contra perfis difamatórios se doassem R$ 250 para instituições de combate à exploração infantil.
    • Foi capa da revista Elle masculina, ao lado de Wagner Moura, como símbolo de quem “pisa no freio” da internet.

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