O churrasco americano fica mais caro
O verão chegou ao Hemisfério Norte, e com ele, aquela tradição americana de grelhar carne no quintal ou devorar hambúrgueres em lanchonetes. Mas neste ano, há um ingrediente novo temperando o churrasco: tarifas sobre a carne brasileira — justamente quando os Estados Unidos enfrentam a menor taxa de gado desde 1973. Coincidência ou protecionismo?
Enquanto o boi americano some, o brasileiro encarece
Dados recentes do Departamento de Agricultura dos EUA revelam que o rebanho nacional chegou ao menor nível em mais de cinco décadas. A queda na oferta deveria abrir as porteiras para a carne importada — em especial a brasileira, que já é amplamente utilizada por grandes frigoríficos americanos. Porém, ao manter a tarifa, o governo dos Estados Unidos contraria o fluxo natural de mercado, preferindo proteger produtores locais em um momento de escassez.
O preço da proteção: hambúrguer mais caro e tensão diplomática
Ao manter o imposto sobre a carne do Brasil, os EUA elevam o custo de um dos alimentos mais emblemáticos da sua cultura popular. O hambúrguer, ícone do fast-food e presença garantida em qualquer churrasco, vira símbolo de uma disputa comercial maior: entre abrir o mercado e fechar-se sob a justificativa da autossuficiência.

Típico churrasco de hambúrguer, nos EUA.
Impactos globais e novos caminhos
Exportadores brasileiros, especialmente os médios e pequenos, já buscam alternativas de mercado na Ásia e no mundo árabe. A manutenção da tarifa pelos EUA pode acelerar uma reconfiguração das rotas comerciais — com consequências duradouras para o setor agropecuário e para a geopolítica alimentar.
No fim, não é só carne — é poder
O churrasco americano mais caro é só a ponta do espeto. Por trás do grelhador, desenha-se uma disputa por influência, soberania econômica e reconhecimento internacional. E o mundo, atento, espera para ver como esse jogo será conduzido.
Contato
- Atendimento
- (41) 999-555-006
-
Av. do Batel, 1750 – S215
Curitiba – PR