Paraná inaugura maior usina solar do Sul e reforça aposta em energia limpa
Hoje, o governo do Paraná inaugurou em Palmas a usina fotovoltaica Solar Norte, com capacidade instalada de 200 megawatts (MW) — a maior do Sul do país. Com investimento de R$ 520 milhões, o projeto ocupa 350 hectares e reúne 420 mil painéis solares capazes de abastecer o equivalente a 160 mil residências por ano. A cerimônia contou com a presença do governador Ratinho Jr., do ministro de Minas e Energia, André Figueiredo, e de investidores privados.
O complexo Solar Norte foi instalado em área desapropriada da antiga Fazenda Santa Cecília e representa o primeiro grande empreendimento de energia renovável no interior norte do Paraná. Além da geração limpa, a usina deve evitar a emissão de 180 mil toneladas de CO₂ anualmente, ajudando o estado a cumprir suas metas climáticas previstas no Plano Paraná Sustentável 2030. Em fase de acabamento, já está em construção uma subestação própria para integrar a energia produzida à rede da Copel.
“A inauguração da Solar Norte não é apenas um marco energético, mas um passo decisivo na diversificação da matriz elétrica paranaense”, afirmou Ratinho Jr. Durante seu discurso, ele também anunciou um edital de R$ 200 milhões para estimular projetos de energia solar distribuída em escolas rurais. Segundo o governador, o programa deverá beneficiar 120 comunidades até o fim de 2026.
Para o ministro Figueiredo, investimentos desse porte sinalizam o potencial brasileiro em liderar a transição para fontes limpas. “O Paraná demonstra que é possível aliar crescimento econômico com responsabilidade ambiental. Projetos como este atraem novas empresas, geram empregos locais e reduzem custos de energia para a população”, disse o ministro.
A construção da usina gerou cerca de 550 vagas diretas, entre engenheiros, técnicos e operários, além de 300 empregos indiretos na fase de montagem. De acordo com a empresa responsável pela obra, SolPar Energia, haverá ainda 80 colaboradores fixos para manutenção e operação. “Escolhemos Palmas pelo alto índice de radiação solar e pela logística de conexão à rede. Já iniciamos estudos para replicar o modelo em outras regiões do estado”, explica Rodrigo Horta, diretor de projetos da SolPar.

Usina fotovoltaica Solar Norte – Palmas – PR
Representantes do setor acadêmico e ambiental também participaram do evento. A diretora do Instituto Ambiental do Paraná, Flávia Soares, destacou o uso de áreas degradadas para receber a usina e elogiou as medidas de preservação de nascentes e corredores ecológicos implantadas no entorno. “A integração entre energia limpa e conservação ambiental é essencial para assegurar o equilíbrio da biodiversidade local”, afirmou.
A nova usina faz parte de um plano estadual que prevê a instalação de, pelo menos, 1 gigawatt (GW) de energia solar até 2030. Paralelamente, o Paraná aguarda a licitação de dois grandes parques eólicos no litoral, que somarão outros 300 MW. O objetivo é reduzir a dependência de termelétricas a gás natural e baratear a energia para indústrias, comércios e residências.
Analistas projetam que, com a inauguração da Solar Norte, o Paraná pode atrair até R$ 4 bilhões em novos investimentos no setor de renováveis até 2027. O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Carlos Bezerra, prevê aumento de 20% no volume de negócios ligados a tecnologias verdes em curto prazo.
Com a entrada em operação da usina Solar Norte, o Paraná dá um passo concreto rumo à neutralidade de carbono e consolida sua posição como polo de inovação em energia limpa. Nos próximos meses, o estado planeja divulgar editais para apoiar startups de eficiência energética e incentivo à mobilidade elétrica, reforçando a aposta em sustentabilidade e atração de investimentos.
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