Repercussão da morte de brasileira que caiu em desfiladeiro próximo a vulcão
A morte trágica da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, gerou comoção internacional e levantou questionamentos sobre a segurança de trilhas em áreas de risco. Juliana, natural de Niterói (RJ), estava em uma viagem pela Ásia quando sofreu uma queda de aproximadamente 300 metros em um desfiladeiro próximo à cratera do vulcão, localizado na ilha de Lombok.
O caso ganhou destaque na imprensa internacional, com veículos de diversos países repercutindo o acidente e a demora no resgate. A jovem estava desaparecida desde a noite de sexta-feira, e seu corpo foi encontrado apenas quatro dias depois pelas equipes de busca e salvamento da Indonésia. As condições climáticas adversas, o terreno acidentado e a baixa visibilidade dificultaram os trabalhos de resgate, segundo nota oficial do governo brasileiro.
A repercussão nas redes sociais foi imediata. Internautas brasileiros e estrangeiros expressaram indignação com a suposta negligência das autoridades locais. Muitos apontaram falhas na condução da trilha e na resposta inicial ao acidente. Relatos de que Juliana teria sido deixada para trás pelo guia turístico, por estar cansada, geraram revolta. Outros membros do grupo afirmaram que o guia estava próximo no momento da queda, mas não conseguiu evitar o acidente.
O governo brasileiro, por meio da embaixada em Jacarta, afirmou ter mobilizado as autoridades locais no mais alto nível para apoiar as buscas. Em nota, o Itamaraty lamentou profundamente a morte da turista e prestou condolências à família. A prefeitura de Niterói e o governador do Rio de Janeiro também se manifestaram, destacando o impacto da perda para a comunidade local.
Juliana era formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e trabalhava com produção de conteúdo para esportes radicais. Seu perfil nas redes sociais mostrava uma jovem aventureira, apaixonada por natureza e viagens. Ela já havia visitado países como Egito, Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia.
O Monte Rinjani, com 3.726 metros de altura, é o segundo vulcão mais alto da Indonésia e atrai milhares de turistas todos os anos. Apesar da beleza cênica, o local é conhecido por suas trilhas perigosas. Desde 2022, pelo menos outras duas mortes foram registradas na região. O próprio site do parque nacional alerta para os riscos e admite que o treinamento dos guias certificados não segue padrões internacionais de rigor.

Nesta foto Juliana ainda está com vida, mas o resgate demorou a chegar.
A tragédia reacendeu o debate sobre a regulamentação do turismo de aventura em países com infraestrutura limitada. Especialistas em segurança de trilhas destacam a importância de equipamentos adequados, guias experientes e protocolos de emergência bem definidos. No caso de Juliana, a ausência de um resgate imediato e a falta de recursos como helicópteros ou drones com suprimentos foram duramente criticadas.
A comoção gerada pela morte de Juliana também mobilizou artistas e figuras públicas. O ator Yuri Marçal, que trabalhou com ela, publicou uma homenagem emocionada, destacando sua generosidade e alegria de viver. Amigos e familiares organizaram vigílias e manifestações online pedindo justiça e mais responsabilidade das autoridades indonésias.
A morte de Juliana Marins não foi apenas uma tragédia pessoal, mas um alerta global sobre os perigos do turismo em áreas de risco e a necessidade de garantir que aventuras não terminem em luto. A repercussão internacional do caso mostra que, em um mundo cada vez mais conectado, histórias como a dela ecoam muito além das fronteiras.
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